segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O calembur do Jabor

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“O GOVERNO COM AS ARMAS E NÓS AQUI ENTERRANDO NOSSOS MORTOS”

O “GOLPE DEMOCRÁTICO” SEGUNDO ARNALDO JABOR

Laerte Braga

Angela Cristina Alvarez acompanhou todo o percurso da passeata que levou o caixão com o corpo de Wendy Elizabeth Ávila, de 24 anos, morta em conseqüência de complicações respiratórias provocadas por bombas de gás lacrimogêneo disparadas contra manifestantes desarmados em Tegucigalpa, Honduras.

Wendy era estudante de direito, asmática, segundo Angela Cristina Alvarez, indignada após o sepultamento da estudante a “situação está insuportável , o governo com as armas e nós aqui enterrando nossos mortos”.

Na opinião do comentarista Arnaldo Jabor, “especialista” em democracia e consultor do alto tucanato brasileiro, o que houve em Honduras foi um “golpe democrático”.

Já a rede GLOBO de um modo geral, por todos os seus jornalistas, veicula que as eleições irão resolver o grave quadro naquele país centro-americano gerado a partir da derrubada do presidente Manoel Zelaya.

Não diz que esse tipo de informação é difundida a partir de Washington, “os nossos amigos americanos” como costuma se referir a eles o apresentador do JORNAL NACIONAL William Bonner. E atende a interesses das elites hondurenhas. Depõem o presidente constitucional do país, convocam “eleições” entre eles mesmos e pronto. O “golpe é democrático”.

Capela onde o corpo de Wendy foi velado apesar da participação ostensiva dos principais dignatários (putz! Que esculhambação, dignatários!) da Igreja Católica no golpe contra Zelaya.

Por onde o velório passou, conforme noticiam agências de notícias de todo o mundo as pessoas saiam às portas e janelas de suas casas gritando e pedindo Justiça.

O governo de bestas-feras militares do país suspendeu as garantias constitucionais por 45 dias, ameaçou varrer a embaixada do Brasil do mapa e continua matando impune. Uma delegação da OEA (Organização dos Estados Americanos) foi impedida de entrar no país. A censura à imprensa foi imposta no pacote do estado de sítio.

Em Washington o presidente branco Barack Obama, disfarçado de negro e crente que preside alguma coisa, ainda não decidiu qual a marca de cerveja a ser servida esta semana na Cervejaria Casa Branca. Deve consultar o Conselho de Segurança da ONU e reforçar a presença de “libertadores” norte-americanos no Afeganistão.

A palavra final fica por conta do golpista Michelleti que, naturalmente, vai convidar Jabor e toda a equipe da GLOBO para visitar as “democráticas” ruas de Honduras. A base militar dos EUA por lá fornece os petiscos. A cerveja chega no mesmo vôo privado que levou bombas de fabricação israelense e com autorização do governo de Israel, para serem jogadas na Embaixada do Brasil. De quebra uns agentes da CIA e outros do MOSSAD. Tipo assim treinamento de tiro ao alvo em civis desarmados.

O que se vê na foto ao lado é a chegada de Michelleti a uma sessão de extermínio de
adversários. Junto dele o primeiro-ministro de Israel disfarçado de Hitler. Obama foi conferir o estoque de cerveja no freezer.

Estarrecedor o poder do presidente golpista de Honduras. Encaçapa o bobo da corte Barack Obama, silencia a sempre falante secretária Hillary Clinton, e seus dráculas fardados festejam com sangue de inocentes na base dos EUA em Tegucigalpa.

De quebra desmonta a ONU inteira.

Obama e Hillary são cúmplice silenciosos do golpe, fazem o jogo do não façam o que eu falo. O que falam não é para valer.

Deve ser, com certeza, culpa do Irã. Pelo menos o tucano e doublê de jornalista Clóvis Rossi pensa assim e assim se manifesta na FOLHA DE SÃO PAULO. Aquele jornal que chamou a ditadura militar de “ditabranda”.

A esse tipo de gente falta o mínimo de compromisso com a verdade. São porta-vozes da boçalidade, da falácia de latifundiários, empresários e banqueiros, vivem dentro do sistema FIESP/DASLU, versão paulista (São Paulo é um país vizinho que fala a mesma língua), especialistas em golpes os mais variados. Uns assim meio que olhos esbugalhados como Jabor e Bonner (catedrático em ranhuras em aeroportos e dossiês) e o outro em parecer sensato.

Wendy Elizabeth Ávila, a estudante morta por vampiros fardados do exército hondurenho, é um dos símbolos da dignidade que falta, por exemplo, a Kátia Abreu, senadora DEMOcrata, latifundiária e especialista em pegar dinheiro público para plantar, mas usa para regar sua horta bancária.

O que o mundo assiste em Honduras é repulsivo. Ultrajante. E ainda falam em “democracia”. Em golpe democrático.

Laerte Braga é jornalista, escritor, cineasta e colabora com esta Agência Assaz Atroz.

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PressAA

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sábado, 26 de setembro de 2009

Vespeiro

ALI É ENGENDRADA UMA REVOLUÇÃO

Reflexões do companheiro Fidel


No passado dia 16 de julho eu disse textualmente que o golpe de Estado em Honduras “foi concebido e organizado por personagens inescrupulosas da extrema direita, que eram funcionários de confiança de George W. Bush e tinham sido promovidos por ele”.

Citei os nomes de Hugo Llorens, Robert Blau, Stephen McFarland e Robert Callahan, embaixadores ianques em Honduras, em El Salvador, na Guatemala e na Nicarágua, designados por Bush nos meses de julho e agosto de 2008, e que os quatro seguiam a linha de John Negroponte e Otto Reich, de tenebrosa história.

Assinalei a base ianque de Soto Cano como ponto de apoio principal do golpe de Estado e que “a idéia de uma iniciativa de paz a partir da Costa Rica foi transmitida ao Presidente desse país desde o Departamento de Estado quando Obama estava em Moscou e declarava, em uma universidade russa, que o único Presidente de Honduras era Manuel Zelaya”.

Acrescentei que “com a reunião da Costa Rica se punha em causa a autoridade da ONU, da OEA e demais instituições que comprometeram seu apoio ao povo de Honduras e o único correto era demandar do Governo dos Estados Unidos da América o cessar de sua intervenção em Honduras e retirar desse país a Força-Tarefa Conjunta”.

A resposta dos Estados Unidos, após o golpe de Estado nesse país da América Central, foi a de pactuar com o Governo da Colômbia um acordo para criar sete bases militares, como a de Soto Cano, nesse país irmão, que ameaçam a Venezuela, o Brasil e todos os outros povos da América do Sul.

Em um momento crítico, quando é discutida em uma reunião de cúpula de Chefes de Estado nas Nações Unidas a tragédia da mudança climática e da crise econômica internacional, os golpistas em Honduras ameaçam com violar a imunidade da Embaixada do Brasil, onde está o presidente Manuel Zelaya, a família dele e um grupo de seus seguidores que foram obrigados a se protegerem nesse recinto.

Ficou provado que o governo do Brasil não teve absolutamente nada a ver com a situação que ali foi criada.

Portanto, resulta inadmissível, ainda mais, inconcebível que a Embaixada brasileira seja assaltada pelo governo fascista, a não ser que pretenda instrumentar seu próprio suicídio, arrastando o país para uma intervenção direta de forças estrangeiras, como aconteceu no Haiti, o que significaria a intervenção de tropas ianques sob a bandeira das Nações Unidas.

Honduras não é um país longínquo e isolado no Caribe. Uma intervenção de tropas estrangeiras em Honduras desataria um conflito na América Central e criaria um caos político na América Latina toda.

A heróica luta do povo hondurenho, depois de quase 90 dias de incessante batalhar, pôs em crise o governo fascista e pró-ianque que reprime homens e mulheres desarmados.

Vimos surgir uma nova consciência no povo hondurenho. Toda uma legião de lutadores sociais se curtiu nessa batalha. Zelaya cumpriu sua promessa de regressar. Tem direito a ser restabelecido no Governo e presidir as eleições. Dos combativos movimentos sociais estão se destacando novos e admiráveis quadros, capazes de conduzir esse povo pelos difíceis caminhos que lhes espera aos povos da Nossa América. Ali é engendrada uma Revolução.

A Assembléia das Nações Unidas pode ser histórica em dependência de seus acertos ou erros.

Os líderes mundiais expuseram temas de grande interesse e complexidade. Eles refletiram a magnitude das tarefas que a humanidade tem por diante e quão escasso é o tempo disponível.

Fidel Castro Ruz

Agência Cubana de Notícias
http://www.cubanoticias.ain.cu/



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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Líderes preparados e liderados descarados


BRASILEIROS GO HOME!

Laerte Braga

À porta da cervejaria Casa Branca, localizada em Washington DC, há uma nova tabuleta. “Brasileiros go home! O branco que gerencia o “negócio”, fantasiado de negro e que atende pelo nome de Barack Obama, não quer nativos do Brasil por perto depois que a farsa da “luta pela democracia” e “por uma nova América” esbarrou na presença do presidente constitucional de Honduras Manuel Zelaya na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa e frustrou toda a brincadeirinha de eleições livres em novembro.

O jornalista Paulo Francis, anos atrás, analisando os métodos de campanha política nos Estados Unidos, discorrendo sobre marqueteiros, pesquisadores, formuladores de verdades incontestáveis, tratou desde meias-soquetes como ponto negativo (não aparecem bem na televisão “e esse é um povo conduzido pela televisão”) até chegar à conclusão que queria.

Hilary Clinton jamais seria presidente, isso dito há anos, porque não havia aderido às calcinhas modelo biquíni, ainda usava “calçolas”, expressão do próprio Francis. Quando aparecia com terninhos as marcas visíveis eram as das calçolas e não aquelas que realçam e dão forma desejável ao bumbum.
É mais ou menos o que existe dentro do cérebro do americano médio. Daí para pior. Desde preconceitos e arrogâncias estúpidas, àquele negócio de jogo de pólo, ou sei lá o que, em que o objetivo é quebrar a cabeça do outro. E antes de começar alguém canta o hino nacional.

Dois cães ferozes fardados de militares latino-americanos (há um rodízio, os agraciados agora são os hondurenhos, em seguida os colombianos) guardam a porta para impedir que brasileiros se aproximem.

Mais ou menos como nos tempos em que havia dois banheiros em cada restaurante. Um para negros e outro para brancos. Ou que negros sequer podiam entrar em determinados restaurantes.

Obama está olhando para o outro lado no caso de Honduras e com certeza sabe que Lula não é o cara, pelo menos nos termos em que imaginou e desejava.

O pulo do gato no caso da pequena Honduras é que, ao entrar no país e abrigar-se na embaixada do Brasil, Zelaya frustrou a consumação do golpe, marcada para as eleições livres e democráticas de novembro.

Aqui no Brasil Miriam Leitão deu um chilique digno de qualquer estrela de quinta categoria de Hollywood por ter percebido o sentido real do fato. Mesa posta, iguarias democráticas sendo preparadas na cozinha da cervejaria e, de repente, um molho desanda por conta da resistência do próprio presidente e do povo hondurenho.

Militares hondurenhos estão prendendo, saqueando casas, torturando, estuprando mulheres, matando e cerceando qualquer tipo de liberdade em nome do “patriotismo” e das contas bancárias regadas a dólares dos que controlam as cordas do golpe.

Transformando um país de um povo de extraordinário valor num imenso campo de concentração. Os regentes dessa barbárie? O homem da cervejaria, seu embaixador em Tegucigalpa e os militares da base de treinamento de boçais padrão Dan Mitrione, bem ao estilo das décadas de 60/70 do século passado.

Pode ser até difícil pronunciar Tegucigalpa. Mas é bem fácil perceber a coragem e a determinação de hondurenhos. Recusam o rótulo de Homer Simpson.

Não é uma luta hondurenha, é uma luta latino-americana.

É hora de completar o trabalho e retirar os soldados brasileiros do Haiti, outro país esmagado e violentado em sua soberania nos “arrastões democráticos” que norte-americanos promovem mundo afora.

E é o momento de perceber aqui, no Brasil, quem é quem nesse processo de sobrevivência de uma nação como tal.

O dilema é simples. Nem é dá ou desce. Ou caminhamos o caminho da história dos povos livres, da classe trabalhadora (cidade e campo), ou ficamos do lado de fora da cervejaria esperando a hora em que as sobras são atiradas aos miseráveis.

E miseráveis em todos os sentidos. O que é bem pior.

O facínora que governa Honduras a partir de um golpe planejado e organizado na cervejaria, dirigido pelo gerente da filial Honduras, com a participação de elites podres (todas as elites econômicas são podres, não há exceção) e dos cães de guarda da “honra nacional”, mas a de Washington, quer conversar.

Conversar o quê?

Todo bandido quando se vê diante da perspectiva de uma fria, cercado por todos os lados que conversar. Objetivo? Garantir a própria pele.

E as peles dos presos, torturados, das mulheres estupradas, dos assassinados?

Para que se tenha uma idéia, ou pelo menos se procure ter, da importância do fator Honduras para o Brasil e toda a América Latina é só acompanhar a reação dos funcionários brasileiros da cervejaria Casa Branca. Uns se calam para não passar recibo de golpistas (caso do governador Serra), outros estrebucham indignidade “patriótica”, senador Artur Virgilio, ou a mídia podre, temerosos que o dinheiroduto desse “patriotismo” seque.

Os caras por aqui nem dormem com medo do pré-sal não vir a ser entregue ao dono da cervejaria.

Lamprea e Láfer já fizeram saber a Washington que se conseguirem ganhar em 2010 (Serra ou Aécio) tiram tudo no aeroporto de New York. Miriam Leitão antes de se manifestar recebeu um aviso que em nome da estética não precisa ir a tanto.

Compreender que Honduras é a síntese de toda a América Latina é fundamental para que não tenhamos, num futuro breve, visível a olho nu, que ficar esperando as sobras e carregando as caixas de cerveja pela porta dos fundos. Se o cara tiver uma dessas moedas que não valem nada, ele dá pra gente tomar uma.

Mas bem longe da dele.

A fingida indiferença com que os donos do mundo tratam o caso de Honduras, no momento em que acontece mais uma Assembléia Geral das Nações Unidas, mostra o fracasso do modelo político e econômico que nos vendem como se fosse o paraíso.

Vale para todas as nações do mundo. Pelo menos as que aspiram ser nações. Do contrário não seremos senão entregadores de cerveja. E pela porta dos fundos, pois na da frente vai estar a placa “brasileiros go home!”.

Nem a tal que desce redondo é nossa mais. Imagine a que desce quadrada.

As bestas que deram o golpe em Honduras, confiantes na impunidade, pois contam com o apoio da cervejaria Casa Branca, estão atirando bombas químicas nas imediações da embaixada do Brasil em Tegucigalpa, com o objetivo de intoxicar as pessoas que lá estão, forçá-las a sair para buscar socorros médicos e assim prender Zelaya. As bombas afetam diretamente o sistema digestivo das pessoas.

Somos o que? Um país de bananas?

Laerte Braga é jornalista, escritor, cineasta e colabora para esta Agência Assaz Atroz.

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terça-feira, 22 de setembro de 2009

"Abrigado, Obama" - "De nada, Lula! Estamos ao seu dispor!"


E AGORA, OBAMA? FAZER O QUE COM O “ABRIGADO”?

Laerte Braga

Diplomatas brasileiros freqüentadores de colunas sociais e porta-vozes de interesses norte-americanos e empresariais no País estão encucados com a expressão “abrigado” com que o ministro das Relações Exteriores Celso Amorim se referiu a Manuel Zelaya, presidente constitucional de Honduras. Zelaya está, desde ontem, na sede da embaixada do Brasil em Honduras.

Acostumados a tirar sapatos no aeroporto de New York em revistas para identificar “terroristas”, não se conformam com o fato do Brasil ter um chanceler que não sabe o que é voltar-se para Wall Street e orar seis vezes ao dia, mas só a parte do venha a nós, o vosso reino nada.

Se necessário, para manter o status e continuar e morar na Miami brasileira, Barra da Tijuca, nas compras de Natal em New York tiram as cuecas.

Lamprea e Láfer a essa altura do campeonato devem estar sob cuidados médicos para evitar crise de gripe DASLU. FHC por enquanto não abriu a boca, estão tentando desengasgá-lo. Gripe caviar com molho Ford.

David Leterman (Jô Soares copiou ipsis literis o programa dele, inclusive aquele negócio de beber em caneca) falou outro dia de uma cervejaria instalada em Washington, onde se supunha estar a Casa Branca. Obama que não é bobo, já anunciou que vai ao programa em mais um show tipo correr pelas ruas de New York para aproveitar e desestressar um pouco.

No caso da expressão “abrigado”, saiu dos manuais de subserviência, os caras fundem a cabeça, enrolam a língua, as pernas, e não há champagne que dê jeito. Vão ficar rodando que nem peru bêbado em véspera de Natal. E essa turma preferencialmente o dia de Ação de Graças. Todos têm conta no BRADESCO.

E aquele peru com termômetro, que avisa quando está pronto.

O que Barack Obama vai fazer com esse “estrago” no marketing democracia de fantasia? De repente descobrem que o caviar contrabandeado do Irã vem com fluídos do presidente Ahmadinejad e altos índices de radioatividade.

Chamem Hilary! Já devem ter gritado isso várias vezes.

Falta pouco para acusar Zelaya de estar desenvolvendo um programa oculto para a construção da bomba atômica hondurenha.

O gangster que assumiu o governo de Honduras na velha combinação embaixada dos EUA, elites, forças armadas e mais um general norte-americano para comandar o assalto, literalmente em termos de código penal, disse agora que Zelaya pode ficar morando na embaixada do Brasil o tempo que quiser.

Confissão de impotência depois que meia dúzia de Gilmar Mendes hondurenhos autorizou a “invasão” da embaixada do Brasil. Cortaram a luz e a água, desligaram os telefones.

Centenas de hondurenhos já foram mortos após o golpe. Milhares estão sendo detidos nas caravanas que saem do interior do país rumo a capital Tegucigalpa, onde querem se juntar aos milhares que exigem a volta do presidente Zelaya.

O que é preciso entender nessa história toda é que os dráculas estão apenas fingindo dormir. Agem à luz do dia, desenvolveram tecnologia de destruição e tudo o mais para não se perderem no claro. À noite, sanguessugam toda a América Latina.

No governo Bush um comando de elite foi ao Haiti e prendeu e levou para fora do país o ex-presidente Jean Bertrand Aristides. Inventaram uma tal de intervenção para reconstruir o país, o mais pobre da América Latina, arrastaram o Brasil na aventura e lá estão até hoje.

Em Honduras não foi necessário. Juntaram uns generais, distribuíram uns mimos (assim tipo chaveiro de banco, caneta esferográfica brilhante, ingresso para o jogo dos ianques, etc, etc) e deram um golpe.

Dão todo dia.

Não contavam com a resistência. E nem que de repente a expressão “abrigado” saísse assim como que do nada para definir a condição de Zelaya.

É simples, ô meu! “Abrigado” caracteriza a condição de presidente que, sem condições de exercer seu mandato obtido pelo voto, busca, exatamente, abrigo onde possa fazê-lo.

É isso que Zelaya e os hondurenhos estão fazendo.

E esperando, lógico, que o palácio do governo seja desinfetado e os ratos exterminados.

Ratos, lá, significam tucanos aqui. A mesma coisa, sem querer ofender nem a ratos, essenciais para pesquisas científicas as mais variadas e tucanos – as aves – importantes na fauna (na fauna viu dona Ana Maria Braga) brasileira.

O que Obama vai fazer não sei. Mas que tem um pepino nas mãos, isso tem. Quem sabe não tempera e serve na cervejaria Casa Branca?

Condor fase IV.

Laerte Braga é jornalista, escritor, cineasta e colabora para esta Agência Assaz Atroz.

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sábado, 19 de setembro de 2009

Cuba na lista de países terroristas do governo Obama

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Cuba, País Terrorista?

Reflexões do companheiro Fidel

A quinta-feira 30 de abril foi infortunada para os Estados Unidos. Nesse dia decidiu mais uma vez incluir Cuba na lista de países terroristas. Comprometidos como estão com seus próprios crimes e mentiras, talvez o próprio Obama não podia se desfazer desse enredo. Um homem cujo talento ninguém nega tem que se sentir envergonhado desse culto às mentiras do império. Cinqüenta anos de terrorismo contra nossa Pátria saem à luz num instante.

O quê explicar-lhes àqueles que conhecem do fato atroz do atentado bombista contra um avião em pleno voo, com os passageiros e a tripulação; da participação dos Estados Unidos nos fatos; do recrutamento de Orlando Bosch e Posada Carriles, e do fornecimento de explosivos, fundos e a cumplicidade dos órgãos de inteligência e das autoridades desse país? Como explicar a campanha de terror que precedeu e prosseguiu à invasão mercenária de Girón, os ataques as nossas costas, povoados, naves de transporte e de pesca, as ações terroristas dentro e fora dos Estados Unidos? Como explicar as centenas de planos frustrados de atentados contra a vida de dirigentes cubanos? O que dizer da introdução de vírus como o do dengue hemorrágico, e a febre suína que geneticamente nem sequer existia no hemisfério? Não faço senão mencionar alguns dos atos de terror em que incorreram os Estados Unidos, os quais constam dos próprios documentos desclassificados. Não lhe produzem vergonha esses fatos à atual administração?

Seria interminável a lista de atividades nojentas que poderia enumerar.

A um pedido nosso, Bruno Rodríguez, Ministro de Relações Exteriores de Cuba, enviou-me as palavras textuais da pergunta que lhe fez um repórter da France-Presse em 30 de abril e sua contundente resposta.

Rigoberto Díaz, da AFP: “Coincidindo com os momentos finais desta reunião e também sobre um tema que tem sido tratado neste evento, o Governo dos Estados Unidos incluiu Cuba mais uma vez na lista de países que incentivam o terrorismo, junto do Sudão, do Irã e da Síria. Gostaria ter seu critério nesse sentido.”

Resposta de Bruno:

“Nós não reconhecemos nenhuma autoridade nem política nem moral do Governo dos EE.UU. para fazer lista alguma, em nenhum tema, nem para ‘certificar’ boas ou más condutas.

“O Governo de Bush foi ‘certificado’ pela opinião pública mundial como um governo violador do direito internacional, agressivo, guerrerista, como um governo que tortura, como um governo responsável de execuções extrajudiciárias.

“Bush tem sido o único Presidente que se gabou em público, no Congresso norte-americano, de ter realizado execuções extrajudiciárias; um governo que seqüestrou pessoas e as deslocou de maneira ilegal, que criou cárceres secretos, que ninguém sabe se ainda se mantêm; que criou um campo de concentração onde se tortura na porção de território que usurpa à República de Cuba.

“Em matéria de terrorismo, o Governo dos EE.UU. historicamente tem tido um longo expediente de ações de terrorismo de Estado, não só contra Cuba.

“Nos Estados Unidos passeiam livres Orlando Bosch e Posada Carriles, responsáveis de numerosos atos terroristas, incluída o atentado bombista contra um avião civil cubano em pleno voo. Não se responde a solicitação de extradição da Venezuela relativamente a Posada Carriles, a quem se julga por cargos diversos, porém não como um conotado terrorista internacional.

“O Governo dos Estados Unidos realizou um processo fraudulento contra os cinco jovens lutadores antiterroristas cubanos que hoje permanecem como presos políticos em seus cárceres.

“O Governo dos Estados Unidos protege atos de terrorismo de Estado, cometidos por Israel contra o povo palestino e os povos árabes. Guardou silêncio diante dos crimes ocorridos na Faixa de Gaza.

“De maneira que aos Estados Unidos não haveria de reconhecer-lhe a menor autoridade moral e eu, francamente, acredito que ninguém liga nem lê esses documentos, entre outras coisas, porque seu autor é um delinqüente internacional em muitos dos temas que critica.

“A posição de Cuba contra toda manifestação e forma de terrorismo, seja lá onde for cometida, contra qualquer Estado que seja cometida, em qualquer forma em que for cometida, com qualquer propósito que se proclame, é clara e consistente com sua atuação.

“Cuba tem sido vítima do terrorismo por muitos anos e tem uma folha de serviços totalmente limpa nesta matéria. Jamais o território cubano foi utilizado para organizar, financiar ou executar atos terroristas contra os Estados Unidos da América. O Departamento de Estado, que emite esses relatórios, não poderia dizer a mesma coisa.”

Esta declaração, emitida na reunião de chanceleres do Movimento de Países Não-Alinhados, ainda não é muito conhecida pela população que nestes dias tem recebido abundantes notícias de todo o tipo. Se o Departamento de Estado desejar discutir com Bruno, existem suficientes elementos de juízo para sepultá-lo com suas próprias mentiras.



Fidel Castro Ruz

http://www.ain.cubaweb.cu/idioma/portugues/2009/0503reflexionfidel.htm










http://www.cincoherois.com.br/%22%3Ehttp://www.cincoherois.com.br


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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Jean Charles, assassinado em Londres, trabalhava para o JIBRA, entidade arquiinimiga do PIG brasileiro


Segundo o JIBRA, grupo de jornalistas brasileiros refugiados na Irlanda, grandes empresas ligadas ao PSDB e DEM pagariam mais de cinco milhões de reais por mês a pelo menos 76 jornalistas e políticos brasileiros.

Rogério Mattos Costa, de Madrid

O julgamento e a absolvição de Antonio Pallocci pelo STF, deixa no ar uma questão: quem irá recompor a imagem pública do ex-ministro? Ele sai absolvido ou sua absolvição, terá lhe servido como uma nova condenação? A julgar pela foto da capa da FOLHA, mostrando alquebrado e triste o principal acusador desmentido pelo julgamento, dá uma idéia. Se depender da mídia, Francenildo, o caseiro-milionário continuará tendo razão. E o ministro da fazenda que herdou e governou as finanças brasileiras na época em que os juros eram de 26,5% e o risco país andava pelos 4000 pontos e o dólar perto dos R$4,00, será o grande culpado.

O Partido da Mídia - Que a mídia brasileira tornou-se num tipo de partido político, quase ninguém mais duvida. O Paulo Henrique Amorim criou até uma sigla: PIG, o Partido da Imprensa Golpista. Segundo ele, nunca, em tempo algum, teria existido tamanha unanimidade dos grandes órgãos de comunicação de massas com relação a um governante. Parece até algo feito e traçado no plano espiritual, algo como a “transmissão de pensamento”, tamanha é a coordenação entre os artigos e manchetes de jornais que em tese, deveriam ser concorrentes entre si. Um fenômeno quase paranormal. Lula é criticado e xingado diariamente por 10 em cada 10 jornais, rádios, TVs e sites de internet do Brasil.

Nesse exato momento em que escrevo essa matéria, um exército de pelo menos 5.500 outras jornalistas ( pelo menos um em cada município brasileiro) estarão escrevendo e publicando matérias contra o presidente, seu governo, seus ministros ou seu partido. Parece até que existe uma coordenação central, um Comitê Diretor, de onde saem as idéias e argumentos, tão similares e repetitivos eles são. Houve dias em que a falta de imaginação foi tanta que três jornais tiveram a mesma manchete. As chamadas “crises” são feitas a partir de pequenos fatos, que de repente, avolumam-se de tal forma que parece que o governo vai cair.

Quando uma “crise” fabricada acaba por ser desmentida, ela de repente some das manchetes. E em seu lugar entra outra crise, numa sucessão monótona de casos e primeiras páginas que nunca são provadas, nem nunca desmentidas.

O chamado “Mensalão”foi o de maior repercussão. Um caso típico de sobra de caixa dois de campanha, transformado em “distribuição de propinas para os deputados do PT e demais partidos da base aliada votarem a favor das projetos de Lei de interesse do governo no congresso”.Depois tivemos casos jocosos como os da embriaguez do presidente; a estrela de flores vermelhas plantadas nos jardins do Palácio da Alvorada pela Dona Marise; o papel de bala que Lula deixou cair no chão e que virou capa da Folha de São Paulo, a caixa de whisky que Fidel Castro em pessoa teria mandado cheia de dólares para a campanha do PT num jatinho de um amigo do dono da Veja, etc,etc.

Teve ainda o caso do caseiro milionário Francenildo, o dossiê que a Dilma teria mandado fazer contra as despesas do FHC e que saiu do gabinete de Alvaro Dias; o caso da dona Denise Abreu da pista estragada em Congonhas e do incêndio do avião da TAM e a tragédia do avião da GOL, ambas atribuídas pela TV Globo, várias vezes, diretamente ao presidente. Sem falar na famosa “fazenda do filho do Lula” que ninguém jamais disse onde é, mas circula até hoje na internet, tendo como fundo uma foto nada mais nada menos do que a do prédio principal de uma famosa escola de engenharia agronômica no interior de São Paulo.

Existe mesmo o PIG ? Há uma central que coordena tudo isso? O que é o JIBRA? Em 2006 circulou pela internet uma série de textos assinados por um grupo de jornalistas brasileiros residentes em Londres, chamado JIBRA, Jornalistas Independentes do Brasil, que seriam considerados “malditos”. Segundo os próprios, eles saberiam de muitas coisas relativas à mídia. Coisas que os fariam alvo, inclusive, de assassinato. Tanto assim que teriam, após o inexplicável assassinato de um jovem brasileiro chamado Jean Charles, que trabalharia como Office-boy para o grupo, mudado para a Republica da Irlanda. Existindo ou não esse grupo, estando ele no Brasil, na Irlanda ou na Inglaterra, suas denúncias tem sentido. Nesse artigo, num dos textos mais conhecidos, o grupo JIBRA fornece nomes, números das contas bancárias e valores dos subornos e propinas pagos pelo PSDB e empresas aliadas, a conhecidos jornalistas brasileiros. Que aliás, nunca desmentiram essas informações...

O Texto do JIBRA: os jornalistas que “comeriam na mão” como disse o Serjão...

Há tempos, pede-se a abertura da Caixa Preta da imprensa brasileira. Nenhum cidadão razoavelmente inteligente pode acreditar que a violenta campanha para derrubar o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja realizada por jornalistas somente seduzidos pela doutrina neoliberal e conservadora difundida pelos quadros intelectuais da elite brasileira. Há muito dinheiro correndo nos túneis subterrâneos do Golpe de Estado em curso no Brasil. Boa parte desse dinheiro se destina a abastecer os jornalistas e formadores de opinião recrutados pelo Grupo Rio. Investigações independentes, realizadas de Setembro de 2005 a Março de 2006, revelam que pelo menos 76 pessoas, entre jornalistas e outras personalidades, foram agraciados por suas contribuições ao Golpe de Estado.

Certamente, há os que nada cobram, que se juntam à sedição por motivos particulares ou por investirem em benefícios futuros. Os bancos Nossa Caixa, Bank of Boston e Santander Banespa tem sido os principais canais de repasse para a maior parte desses profissionais de duplo emprego. Quem são os jornalistas empenhados em instaurar o terror no País. A legião de colaboradores do Golpe de Estado se divide em três frentes diferentes na mídia: 1) Jornalistas da grande imprensa; 2) Blogueiros e articulistas "independentes"; 3) Formadores de opinião (analistas políticos, artistas, etc...). Os primeiros tratam de ecoar tudo que é supostamente negativo no governo do Presidente Lula. Exageram, ofendem, instauram suspeitas e, a todo custo, recorrem ao moralismo rasteiro para provocar indignação nos cidadãos. É o caso do jornalista Ricardo Noblat.

Os segundos são utilizados geralmente para divulgar informações falsas, parte da estratégia de terror utilizada na desestabilização do País. Por serem menos facilmente enquadráveis, realizam o trabalho sujo de poluição informativa. É o caso de Claudio Humberto. Os terceiros são cooptados das mais diferentes formas, nem sempre presenteados com dinheiro. Na farsa midiática, servem para criar uma ilusão de caos institucional, de decepção geral e indignação contra o governo. É o caso do ator Lima Duarte, tradicionalmente ligado ao tucanismo; de um conhecido humorista; do deputado Fernando Gabeira; do presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), de Roberto Busato, a quem foi prometido o cargo de Ministro da Justiça em eventual futuro governo do PSDB-PFL; do "oabista" Orlando Maluf Haddad, cuja má índole é equivalente a sua capacidade de acumular patrimônio; e da analista de assuntos políticos Lucia Hipólito.

Como ganhar dinheiro fácil – Para alguns desses jornalistas e formadores de opinião, o ofício sempre foi uma prática de comércio apartada de valores morais ou de condutas éticas. É o caso do "empoado" Augusto Nunes, do Jornal do Brasil, e de Eurípedes Alcântara, da revista Veja.

O segundo esteve inúmeras vezes nos Estados Unidos, sempre participando de simpósios do Departamento de Estado e do Departamento de Defesa para jornalistas latino-americanos alinhados com as políticas de Washington. Logicamente, Alcântara sempre foi retribuído por suas ações no sentido de desmoralizar qualquer projeto ou personalidade da esquerda no Brasil. Outros jornalistas têm servido com fidelidade aos articuladores do Golpe de Estado, como o blogueiro Fernando Rodrigues e o articulista Merval Pereira. A norma é simples. Negar ou criticar qualquer sucesso da administração de Luiz Inácio Lula da Silva.

Os sucessos na Educação, como o Prouni, e na promoção social, como o Bolsa Família, devem ser ignorados ou tratados com ironia ácida. Toda suspeita deve ser concebida como verdade. Tudo que representar dano à reputação do presidente e de seu partido deve ser ampliado, se possível em tom de indignação cívica. No plano das alianças, referências à Venezuela e a Hugo Chávez devem ser sempre negativas.

Os comentaristas e analistas seguem a mesma cartilha (um conjunto informal de orientações conhecido como Bola7), produzida sob coordenação do publicitário Paschoal Fabra Neto. É o caso de Luciano Dias, do IBEP, aluno obediente do Grupo Rio. Vale acompanhar seu torto pensamento, expresso no UOL (serviço do Internet do jornal Folha de S. Paulo).

"De acordo com Dias, é irrelevante se o caseiro foi ou não comprado para desmentir Palocci."

http://noticias.uol.com.br/uolnews/brasi… O jogo das contas bancárias milagrosas – Ricardo Noblat, Fernando Rodrigues, Claudio Humberto, Augusto Nunes, Merval Pereira, Otavio Cabral, Lucia Hipolito, Luciano Dias, Lilian Witte Fibe, Mauro Calliari, Eurípedes Alcântara, Mario Sabino, André Petry, Diogo Mainardi, entre outros, não citados porque se beneficiam de nossas incertezas, figuram entre os alegres ganhadores da loteria do golpe. Cabe aos bons jornalistas, descobrir quem os tem premiado.

* Para facilitar o trabalho, apresentamos alguns dados fundamentais de quanto cada um ganhou, respectivamenta: R$ 76 mil entre 10/2005 e 03/2006; R$ 234 mil entre 07/2005 e 03/2006; R$ 450 mil entre 08/2005 e 03/2006; R$ 34 mil entre 07/2005 e 03/2006; R$ 906 mil entre 06/2005 e 03/2006; R$ 54 mil (em 10 parcelas) entre 05/2006 e 02/2006; R$ 111 mil entre 08/2005 e 03/2006; R$ 432 mil entre 10/2005 e 03/2006; R$ 454 mil entre 10/2005 e 03/2006; R$ 32 mil entre 08/2005 e 03/2006; R$ 321 mil em 12/2005; R$ 98 mil entre 07/2005 e 03/2006; R$ 132 mil entre 10/2005 e 03/2006; R$ 42 mil entre 10/2005 e 03/2006.

Interessante é que idêntico sistema de compra seletiva de jornalistas e comunicadores tem sido registrado na Venezuela, no Paraguai e, mais recentemente, no Peru. A comparação nas metodologias nos permite deduzir que há uma inteligência operativa internacional por trás dos projetos de desestabilização de governos.

* Dados obtidos sem conhecimento do governo federal, a partir de esforços de reportagem de ex-integrantes do Prime Suspectz, hoje voluntários do JIBRA. Quem compra os jornalistas – O sistema criado pelo PSDB e pelo PFL para a compra de jornalistas é antigo. Seu idealizador foi o falecido ministro Sérgio Motta, o Serjão, responsável por enorme série de falcatruas no reinado de Fernando Henrique Cardoso. Segundo ele, a imprensa "comia na mão se farto fosse o grão". Serjão fez escola, gerando uma série de articuladores de "contratos" com a imprensa. Hoje, alguns militam nas fileiras de José Serra. Outros, no bando do ex-governador alquimista da Opus Dei.

Pode-se dizer que boa parte das compras de jornalistas efetuadas na grande imprensa teve como articulador o diretor financeiro do Instituto Sérgio Motta, Vladimir Antonio Rioli. Ex-sócio de José Serra, parceiro do ex-prefeito na prática costumeira do delito, Rioli é conhecido por sua folha corrida. Rioli, já condenado pela Justiça Federal, tem sido tradicional interlocutor tucano em negociações com a Editora Abril, de Roberto Civita, e o Grupo Folha, de Otávio Frias.
Details: Processo 2002.34.00.029731-6.

Outro esforçado negociador tucano tem sido o jornalista Reinaldo Azevedo, da revista "Primeira Leitura", cuja meta particular tem sido qualificar-se como porta-voz da direita brasileira. Ainda que intelectualmente limitado e dono de texto raso e confuso, Azevedo tem sido reverenciado pelos reacionários brasileiros, a ponto de merecer referência no site Mídia Sem Máscara, do filósofo "neonazista" Olavo de Carvalho. No mundo das transações subterrâneas, Azevedo é conhecido pela avareza. Espírito disciplinado de militante, procura pagar pouco por textos de interesse da cúpula tucana.

A ala dos alquimistas teve em Roger Ferreira seu mais destacado negociador. O ex-assessor de comunicação do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, atuou às claras nas grandes redações, a ponto de ser chamado de "trintinha", numa alusão ao preço padrão pago por matérias especiais do interesse de seu chefe.

Roger Ferreira, citado no dossiê elaborado pelo ex-gerente de marketing do banco Nossa Caixa Jaime de Castro Júnior, coordenava o esquema do Palácio dos Bandeirantes para beneficiar com verbas de publicidade uma série de emissoras de rádio e TV, além de jornais e revistas. Ferreira foi ainda interlocutor do governo paulista em tratativas com representantes do grupo Cisneros (Venezuela) no Brasil. A corporação mantém uma parceria comercial com o Grupo Abril, que publica Veja.

De acordo com o deputado estadual Afanásio Jazadji, do PFL, o governador Alckmin chegou a negociar pessoalmente projetos inescrupulosos para dourar sua imagem pública.

A reação da cidadania – Os fatos estão devidamente expostos, "mastigadinhos", como dizem os brasileiros. Cabe aos cidadãos de bem, especialmente aos jornalistas que escaparam da sedução criminosa, reagir e reinstaurar o paradigma da ética nas relações triangulares entre governo, mídia e sociedade. O JIBRA, esteja onde estiver, continuará trabalhando para levar a informação exclusiva, nua e crua ao povo do Brasil.

E assim encerra-se o texto do JIBRA.

Se o prezado leitor ainda guarda alguma dúvida de que um verdadeiro exército de jornalistas recebe milhões de reais por mês para produzir matérias e escândalos contra o presidente Lula, experimente apenas pesquisar na internet com as palavras de Sérgio Motta, que dizia sobre a imprensa que “comia na mão se fosse farto o grão”. Já quanto a quem são os pagadores desses milhões, fica nosso apelo para tentarmos juntos descobrir, identificar e mostrar aos milhões de eleitores que podem estar sendo influenciados dia e noite por esse dinheiro.

Uma pista pode ser o trabalho de Eva Golinger, advogada venezuelano-americana que descobriu que usando recursos repassados pelo Departamento de Estado, universidades americanas pagaram “bolsas de estudos” aos diegos mainardis , lucias hipollitos e noblats daquele país. As provas ela conseguiu na biblioteca do Congresso dos EUA, todas autenticadas, com nomes, contas bancárias e valores repassados a cada jornalista, comentarista, especialista,”consultor” que aparecia todos os dias na TV pregando o golpe de estado contra o presidente eleito pelos venezuelanos.Estamos diante de um novo tipo de golpe: o midiático-financeiro. E é preciso pesquisar mais sobre ele. E cada um de nós pode ajudar, pesquisando no Google ou em outros mecanismos de busca sobre os nomes aqui relacionados. Ajude o Brasil a identificar os seguidores de Domingos Fernandes Calabar, do padre Manoel Moraes e do tristemente célebre Joaquim Silvério dos Reis. E conte para a gente e para os seus amigos o que você achou, enviando os resultados para o blog de sua preferência. Vamos identificar esse pessoal e suas fontes de dinheiro fácil e sujo.

Texto extraído do blog DESABAFO BRASIL

http://desabafopais.blogspot.com/2009/08/quem-paga-o-exercito-de-jornalistas.html


Leia também aqui nesta Agência Assaz Atroz relatos do grupo JIBRA sobre reunião ocorrida no apartamento de FHC, quando foram acertados os detalhes para a execução do golpe contra o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Link na postagem intitulada...

Desvendada a farsa do escândalo do “mensalão”

http://assazatroz.blogspot.com/2009/06/desmascarada-farsa-do-escandalo-do.html

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sábado, 12 de setembro de 2009

Gente fina, como Stroessner, Bidault e Marcelo Caetano, pooode!


A FESTA ITALIANA NA “CORTE SUPREMA” DO BRASIL


Laerte Braga

A decisão do ministro Marco Aurélio Mello (por críticas que se possa fazer a ele) foi sábia e abre a perspectiva de algo como um reencontro da STF DANTAS INCORPORATION LTD com o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Gilmar Mendes não é o STF e nem preenche as condições estabelecidas pela Constituição para lá estar (notável saber jurídico e reputação ilibada).

O voto de Gilmar foi decidido na visita que o embaixador italiano fez a ele para solicitar intervenção direta no assunto, trazendo-o de volta à esfera do Judiciário, numa flagrante interferência de país estrangeiro em negócios internos do Brasil e numa violação da própria jurisprudência do STF sobre a matéria.

A partir dali o “ministro” presidente da STF DANTAS INCORPORATION LTD tratou de assestar suas baterias contra o ato do ministro da Justiça que concedeu a Cesare Battisti a condição de refugiado político. Ato legal, semelhante a outros em situações idênticas e nenhum deles discutido pela empresa de Dantas (a suposta “Corte Suprema”).

A propósito do presidente da STF DANTAS INCORPORATION LTD, o jurista Dalmo de Abreu Dallari, quando da indicação do nome de Gilmar para o STF, mostrou em artigo veiculado na mídia, que o então Advogado Geral da União não tinha condições morais para obter aquela indicação e pasme-se quem quiser, o próprio ACM, vivo à época, fez ver a FHC que o nome de Gilmar era “complicado”.

FHC enfrentou, no início de seu governo, tão logo deu partida ao processo de privatização e venda do Brasil, dificuldades no âmbito do Judiciário. Juízes íntegros começaram através de liminar a impedir os crimes cometidos pelo presidente tucano. A questão da venda da Cia Vale do Rio Doce é um exemplo concreto.

A juíza Salete Macalóes, Rio de Janeiro, encontrou as irregularidades no processo de “venda” (foi doação de patrimônio público) e em várias liminares impediu que o crime se consumasse até que...

O presidente tucano indicou seu próprio ministro da Justiça, Nelson Jobim (hoje estranhamente ministro da Defesa do governo Lula, nos malabarismos do petista), para o STF. Ao assumir, Jobim num discurso lamentável de posse se declarou “líder do governo nesta Corte”. Salete Macalóes foi afastada em ato irregular e violento de Jobim das decisões sobre o caso VALE e o crime de lesa pátria cometido. Várias outras mudanças foram feitas de forma a eliminar o poder de decisão de juízes federais honrados em torno do crime geral que foi o governo FHC.

O papel de Gilmar Mendes é o de segurar a barra de tudo isso, todo esse repertório, garantir a impunidade dos bandidos que governaram o Brasil de 1994 a 2002 e criar condições de confronto com o atual governo, com a cumplicidade da mídia (três veículos exercem papel decisivo nessa farsa, ORGANIZAÇÕES GLOBO, VEJA e FOLHA DE SÃO PAULO).

E mais, ao desmoralizar, ou buscar desmoralizar o governo Lula, gerar condições objetivas de retorno da quadrilha tucano/DEMocrata ao poder através de José Serra.

Battisti é peão nessa história. Está sendo usado dentro de um contexto muito mais amplo. Como os protagonistas do esquema Gilmar, que é o esquema tucano/DEMocrata, não têm escrúpulos, vendem mães se preciso for, desde que possam garantir, por exemplo, os contratos fraudulentos entre a empresa de Gilmar Mendes e a Prefeitura de sua cidade, ou com o próprio STF, no caso a empresa STF DANTAS INCORPORATION LTD. Ou mesmo criar mentiras e divulgá-las, as tais gravações que nunca existiram e que teriam sido feitas no gabinete de Gilmar para evitar que o trabalho do delegado Protógenes Queiroz afetasse os “negócios”.

Dantas teve um papel decisivo no governo FHC durante o processo de privatizações. Foi ali que virou senhor da fortuna que tem. São os verdadeiros donos. Nesse processo transformaram o STF numa empresa, atrelada a um partido político, ligado a grupos econômicos e potências estrangeiras e Battisti paga o pato porque o problema é criar dificuldades a Lula (não importa que Lula esteja certo ou errado, importa que é preciso acuá-lo para que possam voltar ao poder).
E Gilmar é empregado dessa gente, cumpre esse papel. Se presta a qualquer coisa.

Como se prestam jornalistas globais em aceitar contratos para “dar aulas” nas empresas de Gilmar e enfiar o rabo no silêncio cúmplice da informação mentirosa ou da desinformação passada ao que chamam de Homer Simpson, ou melhor, ao cidadão comum que William Bonner chama de Homer Simpson. O desprezo, o desrespeito, a mentira confessada. O jornalista que engraxa os sapatos de Gilmar Mendes é Heraldo Pereira.

Nesse emaranhado todo de encurralar o governo Lula se insere o pedido de CPI sobre a PETROBRAS, pois querem entregar o pré-sal a companhias estrangeiras, e Serra já disse que fará isso se eleito. Querem caracterizar o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) como organização “terrorista”. Até Ronaldo Caiado, líder escravagista e latifundiário, ressuscitou para acusar o presidente de tentar pressionar a Câmara na questão do pré-sal. Lula tão-somente pediu aos brasileiros para que pressionem seus deputados na votação do projeto que define a exploração do pré-sal. Caiado esquece que exerce um mandato popular – em tese – e se acha intocável. Pressão só de lobistas, pois esses carregam mala de dinheiro todos os dias, e o povo vota de quatro em quatro anos.

Num plano maior, essa gororoba toda explica, por exemplo, porque um pateta (mas que sabe embolsar mensalão) como Eduardo Azeredo quer censurar a internet, não quer a Venezuela no MERCOSUL, como, de Washington, pensam e montam bases na Colômbia, forjam e montam golpes contra Chávez, dão golpes em Honduras e vai por aí afora.

A bola, nos minutos finais do jogo vai para Lula. Se o presidente vai escorregar ou vacilar, estará rompendo em todos os sentidos com os seus compromissos. Toda a sua história.

Na prática não se trata de peitar uma decisão do STF. Depende de que STF. Se a STF DANTAS INCORPORATION LTD, ou se de fato o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Os quatro votos a favor da extradição de Battisti são da empresa de Dantas.

Cabe a Lula a palavra final e a História ensina que cair de quatro não é próprio dos líderes responsáveis e sérios. Extraditar Battisti será cair de quatro.

George Bidault, ex-primeiro-ministro francês, buscou asilo político no Brasil, onde inclusive ficou até morrer. Era acusado de “atividades terroristas” pelo governo do general Charles De Gaulle. Bidault fazia parte de um grupo de extrema-direita que se opunha à independência da Argélia, colônia francesa na África. Várias ações do grupo que integrava foram ações de guerra. Duvido que a GLOBO usasse a expressão terrorista para qualificá-lo. Ou a Marcelo Caetano, primeiro-ministro salazarista também asilado no Brasil. Foi deposto na chamada Revolução dos Cravos. Era acusado por crimes de tortura. Ele e Bidault foram acidente de percurso, pois ambos militavam na extrema-direita, bem ao gosto de gente como Gilmar Mendes.

Usam a linguagem do nazismo, muito bem descrita no livro – LTI, A LINGUAGEM DO TERCEIRO REICH – de Victor Klemperer, editado no Brasil pela CONTRAPONTO.

O jornalista Hélio Fernandes, fiel ao seu estilo sem medo, num artigo preciso, definiu de forma corajosa, como sempre, o que há por trás do caso Battisti e os equívocos – a expressão resta sendo generosa – dos ministros que querem a extradição. Está publicado na edição de 11 de setembro no jornal TRIBUNA DA IMPRENSA.

O dilema de Lula agora é simples. Vai ser Lula mesmo, ou vai sair pela tangente e cair de quatro.

Por incrível que pareça Marco Aurélio Mello levantou a bola para o presidente ter tempo de matar no peito e chutar certo em direção ao gol. O goleiro, Gilmar Mendes, é um típico frangueiro, mas posa de Júlio César. E frangueiro daqueles que adoram o homem da mala, a profusão de Pastinhas nessa história toda. E noutras também.

Olha, se alguém for ao site abaixo vai ver um exemplo típico de “Gilmar Mendes” em ação. A verdadeira natureza do Poder Judiciário nas chamadas cortes superiores nos tempos atuais. Aquela história de a minoria é que não presta está errada. Com o tempo e por conta do modelo a maioria é que não presta.

http://www.conjur.com.br/2009-set-05/desembargador-flagrado-jogando-xadrez-durante-sessao-tj-ba

Laerte Braga é jornalista, escritor, cineasta e colabora com esta Agência Assaz Atroz.
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terça-feira, 8 de setembro de 2009

Em 2010 delete essas figuras da política brasileira

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SONSOS, MAS NEM TANTO

Laerte Braga

Os senadores Marco Maciel e Eduardo Azeredo querem a censura na internet. É compreensível. Com o silêncio da grande mídia em torno da corrupção tucana e DEMOcrata a rede mundial de computadores passou a ser o principal instrumento de comunicação e denúncias da verdadeira natureza de tucanos e DEMocratas. Não são propriamente imorais, mas amorais. Seguem o padrão Fernando Henrique Cardoso.

Marco Maciel é de família tradicional de Pernambuco. Um barão qualquer, tipo de “nobre” freqüente na política brasileira. Como presidente de uma entidade estudantil em seu estado recebeu largos financiamentos de grupos de extrema-direita para se opor à UNE – União Nacional dos Estudantes – no período imediatamente anterior à ditadura militar, ao golpe de 1964.

Daí a virar deputado estadual e ganhar acesso aos quartéis para cortejar, bajular e mostrar-se ávido por prestar serviços, quaisquer que fossem, foi um pulo. Adotou o estilo sonso, mas nem tanto. Governou Pernambuco, foi vice-presidente de FHC, exerce um mandato de senador e de quebra foi eleito para a Academia Brasileira de Letras na vaga de Roberto Marinho. Pode acreditar, é fato.

Se alguém mergulhar fundo na trajetória de Marco Maciel, vai perceber que toda ela foi construída na incrível capacidade de aceitar qualquer trabalho sujo e executá-lo com ares de seriedade. Importa o que parece ser e não o que é. É do tipo que fala pouco, pois sabe que se fizer o contrário desnuda-se e cai o mito do sujeito competente.

Eduardo Azeredo, como Marco Maciel, é oriundo de família tradicional de Minas Gerais. Seu pai Renato Azeredo foi um dos mais próximos amigos de JK. Era um político sério, não tem culpa do filho. Protagonizou, o pai, episódios marcantes na luta contra a ditadura militar. Tinha seu estilo, seu jeito, bem pessedista, conciliador, mas tinha atitudes firmes e caráter. Foi um dos poucos que não abandonou JK depois da cassação do ex-presidente.

Vale aqui até lembrar um fato interessante, um dos últimos, ocorridos com ele, falo de Renato Azeredo. Em 1982 três candidatos se apresentavam para o governo de Minas. Tancredo Neves, que havia saído do MDB, fundado o PPP (que era chamado só de PP para simplificar), Itamar Franco, do MDB já PMDB e Elizeu Resende pelo PDS. Com a decisão do ditador Figueiredo, através do ministro Leitão de Abreu, de vincular o voto de cima abaixo, ou seja, escolheu um candidato de determinado partido, todo o resto tem que ser daquele partido, Tancredo e Ulisses foram ao STF para fundir PPP e PMDB e assim evitar que a manobra causasse maiores estragos à oposição, já de olho nas indiretas para presidente, em 1984.

Com isso a candidatura Itamar virou um problema, e Tancredo conseguiu um acordo com aval de Ulisses que seria ele o candidato a governador. Itamar disputaria a reeleição para o Senado. O ex-presidente fez duas exigências para abrir mão de sua candidatura ao governo. A primeira que fosse candidato único ao Senado e, como não teve jeito, o nome de Simão da Cunha também estava colocado, digamos assim, exigiu que a primeira sub-legenda fosse a dele, Itamar. Coisas da cabeça de Itamar que ninguém entende, acho que nem ele mesmo.

Tancredo concordou e a convenção foi marcada. Terminada a apuração dos votos dos delegados/convencionais, Renato Azeredo, já doente, mas ativo, chamou Tancredo, era o seu mais próximo companheiro, e disse-lhe que Simão da Cunha fora mais votado que Itamar. E perguntou – “o que vamos fazer?”. Tancredo foi rápido e rasteiro: “deixe o Simão por minha conta, coloque na ata os votos do Itamar para o Simão e os do Simão para o Itamar e pronto”.

E assim foi feito.

Quando Pimenta da Veiga candidatou-se a prefeito de Belo Horizonte – e venceu as eleições - era necessário um nome que não atrapalhasse. Um nome de alguém que passasse desapercebido. Surgiu aí Eduardo Azeredo, não como tal, mas que “tal o filho do Renato, aquele que mexe com computadores?”. E olha que Pimenta já era, ele, filho de um cacique do ex-PSD, João Pimenta da Veiga.

Um ano e meio depois Pimenta da Veiga renunciou ao seu mandato de prefeito para candidatar-se ao governo do Estado (perdeu) e Eduardo Azeredo virou prefeito. Numa sucessão de golpes de sorte, acabou governador. Disputou a eleição com Hélio Costa, em 1994. O atual ministro das Comunicações deixou de ser eleito no primeiro turno por zero vírgula qualquer coisa e perdeu o segundo turno numa impressionante virada que, no duro mesmo, foi um dilema do menos pior, onde não havia menos pior. Quem optou por votar num ou noutro o fez de olhos fechados cravando o nome onde a caneta caísse. Ou cara e coroa. Não foi o meu caso.

Como governador, Azeredo mostrou o porquê de não existir menos pior. Incapaz de andar e falar ao mesmo tempo, tropeça, cai e não levanta mais, Minas foi governada, nos seus quatro anos (perdeu a reeleição para Itamar Franco) pelo deputado Roberto Brant (renunciou por ter sido pego no pulo do gato em meio a maracutaias), sua mulher – dele Azeredo – e o vice Valfrido Maresguia, tubarão do ensino privado em Minas.

Se Marco Maciel é um sonso, mas nem tanto, absolutamente sem vergonha, com pose de sério e intelectual, Azeredo é o sonso, mas nem tanto, que não hesita em mergulhar de corpo e alma em qualquer “negócio” que lhe garanta uma sobrevida política (dificilmente volta ao Senado, não tem cacife eleitoral para isso, esgotaram-se as mágicas).

Não é a primeira vez que tarefas sujas como a tentativa de censura na internet caem em suas mãos e na de Marco Maciel. Azeredo atendeu no governo FHC a um pedido de Nelson Jobim, então ministro do STF DANTAS INCORPORATION LTD (à época era STF PRIVATIZAÇÕES LTD) para anular a tentativa de alguns senadores de criar o voto impresso para a urna eletrônica. Um argumento simples. No modelo atual, só o voto impresso seria capaz de permitir, seria e será, uma eventual recontagem limpa.

Teotônio Vilela Filho, governador de Alagoas, foi eleito numa manobra do coloca os votos do João Lira para o Teotônio e os do Teotônio para o João Lira. Está no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até hoje à espera de julgamento. Com o voto impresso essa questão já estaria solucionada.

O que se pretende com a censura na internet é simples. Evitar, por exemplo, que a compra de figuras do PSDB e DEMOcratas pela empresa suíça ALSTOM, venha a público. Existem propinas pagas a Geraldo Alckimin, a José Serra, a campanhas de FHC e outros tucanos mais ou menos votados e a GLOBO, lógico, nem toca no assunto.

Faz parte do esquema.

Ou evitar que toda a corrupção do governo Aécio Neves venha a tona. Tancredo, tal e qual Renato Azeredo não tem culpa de Eduardo, não tem culpa do neto.

E o mais importante. Retomar o modelo neoliberal puro, ortodoxo, vale dizer, acabar de vender o País, passar a escritura.

Tucanos e DEMOcratas perceberam o poder da internet. A campanha de Barack Obama é um exemplo recente e definitivo. E perceberam antes disso. Quando partiram, agora, para cima do “coronel” José Sarney, no meio do caminho, tiveram que tirar o time de campo por conta dos “coronéis” Tasso Jereissati e Arthur Virgílio. Ou Paulo Guerra (de menor calibre, mas com função significativa na quadrilha).

O projeto, nesse momento, dentre outros, cumpre um objetivo. Censurar a internet para evitar o debate livre, a troca de idéias e as denúncias sobre o risco José Serra. O maior de todos que este País já correu depois de FHC. Collor é fichinha perto dessa gente. E Sarney, com todo o seu bigode, não passa de aprendiz.

Azeredo é o fac totum da quadrilha. E curioso nisso é que aceita o papel com a maior tranqüilidade. Digo isso, pois em 1998, quando tentava a reeleição em Minas, ouviu FHC dizer de público que “Minas não é problema meu, é dos mineiros”. Estava se referindo ao candidato que preferia eleito no estado. Azeredo ou Itamar Franco. Como é hábito de escorpiões, picou no meio da travessia. Azeredo engoliu e ficou quietinho no seu canto. Ou quando se descobriu seu envolvimento com Marcos Valério através do atual prefeito de Juiz de Fora, então deputado Custódio Matos. FHC pediu sua cabeça para não atrapalhar jogo e continuou quieto. Até o primeiro “vem cá Eduardo, tome esse osso”. Chegou abanando o rabo e levou o projeto de censura na internet.

Azeredo é ainda, a soldo dessa quadrilha, um dos principais agentes do esquema para impedir a votação e aprovação do acordo que garante o ingresso da Venezuela no MERCOSUL.

Marco Maciel está pagando os dois mandatos de vice-presidente. Bem que FHC tentou substituí-lo em 1998. Acabou aceitando, sempre na lógica do se precisar de um pastel de vento, é o ideal.

Para além desses fatos, o projeto em si é o totalitarismo da “democracia neoliberal”, do modelo único.

Criar uma sociedade de zumbis, consumidores, sem capacidade crítica. O que William Bonner chama de Homer Simpson. E garantir para José Serra, por extensão a todos eles, a chave do cofre.

Marco Maciel e Eduardo Azeredo fazem aquele tipo que você acha que pode deixar tomando conta do seu filho. E quando volta, ou vai buscá-lo, se espanta com o clássico “Mas eles? Não é possível, tinham a cara tão boa!”

E a turma de cima, a deles, a tucano/DEMOcrata, sabe que estão ali para isso. Parecer azul e serem cinzas, daquele cinza opaco, sombrio, que no fundo é tanto tenebroso, quanto aparentemente sonso. Mas não rasgam notas de cem, pelo contrário guardam e muito bem guardadas.

É um tipo de sonseira diferente da do juiz de futebol que foi parar no Senado, Eduardo Suplicy. Não sabe se leva primeiro a dianteira e a traseira direitas, ou as esquerdas, ou só as dianteiras, ou não anda. Sem decifrar o enigma optou por não andar.

Azeredo e Marco Maciel sabem direitinho. Por trás desse ato institucional contra a internet estão os grupos que se reúnem no esquema FIESP/DASLU, centro do mundo tucano/DEMOcrata. Não interessa nenhum debate político a essa gente. Importante é ter a “consciência” que a vida se resume a shopping e marcas.

Ah! O senador tucano Papaléo Paes, do Amapá, mesmo estado que José Sarney representa, contratou para seu gabinete a mulher do ex-diretor da Câmara Alta (altos negócios) Agaciel Maia, o tal dos atos secretos e afastado por bandidagem da grossa. Segundo nota do gabinete de Papaléo teria sido um gesto de “humanidade”.

Por humanidade leia-se ou parte de um acordo. O que foi costurado por Aécio Neves e livrou a cara de Tasso Jereissati e Arthur Virgílio, tanto quanto a de Sarney, ou chantagem pura e simples. Do tipo ou nomeia ou Agaciel bota a boca no trombone. O fato de ser um senador desconhecido da imensa maioria dos brasileiros é manobra para dizer que os grandes não têm nada com isso. Se for o caso, Papaléo é o bode expiatório perfeito.

São bandidos e entre eles se entendem. Precisa explicar mais o medo da intenet?

Laerte Braga é jornalista, escritor, cineasta e colabora com esta Agência Assaz Atroz.

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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Um embaixador muito experiente comenta o caso "cabo Anselmo" e cita "coisa" do gênero

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Esta postagem especial tem por finalidade destacar os comentários do diplomata Arnaldo Carrilho, atualmente em pleno exercício de funções inerentes ao cargo de embaixador brasileiro junto à República Democrática Popular da Coréia, ou simplesmente Coreia do Norte. O embaixador Arnaldo Carrilho leu, nesta AAA-PressAA, artigo de Celso Lungaretti, intitulado, pelo autor, “NINGUÉM MAIS DUVIDA DE QUE O CABO ANSELMO FOSSE SEMPRE AGENTE DUPLO”; tendo recebido de nossa publicação o sobretítulo “Cabo Anselmo, o alcaguete do século XX, por Celso Lungaretti” (1°/9).

Em julho de 2005, escrevi o artigo “Cabo Anselmo e os neogolpistas”, publicado pelo diário espanhol La Insígnia, através do qual afirmo, fundamentado em minha experiência pessoal na Marinha de Guerra, que “Há quem acredite que cabo Anselmo mudou de lado quando voltou do exílio (Uruguai e Cuba) em 1970. Engano. Na verdade, ele era um agente infiltrado nos movimentos populares que precederam o golpe militar”.

(Para entender esta minha afirmação, leia artigo ainda disponível em La Insignia: http://www.lainsignia.org/2005/julio/ibe_074.htm .)

Já ouvi pessoas alegarem que Anselmo teria, sim, “mudado de lado” depois de se decepcionar com a atuação luta armada contra a ditadura implantada no país em 64 e consolidada em 68 através do Ato Institucional n° 5, o famigerado AI-5.

“Cabo Anselmo treinou táticas de guerrilha em Cuba!”, bradou certa ocasião um dos meus interlocutores, acreditando que tal argumento justificaria que, até aquela ocasião, ele seria um autêntico combatente da ditadura militar.

Outro, em comentários a trechos do meu artigo, postado por terceiros no CMI, alega que “Anselmo já era dirigente da VPR ANTES da prisão dele em 1970, ele foi delegado do MNR (Movimento Nacional Revolucionário), na Conferência da OLAS (Organização Latino-Amerinacana de Solidariedade) em 1967, justamente por Brizola recuar na luta armada (era o líder máximo do MNR), Onofre Pinto, Anselmo e outros militares cassados foram aglutinando no que formaria a VPR (além dos universitários da POLOP)”. O autor do comentário acredita que, por isso mesmo, cabo Anselmo só mudou de lado depois de preso pela repressão. Esquecem que um elemento infiltrado age com aparente naturalidade, muitas vezes demonstra mais empolgação que os legítimos militantes. São treinados para isso, contam com assessoria permanente do verdadeiro lado para o qual prestam seus serviços de alcaguete, o lado dos que os remuneram pelos serviços prestados.

Comentários do embaixador Arnaldo Carrilho, enviados por e-mail à nossa Agência Assaz Atroz:


“Então, finalmente, chegou-se a uma conclusão - tardia, como sempre, como quase todas entre nós - sobre que é e foi o "Cabo" Anselmo...Que diria hoje o Elio Gaspari, que manteve como troféu, em gaveta de sua mesa de trabalho no JB, o boné do dito cujo, o mítico marinheiro que muitos queriam ver como o herói de um Potionquim inexistente...

Há pesquisas que precisam ser aprofundadas no Brasil, em seguida consolidadas e publicadas: uma se refere à corrupção, no período de governos de excepcionais (1964-85) e, outra, a relacionada às infiltrações de elementos a serviço das forças repressivas. Há uma outra, mais delicada, por razões óbvias, que diz respeito aos colaboracionistas, sobretudo na área cultural (*).

Até entre os banidos acolhidos pelos argelinos (1970), apareceu um certo Manuel (ou Manoel), publicitário, que trabalhou na agência oranense do quotidiano El Moudjahid e, depois, como seu chefe foi removido para a Capital, foi transferido também para Argel. Quando os "serviços" argelinos descobriram que o cara era infiltrado, trabalhando não só para o SNI, mas principalmente para a CIA, foi por esta a tempo avisado. Como tinha passaporte e dinheiro no fundo-falso de sua mala, logrou partir para o aeroporto de Maison Blanche (há tempos, já, Houari Boumedienne) e se mandou do país de asilo.

Por onde andas, Manoel-Manuel, se não passas de produto da imaginação do seu ex-patrão argelino que bem conheço? Que tens a dizer?

Abraços do
Arnaldo Carrilho.

(*) O período em que Maria Alice Barroso dirigia o INL (Instituto Nacional do Livro), por exemplo, seria rico de informações. Seria também interessante tomar notas das motivações que levaram à eleição do General Aurélio de Lyra Tavares ("Adelita") na ABL, já que não foram pelo alto valor de suas poesias, e assim por diante. Como escreveu Benjamin (Walter), a Historia tem de ser refeita com os cacos sobrantes do seu passado de devastações, ruínas e amarguras. Bom acrescentar, da sua podridão intrínseca. Tudo isso mesclado se transforma em materiais de construção da frágil ponte do presente, sem a qual não se tem como sonhar com um futuro plausível.”

Bom, o Manoel-Manuel escafedeu-se. É provável que, se os seus próprios protetores, pela necessidade de queima de arquivo, não o eliminaram, então, deve estar vivendo sob disfarce, com o rosto remodelado por cirurgia plástica, e desfrutando suas trinta moedas de ouro em qualquer recanto sombrio do Planeta.

Mas cabo Anselmo voltou e aí está, amparado por antigos comparsas, protegido por velhos golpistas, juntos desafiando a sociedade. Pretendem eles “desmoralizar a atuação da Comissão de Anistia e do próprio Ministério da Justiça”, conforme frisou Celso Lungaretti no seu artigo.

O Embaixador Arnaldo Carrilho teve sua carreira iniciada em 1962, chegou à Coreia do Norte depois de ter representado o Brasil, entre 2006 e 2007, na Cisjordânia controlada pela Autoridade Nacional Palestina. Já serviu em 14 países, passou 10 anos em postos na Europa e outros 12 em países árabes, China e Tailândia. Recentemente entregou credenciais ao governo de Kim Jong. Arnaldo Carrilho já inaugurou embaixadas brasileiras na Arábia Saudita e Alemanha Oriental e foi designado como Embaixador Extraordinário junto à Cúpula América do Sul-Países Árabes, que aconteceu em 2008.

Leia artigo de Urariano Mota, sobre o mesmo tema, na nossa agência assaz atroz - pressAA - redação, publicado hoje: "CANAL LIVRE PARA O CABO ANSELMO".

http://pressaa.blogspot.com/2009/09/canal-livre-de-inconveniencias.html

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PressAA
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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Cabo Anselmo, o alcaguete do século XX, por Celso Lungaretti

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NINGUÉM MAIS DUVIDA DE QUE O CABO
ANSELMO FOSSE SEMPRE AGENTE DUPLO


Celso Lungaretti (*)

Anselmo disse a Octávio Ribeiro
que se entregou ao Dops; depois,
inventou que foi preso e torturado

A pretensão do Cabo Anselmo de ser anistiado como vítima da ditadura de 1964/85, embora reconheça ter-lhe prestado serviços sanguinários de 1971 em diante, não deverá resistir ao testemunho gravado de Cecil Borer, ex-diretor do Dops da Guanabara.

Dois anos antes de morrer, Borer (1913-2003) declarou à reportagem da Folha de S. Paulo que José Anselmo dos Santos não só atuava como colaborador do seu departamento no momento do golpe de Estado, como prestava o mesmo serviço ao Cenimar e à CIA.


Tal gravação deverá determinar a recusa do pedido de Anselmo, foi o que avaliaram cidadãos cuja opinião tem muito peso na área de defesa dos direitos humanos e, certamente, deve coincidir com a de membros da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, à qual cabe elaborar um parecer sobre o caso.

Assim, para o secretário especial dos Direitos Humanos da Presidência da República Paulo Vannuchi a nova evidência "derruba a pretensão" de Anselmo.

Vannuchi admite que existia a possibilidade de a Comissão ser obrigada a anistiar o ex-marinheiro, decidindo com base "técnica e jurídica" e tendo de colocar em segundo plano sua "repulsa política e ética".

Agora, não mais: "O depoimento [de Borer] dá o fundamento [que faltava] à Comissão de Anistia, porque a decisão seria difícil"

A avaliação de Vannuchi coincide com a da presidente do Grupo Tortura Nunca Mais no Rio de Janeiro, Cecília Coimbra, que declarou: "O Cabo Anselmo não passou a colaborar após a prisão. Ele já era infiltrado. Não tem direito a nenhuma anistia".

E também com a da a atual diretora e ex-presidente do GTNM em São Paulo, Rose Nogueira, para quem "está mais do que claro que ele já era infiltrado antes de 1964".

A decisão final caberá ao ministro da Justiça Tarso Genro, que pode acatar o entendimento da Comissão ou tomar decisão diferente, conforme sua convicção.

No entanto, a praxe é o ministro prestigiar o parecer, salvo quando surge um fato novo de muita relevância no período de alguns meses que transcorre entre a análise do caso no colegiado e a assinatura da portaria ministerial.

E Anselmo não deve esperar nenhuma condescendência por parte de Genro, que no início do mês passado já antecipava existirem índicios de sua atuação como "agente infiltrado dos golpistas" no pré-1964, o que o desqualificaria como perseguido político:

"Não cabe a aplicação da Lei da Anistia a pessoas que deliberadamente atuaram como agente do Estado, seja para desestabilizar um regime legal, como era o governo João Goulart, seja depois, numa estrutura paralela".

Ironicamente, o ministro acrescentou que, na hipótese de indeferimento do seu pedido de anistia, Anselmo poderia entrar com ação ordinária contra a União, requerendo indenização por haver atuado na repressão política sem reconhecimento do Estado "pela prestação desse regime".

ANSELMO VENDIA INFORMAÇÕES
DO DOPS PARA AS MULTINACIONAIS

Mas, estará mesmo Anselmo precisando desesperadamente de recursos, conforme alega? Aí tudo que temos são suposições, pois ele, com as opções que fez, escolheu viver como um incógnito no seu próprio país.

Ele próprio admite, p. ex., que recebia remuneração dos órgãos de repressão política quando os ajudava a destruírem a Vanguarda Popular Revolucionária e prenderem/executarem seus militantes.

Uma revelação interessante acaba de surgir no site do Luiz Nassif, sobre o que o sinistro personagem andou fazendo depois de dizimados os grupos guerrilheiros, conforme relato do veterano jornalista Antonio Carlos Fon:

"Cabo Anselmo frequentava o Dops de São Paulo, onde tinha um sócio, o delegado Josecyr Cuoco, com quem mantinha uma agência privada de informações que, com agentes infiltrados no movimento sindical e acesso aos relatórios dos alcaguetes do Dops, vendia informações para as multinacionais, especialmente do setor automobilístico, na época muito assustadas com o novo sindicalismo que nascia no ABC".

Segundo Fon, a espetaculosa entrevista que Anselmo concedeu em 1984 ao Octávio Ribeiro (Pena Branca), para publicação na IstoÉ, foi articulada pelo delegado Cuoco, com a ajuda do Cenimar, exatamente para evitar que a revista expusesse as atividades da tal agência privada de informações.

Em 1999, Anselmo falou também ao Percival de Souza, que fez outra reportagem igualmente extensa. As matérias-de-capa da IstoÉ e da Época foram expandidas para livros por Octávio Ribeiro e Percival de Souza. Seguramente Anselmo terá recebido uma boa grana nessas ocasiões.

Finalmente, em suas andanças recentes, o ex-marinheiro tem sido sempre escoltado pelo delegado Carlos Alberto Augusto, do 12º distrito de São Paulo.

Estavam juntos quando a rede Globo levou ao ar o Linha Direta com o Cabo Anselmo, há dois anos.

Juntos foram recentemente cumprir os requisitos para Anselmo reaver sua identidade.

E juntos se apresentaram no Canal Livre de domingo passado, quando os adesivos anticomunistas e golpistas do jipe do delegado causaram tal perplexidade nos profissionais da rede Bandeirantes que até no ar esse assunto foi levantado.

Quem é, afinal, o tutor de Anselmo?

De janeiro de 1970 a 1977, Augusto trabalhou sob as ordens diretas do terrível delegado Sérgio Paranhos Fleury no Dops/SP, quando era conhecido como Carlinhos Metralha, por andar amiúde com uma metralhadora pendurada no ombro.

Recentemente apontado ao Ministério Público Federal como torturador por Ivan Seixas, diretor do Fórum dos Ex-Presos e Perseguidos Políticos de São Paulo, Carlinhos Metralha até hoje dá declarações deste tipo:

"Esses caras do governo [Lula] são todos sanguinários. Tudo comunista bandido e covarde. Estou à disposição dos militares na hora em que eles precisarem de novo".

Enfim, tudo leva a crer que Anselmo jamais tenha saído da órbita dos órgãos de segurança e das estruturas montadas por antigos torturadores. Não por acaso, tem o apoio incondicional dos sites de extrema-direita, como o Alerta Total, do Jorge Serrão.

Daí as consistentes suspeitas de que sua insistência em ser anistiado não se deva a precariedade material, mas seja, tão-somente, uma nova provocação, desta vez para desmoralizar a atuação da Comissão de Anistia e do próprio Ministério da Justiça.

Caso em que o tiro terá saído pela culatra, pois agora ninguém mais duvida de que ele haja sido um agente duplo ao longo de toda sua infame trajetória.
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(*) Jornalista, escritor e ex-preso político, Celso Lungaretti era companheiro de militância e amigo de José Raimundo da Costa, o Moisés, que foi preso numa armadilha do cabo Anselmo, levado para a Casa da Morte de Petrópolis (RJ), torturado e executado. Mantém os blogues Náufrago da Utopia e Celso Lungaretti - O Rebate


http://naufrago-da-utopia.blogspot.com/2009/09/tiro-pela-culatra-agora-ninguem-duvida.html

Sobre o mesmo assunto, leia também:

BOMBA! SEGUNDO EX-DIRETOR DO DOPS, O CABO ANSELMO JÁ ERA AGENTE DUPLO EM 64

Artigo recebido por e-mail do autor para a nossa AAA-PressAA, comunicando que se trata de texto de "livre publicação". Recomendamos sua divulgação, fazendo-se referência à fonte autoral.

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