segunda-feira, 25 de outubro de 2010

ATÉ UM CABEÇA DURA COMO O SERRA TERIA MARCA NA PELE, DIZ COLUNISTA

Celso Lungaretti (*)

É de um ridículo atroz a grita demotucana, tentando apresentar um episódio pequeno e patético como se fosse uma terrível ameaça à democracia.

Ameaças reais à democracia eram, isto sim, as brutais agressões da polícia do então governador José Serra aos professores e aos universitários de São Paulo.

Para quem já esqueceu esses episódios, eis como o professor doutor Pablo Ortellado, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP, relatou um deles, a chamada batalha da USP, em junho/2009:

"Quando [os docentes da USP] chegamos na altura do gramado, havia uma multidão de centenas de pessoas, a maioria estudantes correndo e a tropa de choque avançando e lançando bombas de concusão (falsamente chamadas de 'efeito moral' porque soltam estilhaços e machucam bastante) e de gás lacrimogêneo. A multidão subiu correndo até o prédio da História/ Geografia, onde a assembléia havia sido interrompida e começou a chover bombas no estacionamento e entrada do prédio (...)

"Sentimos um cheiro forte de gás lacrimogêneo e dezenas de nossos colegas começaram a passar mal devido aos efeitos do gás -- [nomeia cinco professores] todos com os olhos inchados e vermelhos e tontos pelo efeito do gás. A multidão de cerca de 400 ou 500 pessoas ficou acuada neste edifício cercada pela polícia e 4 helicópteros. O clima era de pânico.

"Durante cerca de uma hora, pelo menos, se ouviu a explosão de bombas e o cheiro de gás invadia o prédio.

"(...) Neste momento, recebi notícia que meu colega Thomás Haddad havia descido até a reitoria para pedir bom senso ao chefe da tropa e foi recebido com gás de pimenta e passava muito mal. Ele estava na sede da Adusp se recuperando.

"Durante a espera infinita no pátio da História, os relatos de agressões se multiplicavam. Escutei que a diretoria do Sintusp foi presa de maneira completamente arbitrária e vi vários estudantes que haviam sido espancados ou se machucado com as bombas de concusão (inclusive meu colega, professor Jorge Machado). Escutei relato de pelo menos três professores que tentaram mediar o conflito e foram agredidos.
"Na sede da Adusp, soube, por meio do relato de uma professora (...) que chegou cedo ao hospital que pelo menos dois estudantes e um funcionário haviam sido feridos".
EXAGEROS E MENTIRAS - Então, em meio a tanta tempestade em copo d'água e tanta manipulação desavergonhada sobre o rolinho de fita crepe assassino, é um alívio encontrar colegas que ainda se comportam com a dignidade de verdadeiros jornalistas, mesmo atuando na grande imprensa.

Pena que sejam só os veteraníssimos, que os veículos da mídia golpista suportam porque seria contraproducente tirar-lhes os espaços, expondo-se a uma enxurrada de críticas. Preferem aguardar que se aposentem, enquanto tratam de evitar que tenham sucessores.

Enfim, saudemos os Jânios de Freitas que ainda restam, capazes de dar a definitiva palavra sobre os factóides ridículos que o PIG tenta fabricar, como ele fez nestas considerações:

"O PSDB e aliados investem no engrandecimento do choque entre o objeto na cabeça de José Serra e a reação de Lula. A rigor, a gravação com celular feita pelo repórter Italo Nogueira, da Folha, a meu ver não permite a afirmação categórica de que um segundo objeto, contundente, atingiu a cabeça de Serra.

"O tumulto forçou imagens tremidas, que precisam de perícia, e talvez não uma só, para a interpretação segura.

"A própria Folha, em cuja Redação no Rio a gravação foi examinada inúmeras vezes, tratou-a com cautela. A Globo decidiu bancá-la como imagem de um objeto atingindo Serra. Se houve esse objeto além da bolinha de papel, é certo que não teve mais de um palmo e não 'era duro e pesava mais ou menos meio quilo', como descrito por Serra.

"Sabe-se que ele é cabeça-dura, mas não a ponto de nela receber um objeto com tais características e, nem se diga ferimento, mas sequer ficar marca na pele..."
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Celso Lungaretti, jornalista, escritor e ex-preso político anistiado pelo MJ. Mantém o blog Náufragos da Utopia





Colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz

Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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domingo, 24 de outubro de 2010

A esperada Secretaria dos Emigrantes

O Itamaraty fixou do 1 ao 9 de novembro, as eleições para o Conselho de Representantes de Emigrantes (CRBE), divulgando uma nota no site www.brasileirosnomundo.mre.gov.br , na qual informa como serão essas eleições.

Em nome dos movimentos de cidadania Brasileirinhos Apátridas e Estado do Emigrante denunciamos a pressa e a maneira como vão ser feitas tais eleições e perguntamos ao embaixador Eduardo Gradilone, responsável no Itamaraty pela Subsecretaria-geral das Comunidades Brasileiras no Exterior, por que tais eleições não observam o decidido pelo Conselho Provisório, do qual fizemos parte, e ratificado pela II Conferência Brasileiros no Mundo.

Como bem observou o Brasil Infos, num comunicado distribuído na Suíça, tais eleições não respeitam o voto secreto, serão um privilégio da elite emigrante com computador e praticamente eliminam do pleito os indocumentados, além de pedirem coisas absurdas como número de inscrição consular coisa que nem nós temos, apesar de ex-membro do Conselho Provisório. Um mandado de segurança junto ao TSE pode derrubar essas eleições.

Mas se tais eleições se realizarem, provarão item por item o que temos denunciado, desde o fim da II Conferência – o Conselho de Representantes de emigrantes e a Conferência Brasileiros no Mundo não passam de cenas de teatro, para inglês ver, sem qualquer utilidade. Ambos tinham decidido e com o apoio da maioria coisa bem diferente.

Fica evidente que o Itamaraty guarda a tutela dos emigrantes e decide o que acha melhor, e aos emigrantes, seja no Conselho ou na Conferência Brasileiros no Mundo, só resta aceitar. E não é isso que nós, emigrantes, queremos.

Os emigrantes devem ser os donos do seu nariz e ter um Conselho independente do Itamaraty. Um Conselho eleito segundo as regras ditadas pelos próprios emigrantes – voto secreto, eletrônico, por correspondência e pessoal, dentro de prazos corretos que permitam aos candidatos mobilizar seus eleitores e se fazerem conhecidos. Esse Conselho deve fazer parte de uma Secretaria de Estado da Emigração e ser representado em Brasília por parlamentares emigrantes, nada a ver com Itamaraty.
Emigrante é emigrante, diplomata é diplomata, cada um na sua. A política da emigração não deve ser aplicada por diplomatas mas pelos próprios emigrantes. Umas pena também que certos candidatos, movidos pela vaidade, aceitam essa situação de subserviência e sem condições de agir, sem protestar.

Porém, os movimentos Brasileirinhos Apátridas e Estado do Emigrante estão protestando junto ao governo, MRE, Itamaraty e junto à imprensa emigrante e do Brasil a fim de que sejam anuladas tais eleições por vicios de forma e fixadas novas regras com prazos legais. Porém, devem ser mantidas as datas para a III Conferência Brasileiros no Mundo, já que o presidente Lula pode comparecer, dia 3 de dezembro, no fim de seu mandato.

Será o momento ideal para o presidente Lula corrigir os erros cometidos pelo Itamaraty com sua falta de percepção e anunciar a criação de uma Secretaria de Estado da Emigração autônoma, independente do Itamaraty, dirigida e integrada por emigrantes.

Entretanto, se forem mantidas as eleições como anunciadas, pedimos aos emigrantes para marcarem seu protesto e mesmo indignação (o MRE nada fez na época dos brasileirinhos sem pátria), para votarem, na região Europa, em Rui Martins, criador dos Brasileirinhos Apátridas e que luta por uma Secretaria de Estado da Emigração.
Com Josivaldo Rodrigues, no Canadá, Veronique Ballot, no Caribe, Alberto Esper, em Angola, e mais alguns em fase de consulta, poderemos transformar o Conselho apócrifo numa Comissão de Transição para uma Secretaria de Estado da Emigração.

Rui Martins, candidato na Europa.


Para Rui Martins, o governo brasileiro deveria criar uma nova política de emigração a exemplo de Portugal, França, Itália e mesmo México e Equador.

Leia mais em...


http://www.francophones-de-berne.ch/




http://www.estadodoemigrante.org/

*Ex-correspondente do Estadão e da CBN, após exílio na França. Autor do livro “O Dinheiro Sujo da Corrupção”, criou os Brasileirinhos Apátridas e propõe o Estado dos Emigrantes. Vive na Suíça, colabora com os jornais portugueses Público e Expresso, é colunista do site Direto da Redação. Colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz

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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Fundação denuncia esquema golpista patrocinado pela CIA no Brasil

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Por Redação, do Rio de Janeiro, Brasília e Washington

Não bastasse o governador eleito do Rio Grande do Sul e ex-ministro da Justiça, Tarso Genro, denunciar “uma campanha de golpismo político só semelhante aos eventos que ocorreram em 1964 para preparar as ofensivas” contra o então governo estabelecido, o jornal da Strategic Culture Foundation – a partir de sua seção norte-americana, especializada em geopolítica – publicou, nesta semana, reflexão na qual avalia o esforço dos setores mais conservadores dos EUA para denegrir as “imaturas” democracias da América Latina e do Caribe.

No artigo intitulado “Elections in Brazil and the US Intelligence Community” (Eleições no Brasil e a comunidade de inteligência dos EUA), assinado pelo analista Nil Nikandrov, a instituição lembra que “o Brasil nunca pediu permissão para afirmar o seu direito à soberania e à posição de independência na política internacional em causa ao longo dos oito anos da presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, e era amplamente esperado que G. Bush acabaria por perder a paciência e tentar domar o líder brasileiro. Nada disso aconteceu, embora, evidentemente, porque os EUA se sentiram sobrecarregados demais com problemas com a Venezuela para ficar trancado em um conflito adicional na América Latina”.


A Estrategic Cultural Foundation aborda a questão geopolítica mundial
Leia os principais trechos do artigo:

“Falando aos diplomatas e agentes de inteligência na Embaixada dos EUA no Brasil em março de 2010, a Secretária de Estado, Hillary Clinton enfatizou: ‘na administração Obama, estamos tentando aprofundar e alargar as nossas relações com um certo número de países estratégicos e o Brasil está no topo da lista. Este é um país que realmente importa. E é um país que está tentando muito duro para cumprir a sua promessa ao seu povo de um futuro melhor. E assim, juntos, os Estados Unidos e o Brasil tem que liderar o caminho para os povos deste hemisfério”.

“Vale ressaltar que H. Clinton credita ao Brasil nada menos do que o direito de mostrar o caminho para outras nações, embora de mãos dadas com Washington. Para este último, o caminho é o de suprimir as iniciativas socialistas em todo o continente, de se abster de juntar projetos de integração regional a menos que sejam patrocinados pelos EUA, para se opor aos esforços dos populistas que visam formar um bloco latino-americano de defesa, e para impedir a crescente expansão econômica chinesa.

“Os EUA nomeou o ex-chefe do Departamento de Estado de Assuntos do Hemisfério Ocidental e um passaporte diplomático, com uma reputação dúbia Thomas A. Shannon como novo embaixador para o Brasil às vésperas das eleições no país. Ele se esforçou para convencer o presidente do Brasil para alinhar o país com os EUA e a adotar políticas internacionais menos independentes. Washington ofereceu vantagens ao Brasil como maior cooperação na produção de combustíveis renováveis, consentiram em que estabelece uma divisão da Boeing no país, e assinou uma série de acordos com as indústrias de defesa brasileira, incluindo a comissão de 200 aviões Tucano para a Força Aérea dos EUA.

“O presidente Lula não aceitou. Ele teimosamente manteve a parceria com a H. Chavez e Morales J. esteve em Havana e Teerã, condenou o golpe pró-EUA em Honduras, e até mesmo se comprometeu a desenvolver um setor nacional de energia nuclear. Ele propôs Dilma Rousseff – uma candidata séria, para esperar para orientar um curso da mesma forma independente – como seu sucessor. É alarmante para Washington, Dilma era membro do Partido Comunista e integrou a Vanguarda Armada Revolucionária – nomeadamente, com o pseudônimo de Joana d’Arc, na década de 1970. Ela foi traída por um agente do governo, depois presa, torturada sob os métodos que a CIA ensinou na Escola das Américas, e teve que passar três anos na cadeia. Por isso, mesmo décadas depois Rousseff não é a pessoa da qual se possa esperar que seja um grande fã dos EUA.

“A campanha de Dilma ganhou força gradualmente e as sondagens começaram a dar-lhe um lugar na corrida à frente do candidato de direita, José Serra. Jornalistas ‘amigos-da-américa (do norte)’ e agentes da CIA sondaram a sua disponibilidade para forjar um acordo secreto com Washington e então descobriu-se que o plano não teve chance porque Rousseff firmemente prometera fidelidade ao curso do presidente Lula. A CIA reagiu a tentativa de manchar Rousseff, e os meios de comunicação de imediato lançaram o mito sobre o seu extremismo. Encontraram informantes da polícia, que posaram como “testemunhas” de seu envolvimento em assaltos a bancos para os quais pretendia pegar o dinheiro para apoiar o terrorismo no Brasil. A mídia conservadora travara uma guerra de classificações e elogios em coro pró-EUA, José Serra como o incontestado favorito e Dilma – como um rival puramente nominal. Estabilizada a situação, no entanto, Dilma Rousseff finalmente emergiu como a líder da campanha, graças a um apoio pessoal do presidente Lula.

“Ainda assim, a pontuação de Rousseff caiu de 3% a 4%, tirando a chance de vencer ainda no primeiro turno das eleições. O resultado do segundo turno dependerá em grande parte os defensores de Marina da Silva Vaz de Lima, do Partido Verde, que ocupou o terceiro lugar nas eleições, com 19% dos votos. A guerra entre os militantes do PV está declarada e Shannon irá tentar de todos os meios para quebrar uma aliança entre Serra e Silva.

“O time de Dilma visivelmente perdeu o tom triunfalista inicial – o segundo turno é um jogo difícil, e o adversário de seu candidato está implicitamente apoiado por um império poderoso e cheio de recursos que é conhecido por ter impulsionado rotineiramente candidatos à esperança para a vitória. A mídia no Brasil – O Globo, as editoras Abril, como Folha de S. Paulo e a revista Veja – estão ocupados em lavagem lavagem cerebral do eleitorado do país.

“A equipe de Shannon está enfrentando a missão de ajudar ‘novas forças’ menos propensas a desafiar Washington e ajudar a obter um controle sobre o poder no Brasil. A CIA emprega ex-policiais brasileiros demitidos de seus cargos por várias razões, para fazer o trabalho de campo como a vigilância, as invasões a apartamentos, roubos de dados de computador, e chantagem. Na maioria dos casos, estes são os indivíduos com tendências ultradireitistas que consideram Serra como seu candidato. Ministérios do Brasil, comunidades de inteligência e complexo militar-industrial estão fortemente infiltradas por agentes dos EUA. A embaixada dos EUA e do pessoal do consulado no Brasil inclui cerca de 40 dentre a CIA, DEA, FBI, agentes de inteligência e do exército, e têm planos para abrir dez novos consulados nas principais cidades do Brasil, como Manaus, na Amazônia.

“Embora o Departamento de Estado dos EUA esteja empenhado em reduzir o tamanho da representação diplomática no mundo, em um esforço para cortar despesas orçamentais, o Brasil continua sendo uma exceção à regra. O país tem um potencial para se estabelecer como uma força contrária na geopolítica para os EUA no Hemisfério Ocidental dentro dos próximos 15 a 20 anos e as administrações dos EUA – tanto republicanos quanto democratas – estão preocupados com a tarefa de impedi-la de assumir o papel”.

domingo, 17 de outubro de 2010

Exclusivo: dona da gráfica é do PSDB!

Os panfletos do Cambuci são mais uma prova da conexão nefasta que, nesa eleição, aproximou os tucanos da direita religiosa – jogando no lixo a história de Covas, Montoro e tantos outros que lutaram para criar um partido “moderno”, que renovasse os costumes políticos do país. Serra lançou esse passado no esgoto – e promoveu uma campanha movida a furor religioso.
- por Rodrigo Vianna, jornalista
Já passava das 2 da manhã desse domingo. Na porta da gráfica Pana, no Cambuci, um grupo de 50 a 60 pessoas seguia de plantão – para evitar a distribuição dos panfletos ( supostamente encomendados pelo bispo católico de Guarulhos) recheados de mistificação religiosa e de ataques contra a candidata Dilma Rousseff. Mais um capítulo da guerra suja travada nessa que já é a mais imunda eleição presidencial, desde a redemocratização do Brasil.
Na internet, durante a madrugada, outro plantão rolava: tuiteiros, blogueiros e leitores de todo o Brasil buscavam informações sobre os donos da gráfica, e sobre as possíveis conexões deles com o mundo político.
Stanley Burburinho (ele mesmo!) e Carlos Teixeira fizeram o trabalho. Troquei com eles algumas dezenas de mensagens. E essa apuração colaborativa levou à descoberta: uma das sócias da gráfica Pana é filiada ao PSDB, desde 1991!
Trata-se de Arlety Satiko Kobayashi, vinculada ao diretório da Bela Vista - região central de São Paulo. Nenhum problema com a filiação de Arlety ao partido que bem entender. O problema é que a gráfica dela foi usada para imprimir panfletos aparentemente encomendados por um bispo, mas que “coincidentemente”, favorecem ao candidato do partido dela.
Aqui, o contrato social da empresa – onde Arlety Kobayashi aparece como uma das sócias: contrato_social_grafica_pana[1]
E aqui a lista de filados do PSDB, onde ela aparece no diretório zonal da Bela Vista.
Mais um detalhe: Arlety é também funcionária pública, tem cargo na Assembléia Legislativa de São Paulo. E tem um sobrenome com história entre os tucanos: Kobayashi. Paulo Kobayashi ajudou a fundar o partido, ao lado de Covas, foi vereador e deputado por São Paulo.
Arlety aparece como doadora da campanha de Victor Kobayashi ao cargo de vereador, em 2008. Victor concorreu pelo PSDB.
A conexão está clara. Os tucanos precisam explicar:
- por que o panfleto com calúnias contra Dilma foi impresso na gráfica de uma militante do PSDB?
- quem pagou: o bispo de Guarulhos, algum partido, ou a Igreja?
- onde seriam distribuídos os panfletos?
- onde estão os outros milhares de panfletos?
Os panfletos do Cambuci são mais uma prova da conexão nefasta que, nesa eleição, aproximou os tucanos da direita religiosa – jogando no lixo a história de Covas, Montoro e tantos outros que lutaram para criar um partido “moderno”, que renovasse os costumes políticos do país. Serra lançou esse passado no esgoto – e promoveu uma campanha movida a furor religioso.
Mas não é só isso!
Se Arlety Kobayashi (uma tucana) é a responsável pela impressão dos panfletos, na outra ponta quem é o sujeito que encomendou tudo?
O Blog “NaMaria” traz a investigação completa, que aponta Kelmon Luis da S. Souza como o autor da “encomenda”. Ele teria ligações com movimentos integralistas e monarquistas!
O Blog do Nassif , por sua vez, mostra que as conexões poderiam chegar até bem perto de Índio da Costa (DEM), o vice de Serra. Ele, em algum momento, também teve proximidade com monarquistas. Mas esse detalhe ainda não está bem esclarecido.
De toda forma, o círculo se fecha: tucanos, demos e a extrema-direita (católica, integralista ou monarquista). Todos unificados numa barafunda eleitoral que arrastou nomes de bispos para a delegacia, e nomes de políticos para o rol daqueles que apostam na guerra de religiões como arma eleitoral.
Há mais mistérios entre o céu e o Serra do que supõe nossa vã filosofia. Paulo Preto é um deles. A gráfica do Cambuci parece ser outro. Mistérios que não serão decifrados por teólogos, mas por delegados e agentes federais.
É caso de polícia. E não de religião.
http://www.rodrigovianna.com.br/geral/exclusivo-dona-da-grafica-e-do-psdb.html?utm_content=sociable-wordpress&utm_medium=awe.sm-twitter&utm_source=twitter.com

domingo, 10 de outubro de 2010

O BRASIL DE SERRA – PETROBRAX INC LTD – BANK OF BRAZIL

Laerte Braga

Imagino que não tenha sido revogada a parte do Código Penal que trata de falsidade ideológica. Caso em que o Ministério Público de São Paulo tão pressuroso quanto ao fato de Tiririca ser ou não analfabeto (preconceito puro) deveria, no zelo pela obediência à lei, pedir a cassação do registro da candidatura de José Arruda Serra.

O dito se declarou economista em seu pedido de registro. Onde?

Não valem aqueles diplomas que você compra na esquina, mas diploma mesmo, curso feito, essas coisas.

Só que parte do Ministério Público de São Paulo é tucano. Simples de entender. Que nem Gilmar Mendes no STF (SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL DANTAS INCORPORATION LTD).

Nas muitas tentativas de desqualificação da candidata Dilma Roussef, no jogo sujo dos tucanos, DEM e das viúvas da ditadura (torturadores, estupradores, etc), fala-se no apoio do governo brasileiro, Lula, a Cuba.

Vamos lá.

Os Estados Unidos estão de olho no petróleo cubano. Petróleo e gás, duas imensas jazidas descobertas na costa cubana. A PETROBRAS vai ser a principal base de exploração dessas jazidas. Empresas norte-americanas fora. Beneficiários? Cubanos e brasileiros.

A empresa NORBERTO ODEBRECHT está realizando obras de modernização do porto de Mariel, em Cuba, com esse objetivo.

Com Arruda Serra a empresa brasileira (o controle acionário foi retomado pelo governo Lula) vira PETROBRAX INC LTD e o petróleo e o gás vão beneficiar empresas norte-americanas.

Como disse Clinton a George Bush pai no último debate da campanha eleitoral de 1992, todo esse trololó de Arruda Serra e seus miquinhos amestrados é apenas estupidez. “É economia seu estúpido, é economia”. Foi a frase de Clinton.

Num mundo globalizado segundo a vontade dos EUA o Brasil abre espaços e transforma-se numa potência mundial. É protagonista.

No mundinho de José Arruda Serra o Brasil vira coadjuvante desse processo. E o dito se declara economista.

Você vai acordar com a bandeira dos EUA tremulando em mastros de bases militares por aqui, todas para “salvar” o Brasil do “terrorismo”. De quebra levam o País inteiro sem disparar um só tiro ao contrário do que fizeram no Iraque (petróleo).

Basta comprar o presidente como compraram FHC, só isso, nada além disso.

Quando Arruda Serra fala em não olhar para o passado, mas para o futuro e o futuro se constrói a partir do presente, tudo bem. Só que olhar para o passado significa conhecer a história e a partir dela não permitir que o futuro seja o passado. A proposta de Arruda Serra é essa. Só essa.

Altos índices de desemprego, desnacionalização pela entrega das riquezas do Brasil, País a reboque dos EUA, elites paulistas chicoteando o resto dos estados brasileiros, esse quadro.

É só parar por cinco minutos e num exercício de memória lembrar o governo FHC.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil no governo FHC ao chegar a New York para uma reunião da ONU foi interpelado pela polícia e teve que tirar os sapatos, entre outras coisas, mesmo se identificando, para ser revistado.

Os protestos? De nada adiantaram, era empregado do esquema, pago pelo esquema, falo de Celso Láfer.

Celso Amorim, atual ministro das Relações Exteriores do Brasil, é respeitado em qualquer canto do mundo.

Diferença de atitude, de caráter, de compromisso.

Arruda Serra joga com o medo, tenta infundir o medo na população. Quer vencer pelo medo.

Aterrorizante é a hipótese de um político venal como ele vir a ser presidente da República. Ao invés de festas juninas no Planalto vamos ter festas capitaneadas por Aécio Neves no clássico dizem que sou neto de Tancredo, dizem. Itamar vai atrás carregando os ingredientes.

O jornalista Amaury Ribeiro Júnior lança em novembro um livro sobre as ligações de Arruda Serra, sua filha e o banqueiro Daniel Dantas entre outras mamatas patrocinadas por esse esquema.

O prefácio, onde já se encontra parte do esquema tucano, corrupto, podre, é uma pequena mostra do que representam Arruda Serra e sua quadrilha. Ou, na ordem, a quadrilha e o quadrilheiro Arruda Serra.

Está em


http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2010/09/02/amaury-nao-violou-sigilo-nenhum-todos-os-documentos-sao-publicos/>

É só ir lá nesse endereço, simples exercício de consciência política, de tomar conhecimento de fatos reais, documentados (com documentos públicos) e conhecer Arruda Serra e toda a sua extensão bandida.

O Brasil de Arruda Serra é esse. PETROBRAX INCORPORATION LTD, BANK OF BRAZIL, pedágios, desemprego, submissão ao capital internacional, um governo de quatro e muito bem propinado como foi o de FHC e os Arruda Serra na Prefeitura e Estado de São Paulo.

Já os professores... Salário de fome e polícia em cima de reclamarem.

E ainda tem quem assista CASSETA E PLANETA, um programa de terror que chamam de humorismo.

Ou acredite no JORNAL NACIONAL, em FOLHA DE SÃO PAULO, VEJA, etc.

Na edição de quinta-feira do JORNAL NACIONAL, Marina da Silva aparece falando sobre sua posição no segundo turno. Só que num plano geral e sem suas declarações. Quem conferiu em outro jornal, de qualquer outra rede, Marina estava dizendo que “O Brasil está pronto para ter uma mulher na presidência”.

Vai ver Bonner cortou isso por contrariar “os nossos amigos americanos”.

São pulhas da pior espécie e estão tentando desesperadamente vender o Brasil.

Ludibriar os brasileiros, atemorizar a todos nós com mentiras.

É outro Brasil o deles. É BRAZIL.
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Laerte Braga é jornalista. Colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz

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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

'FOLHA' PRESSIONA STM: VALE TUDO PARA DIFAMAR DILMA


Celso Lungaretti (*)



Com o editorial Sigiloso tribunal militar, a Folha de S. Paulo intensifica as pressões para que o STM lhe permita devassar o processo a que a presidenciável Dilma Rousseff respondeu durante a ditadura militar. [ver também meu artigo "Folha" trava batalha jurídica para obter munição contra Dilma]
Segundo o jornal, "mesmo que tais documentos se prestassem a 'uso político', isso seria legítimo numa democracia". Editorialistas antigamente eram demitidos por afirmações menos aberrrantes...
Em nenhum momento a Folha toca no ponto que venho levantando desde 2008, quando do episódio algoz e vítima: o que esse processo contém é a versão unilateral de usurpadores do poder e terroristas de estado acerca dos que resistiam à sua tirania.
Como a tortura era generalizada e bestial, os militantes presos reservavam suas forças para evitar fornecer informações que levassem à localização de outros companheiros, da rede logística e de planos importantes.
Seria insensatez aguentar pau-de-arara, choques e espancamentos para negar que tal ou qual companheiro participara de determinada ação; a regra não escrita era confirmarmos o que os torturadores já sabiam e o que eles acreditavam ser verdade, pois, afinal, nenhum de nós estava preocupado com enquadramentos penais naquele momento.
Sabíamos que as farsas encenadas nas auditorias militares serviam apenas para dar aparência de legalidade à fixação das penas que os serviços de Inteligência das Forças Armadas previamente estipulavam. Então, de que nos adiantaria aclarar o quadro?
Os sites e correntes de e-mails da extrema-direita, evidentemente municiados por torturadores do passado como Brilhante Ustra, divulgam incessantemente esses sambas do crioulo doido.
Sou apontado como jurado de um tribunal revolucionário que nem sei se ocorreu, como autor de um comunicado fantasioso e outras sandices.
E, mesmo sem saber quais os participantes de cada ação (era informação restrita apenas a quem precisava mesmo saber), eu conhecia muito bem a sistemática operacional e posso afirmar categoricamente que, em quase todos os relatos que a extrema-direita difunde sobre sequestros de diplomatas, expropriações de bancos, etc., são apontados muito mais autores do que os nelas efetivamente envolvidos.
Então, o que o STM está até agora negando à Folha não são informações fidedignas, mas sim disparatadas ou desconexas.
Mas, como o eleitorado brasileiro ignora tais detalhes, tenderia a tomar como verdadeiras as acusações que os serviçais da ditadura fizeram a Dilma Rousseff, sejam lá quais forem.
É uma pena que os petistas nos altos escalões governamentais não tenham se preocupado com isto em tempos mais amenos.
Cheguei a interpelar o secretário especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vannuchi, exatamente sobre tal assunto, recebendo a resposta de que as prioridades imediatas eram outras e isto poderia esperar.
Ou seja, não havia pressa em impedir que os fascistas continuassem nos caluniando impunemente.
Enfim, o que se vê agora é o resultado de um grave erro daqueles que tinham o dever de zelar para que heróis e mártires deste país não fossem vilmente denegridos.
Quanto à repulsiva tendenciosidade da mídia golpista, nada mais é do que aquilo que dela já esperávamos. Não surpreende nem um pouco.
* Jornalista, escritor e ex-preso político. http://naufrago-da-utopia.blogspot.com
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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O segundo coturno vem aí



Conquistar cada palmo de terreno na luta

Laerte Braga

Meus caros:

Passados os momentos iniciais do primeiro turno das eleições acho necessário que façamos uma reflexão sobre a importância de evitarmos um retrocesso sem tamanho nas muitas conquistas dos últimos anos.

O governo Lula está longe de ser o que desejamos. Serra, no entanto, será um retrocesso sem tamanho e cada retrocesso vai custar mais sangue e suor aos brasileiros para recobrar condições efetivas de avanços.

Serra traz consigo o tempo de FHC, o tempo das privatizações (lá se vai nossa PETROBRAS, nosso BANCO DO BRASIL, etc).

Qualquer pessoa minimamente informada percebe a campanha da mídia privada em favor do candidato tucano.

Marina da Silva foi só um lamentável equívoco de setores da esquerda. Está à direita ao lado de Serra, mesmo que não tome posição, ou declare voto em Dilma.

Como ela própria disse a Serra em telefonema assim que chegou a São Paulo no domingo, depois de votar no Acre, seu estado e onde foi derrotada. "FIZ A MINHA PARTE, AGORA É COM VOCÊ".

Candidatos laranjas, caso de Marina são comuns.

Mas não é hora de discutirmos erros, não é hora de discutirmos partidos, os muitos equívocos de alianças feitas por Lula (Hélio Costa, ligado à ditadura militar e à tortura) é hora de evitar o retrocesso.

Um retrocesso cujo custo será e é impensável.

Por isso a necessidade de buscarmos cada palmo de terreno sabedores que a extrema-direita vem com toda a gana possível tentar vencer as eleições e transformar este pais de protagonista em coadjuvante no cenário mundial, com perdas irreparáveis para os brasileiros da atual geração, das gerações futuras.

Serra é o que há de mais sinistro na política nacional.

Corrupto, ligado a grupos estrangeiros, venal, dissimulado, associado a setores ligados à ditadura militar, sem opinião só com interesses dos grupos que representa.

A política diz respeito a todos nós e o preço a serpago por uma eventual derrota será imenso se comparado com quaisquer críticas e são muitas, que se possa fazer a Lula.

É hora de dizer não à extrema-direita, uma luta casa a casa, quarteirão a quarteirão, rua a rua, bairro a bairro, cidade a cidade, estados e todo o país, para que as lágrimas não venham à frente e com elas o arrependimento de atitudes muitas vezes corretas nas análises, mas impensadas no todo, diante da História.

É hora de pensarmos o Brasil e os brasileiros e impedir que os abutres fascistas tome conta.

O general Torres de Mello, notório torturador, responsável por crime de lesa humanidade, postou hoje a seguinte mensagem donde se vê onde anda José Arruda Serra.


“FOMOS AO 2º TURNO. DOC. 307 – 2010

WWW.FORTALNET.COM.BR/GRUPOGUARARAPES

Chegamos lá. O esforço de cada um permitiu que a luta continuasse, mesmo
com toda pressão do governo para que a senhora DILMA ganhasse a eleição no
1º turno.
Pulamos o primeiro obstáculo. Vamos vencer o 2º turno. Somos mais
sinceros, éticos, humanos, democratas e combatemos a MENTIRA, que é a
grande desgraça do Brasil atual.
UNIDOS PELA VITÓRIA!
VAMOS REPASSAR! A INTERNET É A NOSSA ARMA!
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WWW,fortalweb.com.br/grupoguararapes. 5 DE OUT DE 2010
A VITÓRIA DO SERRA SERÁ A SALVAÇÃO NACIONAL”

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PressAA

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sábado, 18 de setembro de 2010

Jornal de extrema direita mostra que José Serra está aliado ao bandido Quícoli que ameaçou assessor de Erenice Guerra

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Empresário fez ameaças por e-mail à Casa Civil para obter verba do BNDES

O bandido que que está causando sensação no meio jornalistos, apareceu ontem no jornal nacional, e vai aparecer no programa eleitoral do candidato tucano José Serra

Rubnei Quícoli ameaçou assessor de Erenice Guerra . O jornal de estrema direita, O Globo, aliado do PSDB, conta a história, depois de se orgulhar de ter entrevisto o bandido a fim de prejudicar a campanha da dilma. Leia a matéria, que também foi publicada aqui e veja documentos aqui

Com o contrato apresentado pela empresa Capital em mãos, o empresário Rubnei Quícoli passou a ameaçar Vinícius de Oliveira Castro, então assessor de Erenice Guerra na Casa Civil, e seus parceiros de lobby para tentar viabilizar o empréstimo no BNDES. Embora só tenha denunciado o suposto tráfico de influência na reta final das eleições, numa sucessão de e-mails enviados ao ex-assessor e outros interlocutores, entre janeiro e fevereiro, o empresário deixa claro que o escândalo era um barril de pólvora prestes a se incendiar.

O Globo teve acesso nesta quinta-feira a uma série dessas mensagens repassadas por Quícoli. Em 2 de janeiro, dois meses após ser recebido na Casa Civil, sem uma resposta positiva, Quícoli avisa a Vinícius e aos donos da empresa que tinha encontro marcado com jornalistas e "Serra" (ele não deixa claro se está se referindo ao tucano José Serra). Informa que adiou a reunião "para ver a postura que a Casa Civil irá tomar".


É o começo da intensa pressão exercida por e-mail. Além de Vinícius, ele se comunica com Luiz Carlos Ourofino, que também participaria das negociações. Em várias mensagens, o empresário explica que discorda da comissão de R$ 240 mil, supostamente exigida pela Capital para azeitar o financiamento. E fixa o dia 2 de fevereiro para que Vinícius e seus companheiros obtenham sucesso junto ao BNDES. Em alguns e-mails, o empresário cita até familiares do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, na trama supostamente montada com integrantes da Casa Civil para garantir que a EDRB fosse contemplada com empréstimo de R$ 9 bilhões para criar uma central de energia solar no Nordeste.

Numa das mensagens para Ourofino, em 28 de janeiro, ele afirma: "Derrubo o Coutinho e muita gente ao redor dessa Casa Civil e BNDES". E completa: "Cabeças irão rolar... isso eu GARANTIUUUU (sic)." A ameaça seria concretizada caso Vinícius e M.A. (iniciais de Marco Antonio, então diretor dos Correios) não dessem demonstrações claras de seu engajamento no projeto de energia. No mesmo texto, ele adverte: "Não tenho nada a perder... boca para falar, eu tenho, e muito (sic) saliva".

Nos e-mails, Quícoli se refere a Vinícius como "advogado da Dilma" e se diz vítima de 171 (estelionato). Promete que, em caso de recuo nas pretensões de construir a central elétrica, faria estardalhaço nos jornais.

A quatro dias de seu prazo fatal, Quícoli informa a Vinícius que não pode "ficar dando explicações e fazendo reuniões com os oportunistas de plantão, querendo saber de quanto e como irão levar se houver o aporte beneficiado pela empresa".

Os dias se passam, e os lobistas com acesso à Casa Civil, segundo o relato de Quícoli, não cooperam. Em 1º de fevereiro, às 7h08m, ele marca a hora em e-mail a Vinícius: "Mantenho minha palavra até as 18h de hoje, amanhã é outro dia". No mesmo dia, à noite, volta a pressionar, de forma ainda mais incisiva. "A partir de amanhã, não me falem mais sobre BNDES, usina solar e tão pouco (sic) o PT e o que nele contém". Chama os integrantes do grupo de "bandidos" e cita um dos filhos de Coutinho, sem mencionar o nome: "Não permito que um MOLEQUE me ofende (sic) por ser filho do presidente do BNDES. Deveria tomar cuidado na maneira de proceder".

Coutinho disse nesta quinta-feira que as denúncias são "graves e mentirosas". Sustentou que as acusações "não têm pé nem cabeça" e informou que entrará com processo e pedido de indenização contra Quícoli. O presidente do BNDES tem dois filhos: um é professor da USP, e o outro, publicitário. Segundo o BNDES, nenhum trabalha com consultoria ou tem relação com o banco.

A folha corrida da nova atração do Zé Baixaria

A edição de quinta-feira do Jornal Nacional da TV Globo, fez longa matéria com o "empresário" Rubnei Quícoli, apresentado com ares de impoluto, dizendo apenas que ele "respondeu a processos por receptação de produtos roubados e por coerção a uma testemunha".

O Jornal Nacional mentiu para o telespectador ao omitir e esconder que Rubnei Quícoli foi CONDENADO e CUMPRIU PENA de PRISÃO pelos motivos:

- receptou 10 toneladas de carga roubada de um caminhão roubado;
- tentou negociar anonimamente, e com nome falso, a venda para a própria vítima, o dono da carga roubada mediante pagamento de cerca de 1/3 do valor;
- quando o dono armou flagrante para a polícia, o motorista contratado para devolver (que apenas fez o frete) denunciou Rubnei Quícoli como quem o contratou;
- Rubnei, armado, ameaçou de morte o motorista e sua família para mudar o depoimento que o incriminava;

Todos os fatos acima foram comprovados e testemunhados nos autos, o que levou à condenação.

Está tudo descrito neste processo:

Nº do Processo: 114.01.2004.068543-3
Tribunal de Justiça de São Paulo
Fórum de Campinas
3ª. Vara Criminal
Sentença Condenatória em 27/07/2007:

Resultado da sentença:

Ante o exposto e por tudo mais que dos autos consta, JULGO PROCEDENTE a presente ação penal que a Justiça Pública move contra RUBNEI QUICOLI e o condeno, por infração ao artigo 180, caput, e ao artigo 344, combinados com o artigo 69, todos do Código Penal, ao cumprimento da pena de 02 (dois) anos de reclusão e ao pagamento do valor correspondente à 20 (vinte) dias-multa, no mínimo legal, fixado o regime inicial fechado. Com o trânsito em julgado, lance-se o nome do acusado no rol dos culpados. Campinas, 27 de julho de 2007. CARLA DOS SANTOS FULLIN GOMES Juíza de Direito

O processo pode ser consultado no site do TJ-SP, aqui, informando:
Fórum / Comarca: [ Campinas ]
Clique no botão "Réu"
Nome: [ RUBNEI QUICOLI ]

É esse Rubnei Quícoli a nova "atração" que gravou para o programa do Zé Baixaria na TV.

Principais trechos da sentença da Juíza:

RUBNEI QUICOLI, qualificado nos autos, foi denunciado e está sendo processado como incurso no artigo 180, caput, e artigo 344, combinados com o artigo 69, todos do Código Penal, porque, entre os dias 07 de maio de 2003 e 21 de maio de 2003, em um barracão localizado na rua Eugênio Valério, n. 39, Vila Bourbon, Souzas, nesta Comarca, o acusado, após receber, passou a ocultar em proveito próprio e alheio, uma carga contendo aproximadamente 10.000 kg de condimentos, entre eles 27 sacos de 30 kg cada de Aglomax presunto DG 60, 01 galão de vinte litros de flex plus rubro MVP/AM, 17 sacos de 30 kg de emulsificante Di-carne e demais produtos descritos no auto de exibição e apreensão acostado aos autos, pertencente à empresa Di Carne Indústria S/A, coisa que sabia ser produto de crime de roubo.

... Segundo consta da denúncia, conforme o apurado em 07 de maio de 2003, a vítima Adauto Luis Trematore Moraes, motorista do caminhão M. Benz, placas BXG 1734 RC/SP, que estava carregado com a carga de aproximadamente 10.000 kg de condimentos perntencente à empresa Di Carne Indústria S/A, teve tanto a referida carga quanto o mencionado caminhão roubados por indivíduos até o presente momento não identificados, conforme Boletim de Ocorrência de n. 992/03.

Narra a denúncia que, no período compreendido entre os dias 07 de maio de 2003 e 21 de maio de 2003, o réu recebeu de indivíduo até o presente momento não identificado, referida carga e, ciente da sua origem criminosa, passou a ocultá-la no barracão acima descrito.

Posteriormente, descreve a denúncia que o acusado, identificando-se como José, entrou em contato com a vítima Oswaldo Panaro Tesch, que orientado por policiais se identificou como sendo Décio, para quem passou a oferecer a carga roubada pelo valor de R$ 10.000,00, sendo que o valor real da carga na época dos fatos era de R$ 31.600,00.

Então, a vítima Oswaldo acordou com o réu a entrega da carga em um barracão da cidade de Rio Claro, ficando acertado que o acusado contrataria um motorista para levar a carga roubada até aquela cidade.

Destarte, no dia 21 de maio de 2003, o acusado contratou o motorista Ronaldo para levar a carga roubada até a cidade de Rio Claro, contudo, tendo em vista que os policiais daquela cidade já estavam avisados da chegada da carga, lograram deter Ronaldo em poder da carga roubada.

Ronaldo foi então levado até a Delegacia de Polícia, onde esclareceu os fatos aos policiais, informando que havia recebido um telefonema do acusado, contratando-o para entregar a carga de condimentos em um barracão na Avenida 15, n. 1552, em Rio Claro, para a pessoa de Décio, pagando a quantia de R$ 500,00 pelo frete, sendo que na oportunidade o réu lhe disse que não tinha nota da carga. Ronaldo ainda indicou aos policiais o barracão onde os produtos estavam guardados e foram carregados no caminhão.

Em virtude de Ronaldo ter colaborado com os policiais, sendo, portanto, testemunha nestes autos, o réu Rubnei dirigiu-se até o condomínio em que Ronaldo residia, em veículo BMW, armado e em companhia de outras pessoas, ameaçando de morte Ronaldo e seus familiares, deixando um recado com os porteiros de nome Fernando e Ednilson, dizendo-lhes: “Que Ronaldo já era e o mesmo vai morrer”. Em virtude de tais ameaças, Ronaldo teve inclusive de mudar de residência.

...Assim, o contexto probatório revela, de forma indubitável, o envolvimento do acusado no crime descrito na denúncia, pois o réu Rubnei contratou os serviços de Ronaldo para o transporte da carga roubada, a qual pretendia vender para a própria vítima em virtude das dificuldades encontradas para introduzi-la no mercado, já que se tratava de produto muito específico e de uso restrito, sendo, ademais, perecível.

... Tendo em vista a natureza dos delitos elencados na denúncia, tenho que a pena deverá ser inicialmente cumprida em REGIME FECHADO, pois o regime mais rigoroso é o único que se mostra adequado à repressão das condutas do acusado, as quais revelam periculosidade, sendo certo que o delito de receptação de carga roubada está atrelado a inúmeros outros crimes, sendo responsável por danos de grande monta às empresas e ao comércio em geral. Frise-se, ademais, que o réu coagiu testemunha no curso do processo, bem demonstrando a incompatibilidade de sua personalidade com regime prisional mais brando.

A íntegra da sentença pode ser consutado no link acima do TJ-SP ou diretamente aqui.
http://www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com/

MUITA PAZ!



PressAA



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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O dia em que a mídia foi à CIA pedir um golpe no Chile

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OPERAMUNDI

Faz 40 anos que, em 4 de setembro de 1970, Salvador Allende venceu as eleições presidenciais, embora tenha de ter ainda esperado pelo Pleno do Congresso. O triunfo de Allende constituiu-se num fato histórico e numa lição política que não devem ser esquecidos. A incansável luta para forjar uma identidade de esquerda orientada para o socialismo tinha, enfim, dado frutos. Nunca uma eleição presidencial no Chile alcançou um caráter tão dramático. Os cidadãos estavam conscientes de que estavam em jogo questões transcendentais no país, as quais determinariam seu futuro. O enfrentamento básico era entre a esquerda e a direita, representadas pelo senador Salvador Allende Gossens e pelo ex-presidente e empresário Jorge Alessandri Rodríguez. Havia um terceiro candidato, Radomiro Tomic Romero, da Democracia Cristã, com um programa que defendia o “socialismo comunitário”, que o aproximava das questões de esquerda.

A direita encurralada buscava fórmulas desesperadas para defender seus interesses. Não descartava nada. Em fins de 1969, um levante no regimento Tacna, encabeçado pelo general Roberto Viaux levou o governo de Frei Montalva à beira do precipício. Grupos de extrema-direita levantavam a cabeça. No plano político, a direita postulava a “Nova República”, que esboçava elementos neoliberais e um firme autoritarismo para interditar o caminho da esquerda. Por sua parte, a Unidade Popular, ampla aliança de socialistas e comunistas, integrava o partido Mapu, e laicos e progressistas que se definiam de esquerda. A candidatura de Salvador Allende emergia com possibilidades de vitória. A esquerda vinha ganhando terreno e um sólido movimento sindical, organizado em torno da Central Única de Trabalhadores, estendia-se ao campo por através de sindicatos agrícolas mobilizados e de grande capacidade de mobilização. O movimento estudantil, majoritariamente de esquerda, era potente e de alcance nacional. O movimento dos sem teto campeava nas principais cidades.

Existia, assim, uma ampla base social para o movimento político que defendia um programa centrado na nacionalização das riquezas básicas, no aprofundamento da reforma agrária e na constituição de uma área social da economia, conformada pela banca, pelos principais monopólios e empresas estratégicas. Ainda assim se propunha uma nova Constituição e uma institucionalidade de acordo com as transformações que se impulsionavam, uma ampliação da democracia e a vigência real dos direitos e liberdades individuais e coletivos. Era, em síntese, o que se conheceu como “a via pacífica do socialismo”, um projeto inédito na história da humanidade.

Internacionalmente, eram os tempos da Guerra Fria; a União Soviética e o socialismo apareciam competindo exitosamente com o imperialismo. Na América Latina – a partir de 1959 com a Revolução Cubana – havia avanços populares que o EUA olhava com preocupação. Não queria “uma nova Cuba” em seu quintal. Com esse pretexto tinha invadido a República Dominicana para derrocar o governo democrático de Juan Bosch em 1964, respaldado o golpe militar no Brasil, que derrubou o presidente João Goulart. No entanto, o avanço dos povos não cessava. Na Bolívia, depois da morte do comandante Ernesto Che Guevara numa operação dirigida por estadunidenses, produziam-se avanços democráticos com o governo do general Juan José Torres (1970-71), enquanto na Argentina o peronismo impulsionava o retorno de seu líder, e no Peru o general Juan Velasco Alvarado se empenhava nas reformas anti-imperialistas e integradoras da população indígena. No Uruguai a situação era inquietante para a oligarquia.

Para os EUA, o Chile era uma peça-chave no seu xadrez de dominação regional. Nas eleições de 1964 já tinham apoiado sem disfarces a candidatura de Eduardo Frei Montalva e sua “revolução em liberdade”. Enormes fluxos de dólares financiaram uma campanha impressionante de terror contra Salvador Allende e a esquerda. O presidente Kennedy - que promovia a Aliança para o Progresso – imaginava que a Democracia Cristã no Chile poderia se apresentar como alternativa à Revolução Cubana.

Promessas

A trajetória de Salvador Allende como parlamentar e líder popular era impecável. Tinha sido ministro da Saúde do governo da Frente Popular (1938-41) e como senador foi democrata irredutível, antiimperialista e partidário do entendimento socialista-comunista da unidade da classe trabalhadora e dos mais amplos setores da sociedade explorados pelo capitalismo. Defensor valente da Revolução Cubana, memoráveis foram suas lutas contra a Lei de Defesa Permanente da Democracia, paradigma de anticomunismo, e sua constante denúncia dos movimentos do imperialismo e da exploração do cobre chileno feita pelas empresas estadunidenses Anaconda e Kennecott. Allende era um líder respeitado e querido pelo povo, que sabia que não seria traído por ele. Em muitos aspectos era um educador e um organizador notável, de exemplar perseverança na luta pela unidade da esquerda.

Leia mais:
Chilenos lembram 37º aniversário do golpe de Estado contra Allende
Chile à direita: alerta no continente
Análise: Setembro se chama Allende

No país, a sociedade se convulsionava. Surgiam os “cristãos pelo socialismo”, os estudantes da Universidade Católica tomavam a reitoria para impor profundas reformas e denunciavam as mentiras do El Mercurio; produziu-se a tomada da Central de Santiago pelos sacerdotes, religiosas e laicos que pediam maior compromisso da igreja com o povo. O país esperava grandes mudanças no marco de um novo período histórico repleto de promessas de justiça e igualdade. A campanha eleitoral foi muito dura. A direita se lançou com tudo, reeditando – corrigida e aumentada – a campanha de terror de 1964. intensificou a pressão sobre as forças armadas, nas quais boa parte do oficialato tinha passado pelas escolas de formação anti-subversivas do Pentágono. O financiamento da CIA voltou à carga por meio da ITT, que controlava o monopólio telefônico. Contudo, as eleições foram tranquilas e, sobretudo, estreitas. Allende obteve algo mais que um milhão de votos, ganhando por 40 000 votos de Alessandrini, e obtendo 36,3% do total de sufrágios. Tomic obteve 27,84%, com mais de 800 mil votos. Como boa parte da votação era antidireita, estava claro que a esquerda contava com um apoio muito superior à direita.

Os resultados foram conhecidos na tarde de 4 de stembro e de imediato Tomic reconheceu a vitória de Allende. Nessa mesma noite, depois de momentos de tensão – quando tanques do exército passaram na Alameda – houve uma enorme manifestação frente à Federação dos Estudantes do Chile. Dezenas de milhares de pessoas chegaram das periferias para celebrar a vitória. Parecia que nunca o povo tinha se sentido tão alegre e esperançado. O discurso de Allende foi emotivo e profundo. Recordou as lutas populares, os esforços cotidianos do povo para subsistir e lutar, e assumiu seu triunfo como uma continuidade com a Frente Popular e, antes, com o governo do presidente José Manuel Balmaceda – levado à morte pela oligarquia – e com a luta incansável de Luis Emilio Recabarren, organizador da classe trabalhadora chilena. Os sessenta dias seguintes, até o momento em que o novo presidente devia assumir o comando, foram emocionantes.

Tempos de revolução

A direita entrou em pânico. Agustín Edwards, dono do El Mercurio, voou aos Estados Unidos para pedir ao governo do país que interviesse no Chile, a fim de impedir que Allende tomasse posse no La Moneda. Em Washington, encontrou ouvidos receptivos no presidente Richard Nixon e no seu governo. Iniciou-se assim uma onda de atos terroristas por parte de grupos de ultradireita, que recebiam alento, dinheiro e instrução terrorista a partir do exterior.

Em 3 de novembro de 1970, porém, derrotando as manobras e os atos criminosos, como o assassinato do general René Schneider, comandante em chefe do exército, Salvador Allende assumiu o país. Começou assim o governo mais progressista, liberador e popular da história do Chile. Em meio à oposição férrea e à conspiração da direita, junto com o governo dos Estados Unidos, Allende conseguiu feitos notáveis, como a nacionalização do cobre, o aprofundamento da reforma agrária, as políticas de saúde, educação e habitação, e avanços gigantescos no plano cultural. As forças criadoras do povo se desataram no influxo de um programa socialista e democrático. Os pobres da cidade e do campo alcançaram o protagonismo e a participação que, durante décadas tinham sido negados a eles. No plano internacional o Chile conseguiu um reconhecimento mundial que valorizou o projeto de avançar o socialismo em liberdade. Mas esse propósito nobre viu-se frustrado pela conspiração interna e externa, sem negar os erros da própria Unidade Popular, que culminaram com o golpe militar de 11 de setembro de 1973. O presidente Salvador Allende, fiel a seu juramento, preferiu morrer no La Moneda a trair a confiança do povo.

Hoje, como nos anos que precederam o triunfo de Allende, continua em vigor a luta pelo que a vitória de 1970 gestou. Referimo-nos à unidade de conjunto da esquerda, hoje atomizada. É esse o passo indispensável para construir sua própria identidade ideológica e programática e, a partir daí, avançar nos acordos políticos e sociais mais amplos. Na América Latina hoje ganham espaço tendências revolucionárias que, com suas diferentes particularidades estão fazendo o caminho que o Chile tentou. De alguma maneira, os processos da Venezuela, da Bolívia e do Equador reivindicam a via pacífica do socialismo, que proclama com decidida convicção o democrata e presidente mártir Salvador Allende. Reiniciam-se tempos de revolução que, nas condições contemporâneas, fazem voltar os olhos para o caminho que o presidente Allende abriu com sacrifício.


*Manuel Cabieses é o diretor da revista chilena Punto Final. Artigo originalmente traduzido e publicado pela Agência Carta Maior. Tradução: Katarina Peixoto.
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“Faz de conta que eu não vim”, diz Serra ao ameaçar deixar entrevista de TV

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Da Redação

Irritado, o candidato à Presidência, José Serra (PSDB), se levantou na intenção de deixar o programa Jogo de Poder, da CNT. O político ficou contrariado com as perguntas da jornalista Márcia Peltier, que apresenta o programa.

Márcia questionava Serra sobre a quebra de sigilos de tucanos e pesquisas. Segundo a jornalista, a manobra teria acontecido em 2009, antes do início das candidaturas. Nesse momento, Serra subiu o tom de voz, disse que estava perdendo tempo com a entrevista e que Márcia deveria fazer a pergunta à Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência.

Candidato disse que estava em “montagem”
“Agora nós vamos falar sobre programas”. Neste momento, Serra se levantou e ameaçou sair do estúdio. “Eu não vou dar essa entrevista, você me desculpa”.

A apresentadora insistiu, mas Serra continuou irritado.“Faz de conta que eu não vim”. Quando a apresentadora perguntou o porquê, o político respondeu que o programa “não é um troço sério” e pediu para desligar as câmeras. “Apague a TV pra gente conversar (...) “porque isso aqui está parecendo montado”. “Montado para quem? Aqui não tem isso”, respondeu a apresentadora.

Serra só voltou ao estúdio e terminou a gravação depois de conversar reservadamente com a jornalista e o apresentador Alon Feuerwerker. Quando questionado por outros jornalistas sobre a cena de irritação, Serra negou e disse que estava “com estômago ruim” porque não tinha tomado café da manhã.

De acordo com a assessoria da CNT, as perguntas que incomodaram o candidato serão mantidas e o programa deve ir ao ar nesta quarta-feira (15/9) às 22h50.

As informações são do Terra.

Ouça o áudio da conversa entre Márcia e Serra AQUI

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terça-feira, 14 de setembro de 2010

"FEDEU" DE VEZ, SERRA


(Recebido através da redecastorphoto)

"FEDEU" DE VEZ, SERRA: quem não deve não teme e, principalmente, não treme!!!
Viomundo
Saneamento básico: Serra acusa governo federal, mas tem telhado de vidro - por Conceição Lemes
Viomundo comprova: Sabesp joga esgoto nos córregos de SP e no Rio Tietê
Leia a excelente reportagem que precisa ser encaminhada, sob forma de representação, ao Ministério Público de SP
http://www.viomundo.com.br/denuncias/saneamento-basico-serra-acusa-governo-federal-mas-tem-telhado-de-vidro.html

Conversa Afiada - 13/09/2010
Amaury repete à PF que não violou sigilo. Dados da filha de Serra são públicos
O Conversa Afiada acaba de receber um documento sob a forma da “Nota de esclarecimento”, assinado pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr, da TV Record.
Trata-se de súmula do depoimento que prestou hoje à Polícia Federal em São Paulo, a propósito da “Operação Caribe” sobre lavagem de dinheiro.
Neste documento, Amaury reafirma que suas fontes são públicas.
Não violou nenhum sigilo na Receita.
E o mais importante: todos os documentos de seu livro estão, desde hoje, de posse da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, além das promotorias distritais de Miami e de Nova York.
Saiba mais
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2010/09/13/documento-amaury-repete-a-p-f-que-nao-violou-sigilo-dados-da-filha-de-serra-sao-publicos/

iG - Poder Online - 13/09/2010
Montenegro diz que Dilma “quase nocauteou” Serra no debate da Rede TV! “Até eu que não morria de amores por ela estou começando a gostar”
Do presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, ao Poder Online, sobre o debate de ontem, da Rede TV!/Folha de S.Paulo:
“Foi um debate muito tenso, mas acho que a Dilma Rousseff se saiu muito bem. Melhor do que os outros”, enfatizou.
Saiba mais
http://colunistas.ig.com.br/poderonline/2010/09/13/montenegro-diz-que-dilma-quase-nocauteou-serra-no-debate-da-rede-tv-ate-eu-que-nao-morria-de-amores-por-ela-estou-comecando-a-gostar/

Terra - 13/09/2010
GO: Marconi se diz preocupado com "tsunami vermelho" no País
Durante reunião com membros da Associação dos Jovens Empresários de Goiás nesta segunda-feira (13), o senador Marconi Perillo (PSDB), candidato ao governo de Goiás se mostrou preocupado com a "onda vermelha" que avança sobre o país."Há um tsunami vermelho chegando a todas as partes do Brasil", acredita. "Começo a ter a sensação de que o País vai passar por um processo de mexicanização, ou venezuelização", acrescentou. Para Marconi, a estratégia do governo federal - que chamou de poder central - é aniquilar as lideranças de oposição. "É varrer do mapa estas lideranças, derrotando os principais senadores e deputados que fazem oposição ao governo federal, e tomar conta deste país, como se fosse um partido único", acusou
http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2010/noticias/0,,OI4675813-EI15324,00-GO+Marconi+se+diz+preocupado+com+tsunami+vermelho+no+Pais.html

O Globo - 10/09/2010
MP pede devolução de R$ 3,3 bilhões que teriam sido desviados em Minas na gestão Aécio Neves (PSDB)
BRASÍLIA - O Ministério Público quer que o governo de Minas e a Copasa, companhia responsável pelo abastecimento de água e o esgotamento sanitário no estado, devolvam aos cofres públicos R$ 3,3 bilhões que não teriam sido investidos em saneamento entre 2003 e 2008. Em ação proposta à Justiça, os promotores alegam que a gestão do ex-governador Aécio Neves (PSDB) informou ter repassado os recursos à empresa, como parte dos gastos obrigatórios com saúde previstos na Emenda Constitucional 29, mas eles não foram comprovados. O estado nega irregularidades
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/09/10/mp-pede-devolucao-de-3-3-bilhoes-que-teriam-sido-desviados-em-minas-917600182.asp

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Ilustração: AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons

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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

HÁ 70 ANOS TROTSKY ERA ASSASSINADO NO MÉXICO

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Celso Lungaretti

A Liga Bochevique Internacionalista, em longo artigo, assinala o transcurso do 70º aniversário da morte de Leon Trotsky, no próximo sábado (21). Boa lembrança!

Foi um dos maiores revolucionários do século passado, tendo comandado a tomada de poder em outubro/1917, pois Lênin, a principal liderança do Partido Bolchevique, estava distante do palco dos acontecimentos.

Depois, para salvar a nascente república soviética, realizou um dos maiores prodígios militares da História, ao conseguir levantar praticamente do nada um exército capaz de vencer as forças reacionárias internas e as tropas intervencionistas estrangeiras.

Tirou proveito estratégico do fato de que os inimigos, embora tivessem enorme superioridade numérica e logística, atuavam praticamente cada qual por si, sem concertarem sua ação.

Quando esteve no poder, incorreu em excessos como a repressão aos marinheiros do Kronstadt. Mas, depois de perder a luta interna para Stalin, voltou ao papel de crítico maior do autoritarismo.

Já o havia sido na sua fase menchevique, quando denunciava a concentração de poder para a qual convergiriam as teorizações leninistas: de início, o partido substitui a classe trabalhadora;
depois, o comitê central substitui o partido; finalmente, um tirano substitui o comitê central.

Foi exatamente o roteiro que o mundo testemunhou, só que com Stalin no papel de tirano.

Analisando corretamente que uma nomenklatura estava se apossando tanto da revolução soviética quanto da condução do movimento comunista mundial, Trotsky lançou a IV Internacional, sem resultados significativos em meio à radicalização das décadas de 1930 e 1940.
Mesmo os que estavam cientes dos crimes e falácias stalinistas temiam enfraquecer a primeira nação dita socialista (Marx provavelmente a consideraria mero capitalismo de Estado...) em meio à luta contra o nazifascismo.

Caçado de país em país pelos assassinos de Stalin, Trotsky foi assassinado por Ramon Mercader no México.

Autor da teoria da revolução permanente, ele deixou como principal legado a defesa intransigente da revolução mundial como único caminho para se concretizarem os ideais de liberdade e justiça social (postura alternativo ao socialismo num só país de Stalin, que admitia a possibilidade de construção do socialismo no varejo e subjugava os movimentos revolucionários de outras nações aos interesses e conveniências da URSS).

Ele e Che Guevara foram os símbolos máximos do internacionalismo revolucionário no século 20.
Para quem quiser saber mais sobre este personagem, no mínimo, fascinante, recomendo três obras fundamentais: Minha Vida e História da Revolução Soviética, do próprio Trotsky; a a trilogia O Profeta Armado/O Profeta Desarmado/O Profeta Banido, de Isaac Deutscher.

Seu drama inspirou também uma obra-prima ficcional, o igualmente obrigatório A Segunda Morte de Ramon Mercader, de Jorge Semprún.

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Celso Lungaretti, jornalista, escritor e ex-preso político anistiado pelo MJ. Mantém o blog Náufragos da Utopia Colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz




Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Álvaro Dias concorda com Bob Jeff, que disse que o DEM é uma M... Dias acha que o restante não passa de engana-trouxa!

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Participei segunda-feira de um debate no Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito da USP.

Um dos debatedores foi o Senador Álvaro Dias, do PSDB do Paraná, que o jenio descartou para escolher o Índio candidato a vice.

(Por falar nisso, cadê o Índio, que meu cunhado, o Dany, prefere chamar de “Índiota” ?)

O tema do colóquio foi “A Ideologia Partidária”.

O nobre senador tucano dez uma exposição surpreendente.

Ao lado do deputado Arlindo Chinaglia, do PT, e do Edinho, presidente do PT de São Paulo, Dias não conseguiu pronunciar uma única vez a palavra “serra”, precedida do nome próprio “José”.

E o que é mais revelador.

O ilustre tucano considera que os partidos brasileiros são apenas “siglas”.

Que os partidos políticos instalaram o caos no país !

E que a luta partidária no Brasil hoje não passa de um “samba do crioulo doido”.

A política partidária hoje no Brasil é um “balcão de negócios”, asseverou o Senador.

Seria natural que o senador tucano fizesse essas acusações todas ao PT – como, aliás, fez.

Porém, em nenhum momento ele protegeu o PSDB ou o sequestrou do “balcão de negócios”.

Por fim, veio a lenga-lenga udenista da moralidade.

Os brados contra a corrupção.

Mas, isso faz parte.

O jenio não tem nada a declarar.

Nem os que o seguem, neste “samba do crioulo doido”, em que se tornou, aí sim, a oposição.

Samba sem grana.

Observaria o Aniz Abrahão Davi.


Paulo Henrique Amorim

Conversa Afiada

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Ilustração: AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons

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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

PRAVDA: PHA em Sexo, droga e rock and roll. E mais: FEBRATEX 2010

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Como é fácil acusar os outros...

Eu adoro os Estados Unidos e Israel. Adoro tudo que eles fazem pelo mundo. Coca-cola, chiclete, rock, Mac Donald, Nike e tantas outras utilidades que sem elas não poderíamos viver.

Principalmente tudo que eles proporcionam aos iraquianos, vietnamitas, afegãos, palestinos, cubanos, libaneses, negros, índios, mexicanos etc. etc. etc.

Sempre, antes de dormir e para dormir melhor, eu faço votos profundos que Deus seja justo e retorne tudo a eles. Em dobro.

O respeito que eles têm pela qualidade de vida e de morte de milhões e milhões de seres humanos, não tem preço, mas receber o dobro do mesmo tratamento já seria razoável. Não?

Agora, com o vazamento de mais de 90 mil documentos e relatórios secretos sobre a guerra no Afeganistão que foram colocados na Internet pelo site 'Wikileaks', numa das maiores fugas de informações militares, vamos ter uma idéia mais real da verdadeira face dessa história, sem qualquer tipo de censura.

Peço sinceramente que Deus não exagere. Apenas seja justo.

Saiu no New York Times um conjunto de documentos que pode acabar com a guerra do Afeganistão.Uma espécie de Pentagon Papers dos novos tempos.

Os documentos do New York Times mostram a ligação entre o serviço de inteligência do Paquistão – grande amigo dos Estados Unidos – com o Talibã, no Afeganistão – grande inimigo dos Estados Unidos.

Os Estados Unidos derramam um monte de dinheiro no Paquistão e o Paquistão detona os Estados Unidos no Afeganistão.

Assim como os Pentagon Papers ajudaram a minar a legitimidade da guerra do Vietnã, o Wikileaks pode desmoralizar a guerra do Afeganistão.

O Wikileaks é um site colaborativo, postado na internet que recebe e filtra documentos confidenciais.

E foi de lá que o New York Times extraiu os documentos. De um site cooperativo!

( http://www.conversaafiada.com.br/ ) http://www.zenosr.com/index.php

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Programa «Via Aérea» da tevê uruguaia na feira FEBRATEX 2010 de Blumenau




A valia do famoso jornalista da tevê uruguaia, Daniel Bianchi com três decênios mostrando sua cara na telinha fez que a FCEM, organizadora da maior feira de maquinaria têxtil da América – Febratex 2010 - convidasse essa camarinha em Blumenau de 10 á 13 de Agosto. O programa «Via Aérea» da Televisão Nacional do Uruguai vai refletir na prévia e após o evento tudo quanto estiver acontecendo e você pode acompanhar mergulhando no site do canal 5 de Montevidéu.

PRAVDA: Fora que no Uruguai não precisa apresentação nenhuma, os leitores lusófonos estão querendo conhecê-lo? Inícios da carreira? Nasceu em Fray Bentos? Hoje no Jornal Meio dia da Rádio CX 12 – Oriental?

BIANCHI: Nasci na cidade de Fray Bentos, no Departamento (Estado) de Río Negro, acima da beira do Rio Uruguai na divisa com Argentina. Desde moleque, estudante ainda,fiquei atraído pelos meios de imprensa. Essa forma intrínseca da adolescência me impulsionou nas primeiras experiências nas rádios-emissoras locais. Desde os meus inícios extremamente românticos até o presente na tevê e na rádio da capital aconteceram muitos fatos marcantes. Engatinhei no ambiente profissional na cidade de Mercedes (Depto. de Soriano, apenas 23 km da minha cidade natal), logo foi a vez de Montevidéu nas rádios CX 22 - Universal, CX 30 - Nacional, CX 26 - Sodre e CX 20 – Montecarlo. Também fui correspondente de vários meios de imprensa do continente Latino-Americano e da Europa.

Hoje, sou Diretor do Programa da tevé «Via Aérea», no Canal 5 que atinge o país todo – Televisão Nacional do Uruguai e o Depto. de Notícias de Rádio Oriental de Montevidéu, uma das emissoras com histórico mais importante no dial uruguaio. Também sou responsável de um programa – tipo magazine – apontando no ambiente empresarial, intitulado «Café com FM» na emissora FM del Sol da capital. Acho importante salientar que em cada um dos ambientes que acabei desenvolvendo minha tarefa tenho ganho amigos que na grande maioria dos casos continuamos mantendo esse relacionamento de amizade sendo parte de um processo de aprendizagem e progresso constante. Um convívio legal e conhecimento aplicado á prática da comunicação são instruções básicas – no mínimo no meu caso – para se aproximar nisso tão frágil que se chama felicidade.

P: Os inícios foram no Canal 4 – Monte Carlo TV de Montevidéu, como jornalista do telejornal desde o estúdio ganhando muita experiência até que conseguiu virar independente e trabalhar de mãos dadas com a coletividade espanhola no Uruguai, não é? Nome do programa?

(Leia matéria completa clicando no título)

PRAVDA.Ru


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Ilustração: AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons

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domingo, 1 de agosto de 2010

Espiritualidade, Economia e o mundo dos negócios

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O português Paulo Vieira de Castro, consultor de empresas e diretor do Centro de Estudos Aplicados em Marketing do Instituto Superior de Administração e Gestão (Porto) e o economista brasileiro, Marcus Eduardo de Oliveira, professor e especialista em Política Internacional, dialogam sobre espiritualidade, economia social e humana e o mundo dos negócios.

Paulo Vieira de Castro (*)

Marcus Eduardo de Oliveira (**)

O português Paulo Vieira de Castro, consultor de empresas e diretor do Centro de Estudos Aplicados em Marketing do Instituto Superior de Administração e Gestão (Porto) e o economista brasileiro, Marcus Eduardo de Oliveira, professor e especialista em Política Internacional, dialogam sobre espiritualidade, economia social e humana e o mundo dos negócios.

Na essência, ambos os especialistas conversam sobre a necessidade de integrar o ser humano numa visão mais abrangente, tanto no contexto da economia, quanto dos negócios, envolvendo desde a busca da felicidade à realização plena de cada um, comungando, nesse aspecto, a vida humana e a espiritualidade.

MEO – Eu creio que a mais desafiadora tarefa que cabe ao mundo da economia nos dias de hoje é romper, sistematicamente, com a visão que predomina na teoria econômica tradicional que insiste em ignorar o ser humano e centralizar ações apenas nos mercados e, por conseguinte, nas mercadorias. A economia (enquanto ciência) é muito mais que meros gráficos e índices, taxas e projeções matemáticas. Sendo as ciências econômicas uma ciência puramente social, nada mais justo que priorizar e colocar as pessoas em primeiro lugar. Para tanto, é necessário afirmar algo mais: faz-se imprescindível, nesse intento, despertar nos economistas modernos, que são vistos, em geral, como sendo de natureza estreita e egoísta, um sentimento de sensibilidade às dimensões éticas e sociais da economia.

PVC – Aqui na Europa existe a idéia que esta crise vai durar mais um ou dois anos.. A questão é: enquanto não mudarmos o sistema econômico esta crise vai durar! Como poderá a crise ser datada se ela é estrutural.

A lógica dos mercados terá deixar de se basear na expectativa, ela terá de ter como outrora lastro.. a economia baseada na especulação chegou ao seu término, afinal não é correto vender aquilo que não se tem.

Acredito numa economia que, enquanto disciplina intelectual, possa ser diferente da estudada nas universidades portuguesas, onde falta uma concepção de justiça económica baseada em algo mais elevado que o dinheiro , longe da especulação de um mercado que tantas vezes vai por si mesmo , colocando-se, por isso mesmo, longe de compromissos profissionais, morais, éticos, espirituais.

Teremos de abandonar a perspectiva que atribui um poder sobrenatural ao dinheiro . O dinheiro não é o “Deus do Mundo”. O dinheiro, assim como a felicidade, o sucesso.., não é uma estação de partida, ou mesmo de chegada.. Ele poderá ser uma ponte para algo maior..

O enfoque terá de ser na empresa humana! Certo é que a empresa humana chegou a um ponto em que terá de abandonar o ideal de crescimento para amadurecer, encontrando – finalmente - um sentido mais amplo para tudo o que faz ou diz. Esta idéia aplica-se ao que é realização humana, pelo que também a economia, a política, a religião, os negócios,.., terão de amadurecer.

Este é um esforço que não depende de estratégias de guerra, muito menos de um qualquer enigma, nem tão pouco dos mercados financeiros,.., apenas do recentrar em torno desta idéia de o mundo muda se eu mudar.

Lembro que a crise presente, em especial a econômica é, mais que qualquer outra, resultado do nosso desamor. Aliás, cuidar tornou-se a palavra mais esquecida do competitivo mundo das empresas e, talvez por isso, das nossas vidas.

Também nas empresas, cuidar é poder existir, ter novamente esperança, promovendo condições de reciprocidade, cooperação e aceitação plena. Esta transformação será um elemento de distinção na construção de uma nova forma de ver o mundo com base em novos questionamentos. Para isso teremos de deixar de nos ver a nós próprios desde o exterior, voltando à espiritualidade como centro de vida. Para que isso aconteça no ambiente empresarial talvez seja necessária uma nova transparência de propósitos, novos valores e expectativas, um novo enfoque relacional.., refiro-me à criação de verdadeiras comunidades de proximidade real.

Relembro que será necessário voltar à verdadeira dimensão da transformação interior, deixando partir o que tem de partir. Para simplesmente – ser humano, porque não começar por aí?!


MEO – Há certa pobreza de raciocínio dentro das ciências econômicas em torno da questão social. Mesmo a questão da ética e do discurso sobre a liberdade do homem. Muitas coisas relevantes, nesses aspectos, não são discutidas a fundo. É impossível aceitarmos, por exemplo, de forma pacifica, sem uma reflexão mais calorosa que, num país como o Brasil, com todas as potencialidades para ser uma das maiores economias do mundo, com mais de 600 milhões de hectares agricultáveis, com clima bom o ano inteiro e com muita gente disposta a trabalhar na terra, ainda tenhamos mais de 30 milhões de pessoas passando fome diuturnamente e uma produção agrícola de menos de 160 milhões de toneladas de grãos ao ano. Isso nada mais é que uma verdadeira patologia econômica. O que falta é justamente incutirmos nas políticas públicas, e na cabeça de quem as faz, esse “compromisso” com o social.

PVC – As revoluções não acontecem pela fome nem pela miséria, elas são sempre fruto de uma nova consciência. O medo e o sofrimento de uns, o ego de outros,.., são forças que – tantas vezes - contaminam a nossa realidade, impedindo-nos de expressar a consciência de nós próprios em tudo o que realizamos. E, esta é, sem margem para dúvidas, a maior de todas as crises! E como o mundo se cria a partir das nossas próprias razões, alguns entre nós iremos até onde os pensamentos os deixarem, outros até onde os pensamentos os levaram. . Acredito que o retorno a nós próprios, assumindo definitivamente a espiritualidade como o mais alto patamar ético, poderá ser a solução para quase tudo. Freqüentemente encontro pessoas que me dizem estar à espera de um sinal do lado espiritual,.., algo que lhes diga onde ou como mudar.. Perante esta inquietação, geralmente respondo: estás enganado! O mundo espiritual é que está à espera de um sinal teu, por isso te deixou livre, por isso te deu total liberdade para escolheres o teu próprio caminho.

Preocupa-me pensar que há quem gaste uma vida inteira nesta expectativa de ser tocado pela espiritualidade. Pela minha parte acredito que o mundo só muda se eu mudar, não tenho por que ou por quem esperar.. É, pois nessa escolha de caminho que reside a honra de ser humano e, conseqüentemente, a atitude de cuidar, não havendo nada que melhor defina uma pessoa que aquilo que ela faz quando tem total liberdade de escolha..

E porque aquilo que faço e o que me acontece são uma e a mesma coisa, a espiritualidade não poderá ser um mero momento de contemplação; a espiritualidade é ação! A transformação, a mudança, a verdadeira revolução começará por esta tomada de consciência.

MEO – No entanto, me parece clara a idéia de que a mudança reside em nós mesmos. Concordo contigo Paulo Vieira quando afirma, em um de seus textos, que “ninguém é vítima do mundo, mas sim da forma como o percebe”. E mais ainda: que é necessário, primeiro, procurar um caminho e deixar, a seguir, surgir a solução.

PVC – Feliz o nômade que, sem questionar a sua sorte, sem hesitar perante o seu destino, percebe o caminho em tudo o que faz, em todas as coisas, pois só assim se tornará caminho. Esta é a mais antiga de todas as leis.

Na realidade é neste confundir entre o futuro e o caminho que nos perdemos vulgarmente. É que todos queremos ir para o céu, mas nem todos queremos ir por onde se vai para o céu. Tantas vezes estamos unidos quanto ao destino, mas não quanto ao método que nos leva até ele..

O problema do Homem contemporâneo é que parte – quase sempre – de meio do caminho.. Há que despertar a certeza ética da conquista de resultados com sentido para todos, permitindo elevar o nível de auto-realização de cada um através d o desenvolvimento de afetos verdadeiros, propiciando deste modo o vôo espiritual, facilitador de uma comunidade de valores centrais à responsabilidade de ser humano.

Ao contrário da idéia avançada pela sociedade da informação e do conhecimento, onde se mostrava central conhecer, a proposta será a de auto-realizar integralmente o que se diz saber. Não é suficiente conhecer a responsabilidade como caminho para um mundo mais justo, é necessário cumpri-la, experimentando-a diretamente.

Lembro que conhecer o caminho não é a mesma coisa que trilhá-lo até ao seu termo. Garanto-lhe que no final da caminhada estará alguém, muito importante, à sua espera: você! Sinto que, a todos os níveis, existe uma emergente necessidade de assumir novos vínculos relacionais, assim será o seu mais elevado desígnio, expressão maior da intencionalidade e propósito da existência humana.

Certo é que a perda de um centro de valores robusto colocou, muitos entre nós, á espera de “algo”, perdendo-se neste emaranhado de coisa nenhuma.. Esta é uma postura que condiciona, irremediavelmente, a nossa atitude em todos os projetos, afetando vida profissional, afetiva, familiar..


MEO – Escrevi recentemente que a Economia e a Teologia precisam se “conhecer” melhor uma a outra, afinal, há um discurso de ambas as formas de pensar na mesma linha: qual seja, a valorização da vida humana (pelo lado da economia social e humana, e não da economia tradicional) e, pelo lado da teologia, quando resgata seu preceito mais importante: promover a libertação do homem. Nesse pormenor, urge entendermos que a qualidade de vida, que a ciência econômica tradicional estuda com certo desdém, é medida no eixo da liberdade.

PVC – Existe uma prece védica, samatwa, que nos fala do que fazer para trazer de volta a liberdade de ser humano. Para que tal seja possível a muito ajudará a leitura deste pequeno trecho:

Senhor, dá-me serenidade para aceitar o que não pode ser mudado, dá-me coragem para mudar aquilo que pode ser mudado. E principalmente, dá-me sabedoria para discernir aquilo que pode ser mudado daquilo que não pode ser mudado.

Concordo que necessitamos de devolver ao Homem o seu verdadeiro lugar, e esse não se compadesse com o fazer o papel de Deus. Nem tão pouco nenhum de nós será a mensagem; apenas o mensageiro.

Claro que se faz habitualmente alguma confusão entre religião e espiritualidade. De uma forma muito simplista diria que religiões há muitas, enquanto espiritualidade há só uma, aquela que reside em todos nós, sendo muitas às vezes em que ambas andam de mãos dadas.

A teologia e a economia só se poderão encontrar através dos Homens. Na prática, antes de poder alinhar as minhas crenças pessoais com os valores de uma equipa, deverei refletir em torno dos vários níveis de consciência que estão a ser jogados, só depois disto poderei assumir um compromisso para algo maior. Por exemplo, nenhum de nós poderá almejar desenvolver a sua espiritualidade sem antes ter ultrapassado a responsabilidade de ser íntegro, ético, responsável perante os outros. A religião, a espiritualidade são compromissos consigo mesmo, em nada dependente da vontade dos outros..


MEO – O “Dharma Marketing”, cujo princípio essencial é o de criar a auto-liderança tem alguma relação com a economia quando se pensa especificamente nos atores econômicos que interagem na atividade produtiva?

PVC – Certo é que a competência organizacional, não depende exclusivamente de um conjunto de formalidades, de motivações externas ou materiais, existindo um grupo alargado de padrões não convencionais/inconscientes que constantemente interferem nas decisões empresariais, tornando-se, também por isso, necessário agir a um nível mais íntimo, muito especialmente quando pretendemos fundar-nos em valores tão profundos quanto os espirituais.

Assim, também nas empresas encontramos o potencial do princípio animador ou vital do ser humano (a espiritualidade), afirmando-se, deste modo, a existência de uma identidade supra-humana, através de uma imperceptível teia organizacional, pelo que o mundo das empresas deverá ser visto como um todo, em constante relacionamento, e conseqüentemente, em transformação.

Costumo explicar esta idéia dando como exemplo o momento em que nos deparamos com alguém. Deste encontro nasce uma terceira entidade que é a alma da relação; porque seria diferente nas relações empresariais? Por estranho que pareça, esta é a única dimensão que perdura para além do tempo e do espaço, sendo a este nível - mais subtil - que se funda o inconsciente organizacional. E, se a espiritualidade tem a ver com ação logo é produção, então porque não administrar este capital relacional? A liderança para o terceiro milênio vai nessa direção.

Para que tal seja possível será necessário assumir um novo regime de serviço e de transparência, só concebível pela abertura dos canais intuitivo-anímicos da relação: o inconsciente organizacional.

Ao imaginarmos o Dharma Marketing propomos um conceito que se inscreve dentro da linha de entendimento do marketing relacional, não esquecendo que as organizações deverão estar focadas em valores, em estratégias,.., dependentes de hábeis negociadores, criativos, empreendedores, que saibam trabalhar sob pressão. Mas, ser-lhes-á isso possível na ausência da consciência e si mesmo?! Partindo desta questão surge um novo conceito de marketing que se propõe chegar a mais inconsciente dimensão do psiquismo humano, antecipando o caminho para um marketing de proximidade real.

Se a consciência da oferta e da procura se altera, porque não mudaria o marketing?! Este tem vindo a evoluir na sua orientação, indo para além do produto, da venda, do mercado, do cliente,.., assim, depois do marketing massificado, do marketing de segmentação, do marketing one to one,.., surge igualmente o marketing orientado para a perspectiva holística da relação: o inconsciente organizacional.

Habitualmente explico a mudança de focus estratégico proporcionado pelo Dharma Marketing utilizando a parábola da terceira margem do rio. Do rio que tudo arrasta, dizemos que é violento, esquecendo-nos o quão arrebatadoras são as margens que o comprimem. A violência do rio enquanto questão estratégica não está nele próprio, mas sim nas suas margens, ou seja, no constrangimento imperceptível que tudo condiciona. Ao transportamos este modelo para as relações humanas em contexto empresarial surgem novos desafios e, com estes, um renovado marketing: a quarta vaga do marketing relacional.

MEO – Talvez seja necessário, ademais, reforçarmos a idéia de que a vida humana e a espiritualidade jamais poderão ser separadas. Há que enfatizar-se, no entanto, que a espiritualidade – e não as diversas formas de religiões – têm muito a ajudar na construção de uma nova sociedade, à medida que faz também surgir um “novo homem”, despido de velhos vícios. Afinal, a espiritualidade está dentro de cada um de nós. O Reino de Deus não está no mercado e nem nas prateleiras de algum shopping center, mas sim dentro de nós.

PVC – Tem uma história - que conheço como sendo brasileira - onde um homem por ser tão apaixonado pelas estrelas inventou a luneta para vê-las melhor. Certo dia formou-se uma escola para estudar a s ua luneta. Desmontaram a luneta, a nalisaram-na por dentro e por fora, o bservaram os seus encaixes mediram as suas lentes e estudaram a suas características ópticas. Sobre a luneta de ver as estrelas escreveram -se muitas teses de doutoramento , assim como muitos congressos aconteceram para investigar a luneta. Toda a gente estava encantada,.., tão fascinados ficaram pela luneta que nunca mais olharam para as estrelas. Do mesmo modo, os humanos especializaram-se no acessório esquecendo o essencial, o estruturante à vida.. Infelizmente, há muito que deixamos de nos encantar com as estrelas..

Pretendendo explicar esta afirmação coloco uma simples questão: porque é que a vaca está feliz no pasto? A resposta é simples; porque lhe pedem - simplesmente - para ser vaca..O ser humano distraiu-se do devir de viver a sua verdadeira natureza, a sua realidade primeira. E aqui o problema não está na economia.. Acontece que no mundo dos conceitos, muitos são os que andam enredados numa vida que não é a deles.. O despertar espiritual ajuda ao entendimento que todos os caminhos vêm do centro e voltam para o centro.

Nós somos os únicos seres da natureza capazes de nos imaginarmos fora dela, vivendo num mundo fora do mundo onde tudo são conceitos. Para isso em muito tem contribuído o marketing, e em especial a publicidade ao passar de um registo lingüístico de denotação, para outro de conotação. Esta mesma lógica foi-se estendendo à felicidade, ao sofrimento, ao sucesso ou à falta dele..

Por exemplo, se perguntarmos a um operário fabril, há 30 anos funcionário da mais famosa marca de roupa intima feminina: o que é que você faz? Ele vai responder soutiens, slips,.. Se colocarmos essa mesma pergunta ao responsável pelo marketing, a resposta será: SONHOS! Ou, dependendo do posicionamento estratégico da empresa: EROTISMO!

Então, parece que o grande pecado das empresas terá sido querer dar às pessoas o que elas tanto desejavam, colocando-se novamente a responsabilidade do lado dos consumidores. Por exemplo, muitas vezes ouvimos comentários pouco elogiosos á programação televisiva e eu pergunto, porque é que à noite só passam telenovelas? A resposta é simples: porque as pessoas só querem ver telenovelas.. Eu sei que isto é cruel, mas é real!

Para, além disso, o Homem tornou-se um ser de convicções, animado pelo desejo de convencer. Aliás, persuadir é uma experiência específica do gênero humano. Os restantes seres da natureza informam e exprimem, nunca assumindo a postura do convencer, pelo que só o ser humano pode fantasiar a respeito de si mesmo e dos outros. É aqui que um novo Homem terá de aprender mais com a Natureza, e menos com a Civilização.

Para o desnorte dos consumidores muito terá contribuído o ideal neoliberal, associado à concepção de “um mundo que vai por si mesmo”. O mercado torna-se, deste modo, uma entidade não controlável, afetando irremediavelmente o comportamento do homem moderno, transformando-se a exaltação do consumo de tal modo presente no indivíduo que a Organização Mundial da Saúde se viu forçada a atribuir à Oniomania (febre das compras) a referência IM-10 da classificação internacional das doenças, sendo-lhe, ainda, atribuída a menção DSM-IV na Statistical Manual of Mental Disorder. A minha apreensão a este respeito tem sido, essencialmente, ao nível da responsabilidade e da ética nas empresas. Aqui nenhuma organização poderá ser maior que o horizonte espiritual dos seus lideres. O mesmo se aplicará aos países, mas também às famílias, logo a todos nós.

MEO – Certo é que não dá mais para negar a natureza social da economia. Assim como não se pode ocultar – ainda que os tradicionais queiram - que há mecanismos econômicos que “geram” e perpetuam a pobreza.

PVC – A noção de interdependência econômica tem de ser ajustada a outros vínculos. Certo é que o ser humano sai altamente prejudicado pela forma redutora como tem entendido o mundo como algo que pode ser só de alguns, em especial no contexto da economia e dos negócios. Mas de que mundo falo eu?

Marcus, imagine a sua vida representada por uma velha cabana construída em madeira. As dificuldades que vão surgindo ao longo da sua existência deixam vestígios, estes são aqui representados por fendas que a marcam, mais ou menos, violentamente.

Agora que está lá dentro olhe o enegrecido telhado. Se eu lhe der a escolher um dos buracos e lhe pedir para o descrever, como é que o referiria? Preto? Castanho? Azul..? Ou limitar-se-ia a ver o contorno, isto é a parte do telhado à volta do buraco?

Sem que nos apercebamos disso, esta é uma escolha que temos de fazer todos os dias, cometendo, invariavelmente, o mesmo erro. Não é possível separar o buraco do telhado e vice-versa. Afinal, a sua vida e a dos outros são uma mesma tela; inseparáveis.

Pela mesma ordem de razões vida humana e a espiritualidade jamais poderão ser separadas, assim como o conhecimento não poderá ser separado de quem conhece, acontecendo o mesmo na relação professor aluno, ou entre o dançarino e a dança.. É isto que se passa com a nossa vida, não sendo, por isso mesmo, possível separar nenhum momento de uma existência, onde problemas e soluções são duas faces de uma mesma moeda. Este entendimento traz-nos outro horizonte sempre que tomamos decisões, pelo que para além de partirmos das questões certas, teremos de seguir o caminho menos trilhado: a via interior dos negócios. A economia terá de estar – definitivamente - ao serviço de uma visão integral do ser humano.

MEO - Pergunto-lhe se, no mundo dos negócios, é possível estabelecer laços de sociabilidade repletos de comunhão e solidariedade? E que tipo de sucesso se deve perseguir nas empresas? Afinal, os economistas, em geral, confundem sucesso e prosperidade com aquisição e acúmulo de bens materiais.

PVC – A palavra central na resposta à sua pergunta é: felicidade! Tenho para mim que a felicidade não repousa em grandes posses, mas sim em grandes anseios. Esta é, afinal, a única grande riqueza da vida humana; ser lembrado pela nossa generosidade, pela nossa gentileza,..Como acontece com o bem, a felicidade é pré-existente à natureza do mundo, pelo que é algo que está desde sempre em nós, isto ao contrário da infelicidade. Esta última é uma criação exclusiva dos Homens. Isto acontece porque existe uma resistência inconsciente que nos obriga a procurar sempre fora de nós, levando-nos a seguir pensamentos dos outros, o sucesso dos outros ,. . , a felicidade dos outros..

Aquilo que não custa dinheiro será o que mais nos poderá inspirar. Veja; para si qual é o valor real de um sorriso, ou de um abraço sincero? Refiro-me, ainda, a outros recursos infinitos de sentido, patrimônio de todos os homens e mulheres, valores como a bondade, a compaixão, o desapego, etc..

Certo é que todos viemos ao mundo de mãos vazias, regressando de mãos vazias; sem exceção..

Tendo como intenção gerar felicidade aos outros e a si mesmo, dar é a mais profunda das formas de purificação. Só o que você der será eternamente seu; o que não der tiram-lhe; acredite!

Mas, porque será que quando falamos em dar tendemos a pensar em dinheiro? Essa é uma resposta que facilmente encontramos em cada um de nós..

No futuro teremos de valorizar essencialmente o dar responsável, relegando para um segundo plano a solidariedade meramente material.

Aceitar a importância de tais dimensões da existência humana, obriga a que cada um de nós seja um cientista interior, cuja maior valência será a de experimentar a (sua) própria realidade interdependente.

Tratando-se de uma terra sem caminho, viver nesta convicção será assumir a maior responsabilidade das nossas vidas: ter como missão o confiar que é possível um mundo melhor para todos. Para que isso aconteça já hoje faça o que é necessário, amanhã o que é possível, e de repente estará a realizar o impossível.. Lembre-se que os milagres não acontecem em contradição com a natureza, mas sim com o que dela conhecemos. Certo é que nas organizações, como em tudo na vida, existem unicamente duas escolhas para todos os problemas. A primeira é aceitar as condições que existem, a outra é aceitar a responsabilidade de as mudar.

(*) Consultor de empresas português, professor e diretor do Centro de Estudos Aplicados em Marketing (Porto).

Contato: geral@paulovieiradecastro.com

(**) Economista brasileiro, professor de Teoria Econômica e especialista em Política Internacional.

Contato: prof.marcuseduardo@bol.com.br




PRAVDA
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Ilustração: AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons

Copiado de Breve História Ilustrada da Humanidade, revista digital NovaE

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PressAA

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