sábado, 31 de julho de 2010

Eleições 2010: Alagoas é o único estado do Nordeste em que Dilma perde pra Serra (entenda por quê)

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Collor, o valentão

Luiz Cláudio Cunha

Elle voltou. Bravo, elegante, refinado, o notório Fernando Collor recrudesceu na quinta-feira (29), invadindo corajosamente - pelo telefone - a sucursal em Brasília da revista IstoÉ. Seu alvo era o repórter Hugo Marques, que ousou relembrar a dificuldade do senador do PTB em conseguir um "nada consta" na Justiça para confirmar sua candidatura ao governo de Alagoas. Irritado como sempre, desbocado como nunca, Collor avisou:

- Se eu lhe encontrar, vai ser para enfiar a mão na sua cara, seu filho de uma puta!...

O mimo foi gravado pelo repórter e o doce recado collorido ganhou a internet para relembrar aos brasileiros que elle voltou, com toda sua graça, charme e veneno.

Collor perdeu a compostura, outra vez, pela tensão da campanha alagoana, onde a Justiça Eleitoral acaba de proibir o jingle onde faz uma geléia geral misturando velhos adversários para surfar na onda de popularidade do presidente da República: "'É Lula apoiando Collor/ e Collor apoiando Dilma / pelos mais carentes / e os três para o bem da gente", diz a letra da música vetada pelos juízes.

O valentão Collor cerrou o punho contra o jornalista porque, numa edição anterior, Marques ouviu a ex-mulher do senador, Rosane Malta, dizer entre outras coisas que o ex-marido sonegava impostos. Collor, qualificado por Rosane na entrevista como "prepotente e arrogante", fica especialmente injuriado diante de jornalistas altivos e independentes.

Um ano atrás, ele cometeu um dos mais inacreditáveis discursos da história do Senado. Incomodado com um artigo do colunista da revista Veja Roberto Pompeu de Toledo, um dos mais respeitados profissionais da imprensa brasileira, Collor tomou o microfone para confessar ao país, em termos indecorosos, o que vinha fazendo: "Eu tenho obrado em sua cabeça nesses últimos dias, venho obrando, obrando, obrando em sua cabeça".

Ninguém, na Mesa Diretora ou no complacente plenário do Senado, exigiu a imediata assepsia do texto - e a escatológica frase expelida pela cabeça desarranjada de Collor ficou depositada, para sempre, nos anais daquela Casa do Congresso.

No desbocado telefonema para o repórter da IstoÉ, Collor diz que ele é um "mau jornalista", prova de que, além de mal educado, o senador é mal informado. Hugo Marques é um excelente repórter, com passagens por algumas das principais redações do país.

A coragem que Collor bravateou pelo telefone lhe faltou, em 1992, quando o Senado aprovou o impeachment pelas malfeitorias pilotadas em seu meteórico governo pelo ex-tesoureiro PC Farias. Momentos antes do julgamento, Collor tentou renunciar à presidência para escapar à sentença pela porta dos fundos. O Senado obrou em sua cabeça, manteve a sessão e concluiu o juízo político que o manteve oito assépticos anos longe da política.

Se os eleitores de Alagoas agora o deixarem só, como temia no auge da crise do impeachment, Collor voltará ao Senado para concluir seu mandato. Ali certamente terá a oportunidade de cruzar casualmente com o repórter Hugo Marques, que tem no Congresso também o seu espaço de trabalho.

Collor poderá enfim consumar sua fanfarronice e meter a mão na cara do repórter. Mas terá que fazer o mesmo com todos os outros jornalistas, colegas de profissão de Marques, que compartilham com ele sua dignidade, sua independência, sua altivez.

Na democracia brasileira, não deve existir espaço para valentão que acredita na força bruta e que desacredita da boa educação para afirmar suas idéias, até as malcheirosas. O bravo povo das Alagoas tem agora a chance de enfiar o seu voto na cara de Fernando Collor.

Educadamente. Democraticamente.

Luiz Cláudio Cunha é jornalista e não vota em Collor

Alagoas na Net

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Nota Assaz Atroz: Devido ao falso apoio de Collor e do governador Teotônio Villela Filho, do PSDB, Dilma é detonada pela população alagoana.

Ilustração: Ilustração - AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons

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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Pedofilia, troglodita e sobreviventes

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Pedofilia e assassinato em massa

Georges Bourdoukan
Jornalista e escritor


Os Estados Unidos estão indignados. Em menos de duas semanas vieram a público documentos secretos, alias altamente secretos, acusando os militares do país de pedofilia e de assassinatos em massa de civis.

Que o digam as populações do Iraque, Paquistão, Afeganistão e por que não, Palestina.

O governo quer saber quem foi ou foram os responsáveis.

E a mídia repercute.

Bobagem.

Claro que o governo mostra indignação.

E claro que todos sabemos que os documentos secretos foram divulgados pelo próprio governo.

Essa é uma das formas que Obama encontrou para deixar de ser refém das empresas privadas que hoje controlam todo o serviço de informação do país.

Se vai dar certo, ou não, o tempo dirá.


Obama sabe que ele pode ser a próxima vítima.

Não porque seja muito diferente dos Bush( há sim uma pequena diferença), mas porque, ao contrario de seus antecessores, ele se recusa a dar carta branca aos criminosos que dizem defender os Estados Unidos.

Pedofilia e assassinato em massa.

É a democracia Ocidental e Cristã em sua plenitude.

Frase mágica que os Estados Unidos sempre utilizaram para ocupar e saquear países.

Inclusive nas maltratadas Américas.

Nós, mais velhos, nem precisamos recorrer à História.

Todos conhecemos o sabor da Democracia Ocidental e Cristã.

Era a época do prendo e arrebento.

Ditaduras eram semeadas em nome da Democracia Ocidental e Cristã.

E com apoio da mídia.

Lembram?

Quando o cheiro de cavalo era preferível ao do povo.

Esse povo estúpido que não sabe votar, que prefere iletrados a doutores.

Ah, esses doutores que já esgotaram seu estoque de sais e de rapés.

Que não podem ver um macacão que se arrepiam todos.

Mas a História é implacável e caminha sempre para a frente.

O Império treme.

Já dizia alguém que ele não passava de um tigre de papel.

E essa previsão está se confirmando.

E acreditem, seus dentes atômicos serão a sua ruína.

Já era mais do que hora.

Os oprimidos e explorados agradecem.


Blog do Bourdoukan

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Leia também....


Clique no título e leia... "Ele vestiu figurino de direita troglodita" [Adivinha quem!]


Clique no título e leia... Brasília Confidencial: Sobreviventes denunciam grupo de extermínio em São Paulo

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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Em situação de risco

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Por Sulamita Esteliam*

Na avenida beira-canal, em Boa Viagem, bem na esquina com a Ribeiro de Brito, na Zona Sul do Recife, há um acampamento que espelha uma realidade incômoda. Ali, vigiadas por uma ainda jovem e bem-fornida senhora, meia dúzia de crianças, da mais tenra idade à adolescência, se empenha em conseguir alguns trocados. Os alvos preferenciais são os motoristas que aguardam o sinal verde para seguir em frente ou dobrar à direita rumo ao trabalho, à residência, ao shopping, aeroporto ou outro destino qualquer. Algumas tentam lavar o para-brisas dos automóveis, outras mendigam, simplesmente. Até mesmo uma balinha, um bombom angariado, é entregue à capataz. Impassível e solenemente instalada em uma cadeira surrada, que chora o esforço de sustentar o traseiro colossal que a comprime sobre a calçada.

Faça chuva ou faça sol, logo nas primeiras horas da manhã, lá está a trupe maltrapilha, esfregando em nossos olhos classe-média o triste espetáculo da miséria execrável. O expediente se encerra quando a noite se anuncia.

Não se sabe se a tal mulher botou filhos no mundo para explorá-los, ou se se vale da miséria alheia para cobrir as próprias necessidades materiais, sem queimar suas abundantes calorias. Muito provavelmente, se questionada, a senhora alegará o “império da necessidade” para explicar sua atitude deplorável. Se confrontada com a ilegalidade, acenará com o desconhecimento.

Situações semelhantes proliferam, aos milhares, pelas esquinas de nossas capitais e áreas metropolitanas, sobretudo. Desafiam nossa compreensão, cotidianamente, num tempo que parece não ter princípio, nem fim. São os subprodutos de um sistema perverso, que gera riquezas e multiplica desigualdades. Desconhecem as políticas públicas que, por mais que se renovem e avancem, se revelam insuficientes.

Aquelas crianças do bairro-símbolo da Zona Sul do Recife nasceram sob o vigor do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, fruto da Constituição Cidadã, de 1988. A lei que o gestou acaba de completar 20 anos, dia 13 de julho. É um marco na defesa dos direitos humanos em nosso país. Do ponto de vista legal, alterou os paradigmas no tratamento de crianças e adolescentes, antes vistos como incapazes, hoje como sujeitos de direito. Sob o aspecto social, há sim o que comemorar: a redução da mortalidade infantil em 58% e a retirada de cinco milhões de crianças de postos de trabalho, por exemplo. Temos, seguramente, a legislação mais avançada do planeta em termos de proteção social da infância e da adolescência. Só precisa ser devidamente aplicada.

Não se pode fechar os olhos aos desafios, e eles são da estatura da lei. Sobretudo na educação, na saúde e na segurança.

Os meninos e meninas da beira-canal de Boa Viagem deveriam estar na escola, que é lugar de criança. Deveriam estar brincando, que é obrigação dos infantes. Deveriam ser e estar acolhidas pela família, se é que famílias há. Ao invés disso, mendigam, ou trabalham, expostas aos perigos do tráfego, a toda sorte de humilhações, doenças, violência e abusos. Estão à margem - do canal, da sociedade, da vida, como margilizados, certamente, também foram, e são, seus pais.

Na ótica dos direitos humanos, tal situação é definida como sendo “de risco” ou de “vulnerabilidade”. Brutalizadas pela pobreza, pela indigência humana e pela exclusão social, não são, apenas, alvos fáceis do preconceito, da hipocrisia, do oportunismo político, da ignorância - não raramente açulados pela mídia conservadora. São candidatas a engordar as estatísticas da violência infantojuvenil, que tanto nos preocupa – e que estimula a discussão sobre a redução da maioridade penal, ao arrepio da nossa Constituição. Estão na mira da marginalidade criminosa ou morrem como formigas, por esse e outros motivos.

Certamente, faltam políticas públicas que acolham a família, que a instruam sobre seus direitos, e deveres, de cidadania. Há quem avalie que falta, principalmente, diálogo que favoreça a aglutinação dos esforços do poder público, nos três níveis, entre si e com as organizações não-governamentais, os segmentos da Justiça responsáveis pela observância e aplicação da lei, a sociedade civil organizada – pelo menos aquela parcela que enxerga além do próprio umbigo. O juiz Paulo Brandão, da Vara da Infância e da Juventude do Recife e membro do Cica – Centro de Integração da Criança e do Adolescente, se insere nesse time: “É preciso menos discurso e mais ação. Trabalhar em redes para potencializar os esforços, formar comitês locais para solução de conflitos. O centro não são as instituições, são as crianças e os adolescentes”, ensina.

É preciso acordar para fazer valer o ECA e não mutilá-lo como querem alguns. Ser adolescente no Brasil tornou-se risco de vida. Aqui, 46% dos casos de mortes por homicídios se localizam na faixa etária de 12 a 18 anos. São dados oriundos de pesquisa da Secretaria Nacional de Direitos Humanos em parceira com o Fundo para as Nações Unidas para a Infância – Unicef, Observatório de Favelas e Laboratório de Análise da Violência da Uerj – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Divulgada em junho de 2009, calcula-se que, a prevalecerem as condições constatadas em 2006, data da pesquisa, 33.504 mil jovens dessa faixa etária terão sido assassinados até 2012. É um verdadeiro genocídio, que atinge, principalmente, os de sempre: jovens do sexo masculino, negros e pobres.

O Nordeste tem quatro dentre os 10 municípios brasileiros, acima de 100 mil habitantes, com mais alto IHA - Índice de Homicídios na Adolescência. Três são pernambucanos, pela ordem: Olinda em quarto lugar, com 6,5 mortes para grupo de mil adolescentes de 12 a 18 anos; Jaboatão dos Guararapes, em oitavo, com 6,0 e Recife em décimo, também com 6,0. Considerando-se apenas as capitais, Maceió capital das Alagoas, que ocupa o nono lugar geral, com 6,0, é a mais violenta. É seguida pelo Recife e Rio de Janeiro; por Vitória, Porto Velho, Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, João Pessoa e Salvador. Os indicadores de São Paulo e Região, incluindo Campinas, surpreendentemente, colocam estes municípios abaixo das 20 primeiras na posição geral, e a capital paulista em 24º lugar dentre as capitais. A lista dos 10 municípios com maior índice é encabeçada por Foz do Iguaçu, no Paraná, com 9,7, seguida pela mineira Governador Valadares, com 8,5, e por Cariacica, no Espírito Santo, com 7,3. Sinal de alerta importante: os piores índices se localizam, em sua maioria, nas cidades de porte médio.

O IHA estima o risco de mortalidade de adolescente por homicídio. A ideia é que a informação ajude a mobilizar as pessoas para a gravidade do problema, que assume proporções de limpeza social e étnica. Ao mesmo tempo, pretende-se o monitoramento do fenômeno e a avaliação de políticas públicas preventivas e para reduzir a mortalidade adolescente. Este deveria ser o foco dos debates sobre os 20 anos do ECA: como barrar o crescimento da violência que vem dizimando nossos jovens, nosso futuro. Não é o que se vê em nossa mídia convencional.

Os dados oficiais preocupam também no terreno da violação de direitos. Pior, da parte de quem deveria zelar por eles – a própria Justiça. De 1996 a 2006, o número de adolescentes privados de liberdade deu um salto de 363%: passou de 4.245 para 15.436, segundo a Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Note-se que isso representa poucos mais de 3% da população carcerária adulta, estimada em 420 mil presos em 2007. Essa evolução, contudo, não espelha a tendência – mundial, aliás – de crescimento da participação de adolescentes em crimes violentos e de sua inserção em bandos e quadrilhas. Tais números estão contaminados pela aplicação indevida de medidas restritivas, segundo a própria secretaria.

Em 2009, 86% dos cerca de 18 mil jovens sob medida social-educativa estavam reclusos, aponta pesquisa nacional coordenada pela Universidade Federal da Bahia para o Ministério da Justiça. De acordo com a Subsecretaria Nacional de Promoção aos Direitos da Criança e do Adolescente, contudo, mais da metade não deveria estar presa, pois não praticou infração que signifique “grave ameaça ou atentado à vida”, conforme reza o Art. 122 do Estatuto. A maioria executou crimes contra o patrimônio – roubo ou furto – e está em sua primeira internação. Também aqui, a imensa maioria é formada pelos filhos da periferia excluída, aonde o Estado, normalmente, só aparece para mostrar a sua face repressora.

Ou seja, são vítimas em quaisquer circunstâncias: da família desagregada, da exclusão social, da violência a que estão expostos nas ruas - e da qual não escapam quando praticam infração da lei. Submetidos à Justiça, acabam em instituições que deveriam cuidar da recuperação, mas que não estão preparadas para a tarefa e, não raro, fazem uso da violência física como medida educadora. E aí, com perdão da imagem, o cachorro volta a correr atrás da própria cauda.

*Sulamita Esteliam é jornalista e escritora. Autora dos livros Estação Ferrugem, romance-reportagem que resgata a história da região operária de Belo Horizonte-Contagem, Vozes, 1998; Em Nome da Filha – A História de Mônica e Gercina, sobre violência contra mulher em Pernambuco; e o infantil Para que Serve Um Irmão, os dois últimos ainda inéditos. Apresenta, nas manhãs de sábado, o programa Violência Zero pela Rádio Olinda AM – 1030. sulamitaesteliam@hotmail.com//esteliam@oi.com.br

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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Usaram a ficha da Heloísa Helena no banheiro. Sujou!

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Taí, o nosso Editor-Assaz-Atroz-Chefe até já escreveu criticando duramente a HHH por motivos justificáveis, mas daí a chamá-la de ficha suja tem a mesma diferença que se pode observar entre uma gata (mesmo que rabugenta) a um buldogue que atenda pelo nome de Incitatus.
Abraço a Todos
Monoglota de Plantão

Receita Federal impugna Heloisa Helena por sonegação fiscal

Em primeira mão o candidato a Senador da República pela coligação PTRT-PTN-PV, Idelfonso Rebouças Lacerda, fala sobre o caso e mostra com exclusividade ao Alagoas em dia, documentos que demonstram um desabafo contra a candidata a Senadora da república pelo PSOL, Heloisa Helena, abrindo o jogo das denúncias que a envolvem.

Impugnada pela Receita Federal do Brasil por ter sonegado imposto de renda, rendimentos tributáveis recebidos na qualidade de deputada estadual, no total de R$ 337.350,00 (trezentos e trinta e sete mil e trezentos e cinquenta reais), onde foi condenada pelo Superior Tribunal de Justiça, sendo reconhecido o indevido aumento pratimonial.

Heloisa Helena afirmou em defesa que, a verba recebida foi omitida ao Imposto de Renda pois teria sido repassada a entidades assistenciais, mas de acordo com a Procuradoria da Fazenda Nacional, a justificativa em apresentar certidões da Assembléia Legislativa de Alagoas, não é suficiente e não foi apresentada nenhuma cópia dessas prestações de contas.

Essa ação foi mantida e transitou em julgamento no dia 07 de dezembro de 2007, onde foi flagrada pela Receita Federal do Brasil, a sonegação de impostos.

De acordo com a lei nº 135/2010 "torna inelegíveis os que forem condenados, em decisão proferida por órgão colegiado e transitada em julgado, por ocultação de bens e valores".

Ainda segundo o candidato, o pedido é que a justiça estabeleça as regras, "a candidata Heloisa Helena, sem a menor dúvida, se encaixa naquilo que a sabedoria popular chama de ‘ficha suja' uma vez que foi condenada por órgão judicial, como conseqüência jurídica da situação é a inelegibilidade da impugnada candidata para qualquer cargo", afirma Idelfonso Rebouças.

Alagoas Na Net

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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Caso Bruno: A bandidagem vai amarelar na hora de bater o pênalti? (Te segura aí, no seguro, Bruno)

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O MEDO DO GOLEIRO DIANTE DA TURBA

Celso Lungaretti (*)

Se os Nardoni fossem inocentes, que
chance teriam de ser absolvidos
após a satanização midiática?

Quando eu estava começando a formar minhas convicções, aos 15 anos, assisti a uma peça de teatro amador sobre Galileu Galilei que trazia, destacada nos cartazes e no programa, uma fala que me marcou para sempre:

“Há um mínimo de dignidade que não se pode negociar. Nem mesmo em troca da liberdade. Nem mesmo em troca do sol”.

Referia-se ao recuo tático do grande físico, matemático, astrônomo e filósofo italiano, que renegou sua convicção de que o Sol (e não a Terra) era o centro de nosso Universo, para obter a clemência da Inquisição.


Doente e quase cego, o septuagenário Galileu fez esta concessão ao obscurantismo religioso para que sua pena de exílio fosse convertida no que hoje chamamos de prisão domiciliar.

Os homens têm enfrentado, ao longo dos séculos, o dilema moral de escolherem entre o que é certo e o que é conveniente. Às vezes, em situações ainda mais dramáticas, como a que os relatos lendários sobre a Guerra de Tróia atribuem ao rei Agamenon, quando a partida de sua monumental frota estava sendo impedida pela calmaria e um vidente lhe revelou que a deusa Ártemis exigia a vida de sua filha Ifigênia como contrapartida de ventos favoráveis.

Mas, dificilmente as opções negativas são feitas por motivos tão extremos. E, nas situações prosaicas do cotidiano, o ensinamento de Jesus Cristo continua apontando o único caminho verdadeiramente ético: “Que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro se perder a sua alma?” (Mateus, 16:26).

Neste melancólico século 21, pouquíssimos hesitam em trocar a alma por dinheiro, status e poder. O capitalismo, erigindo a privilégio e a ganância em valores supremos da vida social, transforma os homens em fiéis devotos do bezerro de ouro.

A amoralidade virou norma. E existem até os que a justificam com argumentação sofisticada, como os advogados: ao representarem os piores canalhas, eles alegam que assim procedem em nome da democracia, de forma a assegurar o direito a defesa que até os nitidamente culpados têm.

Por coincidência, os piores canalhas tendem a ser os clientes que melhor remuneram os serviços advocatícios. E nunca é lembrado que todo advogado tem o direito de recusar uma causa que repugne à sua consciência, posto que outro advogado a acabará defendendo; em último caso, o juiz designará um defensor de ofício, que atuará por obrigação e não por mercenarismo.

Estas divagações me ocorreram ao ler a rebuscada historinha que os defensores de Bruno Fernandes pretendem apresentar ao tribunal: a de uma armação de Sérgio Rosa Sales para se vingar do goleiro.

Culpado ou não do presumível assassinato de Eliza Samudio, salta aos olhos que Bruno é um péssimo ser humano.

Mas, se mesmo assim optaram por defendê-lo, por que não o fazem com as alegações corretas?

O certo é que, inexistindo cadáver, a morte de Eliza continuará sendo só uma hipótese.

E é também certo que uma investigação conduzida como um espetáculo circense, com violação sistemática do segredo de justiça, não pode colocar ninguém na prisão.

A impugnação de inquérito franqueado à bisbilhotice pública já deveria ter sido tentada em outros casos, como o recente do Casal Nardoni.

Até quando os advogados coonestarão esses linchamentos legalizados, em vez de arguirem o ponto fundamental de que não se faz justiça passando com um rolo compressor sobre os direitos dos acusados, POR PIORES QUE ESTES SEJAM?

Se o preço para condenarmos monstros é avalizarmos práticas monstruosas, não vale a pena.

Pois a cumplicidade de policiais e promotores obcecados por holofotes com jornalistas ambiciosos praticamente destruiu a vida dos proprietários da Escola-Base. E os mesmíssimos erros e abusos não deixaram de se repetir a cada episódio rumoroso desde então.

Continuo acreditando que evitar a condenação de inocentes tem precedência sobre evitar a impunidade de culpados.

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Matéria indicada por esta Agência Assaz Atroz

Desconhecido pede para o Tribunal de Justiça de Minas dar liberdade ao goleiro Bruno

Desconhecido pede liberdade através de Habeas Corpus para o goleiro Bruno
A Justiça de Contagem recebeu nesta quarta-feira (14/7) um pedido de Habeas Corpus em favor do goleiro Bruno Fernandes, suspeito de envolvimento no desaparecimento de Eliza. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o pedido de HC foi feito por e-mail por João Carlos Augusto Melo, do Rio de Janeiro. O advogado defesa de Bruno, Frederico Franco, afirmou não saber quem fez o pedido.

O TJ-MG não divulgou qual o argumento usado para pedir a libertação do goleiro. O HC pode ser pedido por qualquer pessoa, independentemente de ser advogado ou de ter ligação com o caso. O pedido ainda não foi distribuído para avaliação, informou o tribunal. Após o recebimento, ele deve ser analisado em 48 horas por um desembargador.

No final da tarde desta quarta-feira, a juíza Marixa Rodrigues, do 1º Tribunal do Júri de Contagem, recebeu o primeiro pedido de liberdade no caso do desaparecimento e suposta morte de Eliza Samudio. A intenção era a revogação da prisão temporária de Sérgio Rosa Sales, conhecido como Camelo, primo e funcionário do goleiro.

O advogado de Camelo, Marco Antônio Siqueira, disse à Folha de S.Paulo que, pelo seu entendimento, "não pode haver supressão de instâncias" do Poder Judiciário. Por esse motivo, ele abriu mão, por enquanto, do HC e preferiu recorrer à mesma autoridade judicial que decretou a prisão temporária de 30 dias de oito dos nove investigados no caso.

Quebra de sigilo

A juíza Marixa Lopes, do Tribunal do Júri de Contagem (MG), autorizou nesta quarta-feira (14/7) a quebra do sigilo telefônico do goleiro Bruno Fernandes e de outros quatro envolvidos no desaparecimento de Eliza Samudio. Além do goleiro, foram liberados os dados telefônicos do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos (Bola), Elenilson Vitor da Silva, Wemerson Marques de Souza (Coxinha), Flávio Caetano de Araújo e do adolescente de 17 anos (primo de Bruno).

O pedido foi feito pela Polícia Civil de Contagem. A Justiça já havia autorizado a quebra do sigilo telefônico de outras três pessoas, de Eliza, de Dayanne Rodrigues do Carmo Souza (mulher do goleiro) e de Luiz Henrique Romão (Macarrão). A polícia pretende ouvir os telefonemas dados e recebidos antes e depois do desaparecimento da ex-namorada de Bruno.

A delegada da Divisão de Homicídios de Minas Gerais, Alessandra Wilke, informou nesta quinta-feira (15/7) que vai intimar para depor Fernanda Gomes de Castro, suspeita de ser namorada do goleiro Bruno. Segundo o depoimento do adolescente, primo de Bruno, ela cuidou do filho de Eliza no Rio de Janeiro, antes de a vítima ser levada para Minas Gerais.

Como as características físicas são parecidas e Bruno foi visto saindo de sua casa com o carro de Fernanda, a polícia irá investigar o envolvimento dela no caso. Além disso, a polícia encontrou fotos dela ao lado de Bruno, no site do goleiro.

Conjur

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Celso Lungaretti, jornalista, escritor e ex-preso político anistiado pelo MJ. Mantém o blog Náufragos da Utopia

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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Vida e obra (lato sensu) de Roberto Freire, presidente nacional do PPS, facção do PSDB-DEM



Texto do jornalista Sebastião Nery sobre a vida e obra de Roberto Freire. O PCB segue na luta pelo socialismo no Brasil e no Mundo. Em 2009 realizamos o XIV Congresso Nacional que marcou a reconstrução revolucionária do Partidão. Agora, em 2010, lançamos chapa própria para as eleições gerais.

Vida e obra de Roberto Freire - A estranha história de Roberto Freire

Sebastião Nery
(Data incerta e não sabida)


O único político brasileiro da oposição (que se diz da oposição) que aplaudiu José Serra, o Elias Maluco eleitoral, por ter anunciado que agora é hora de destruir Lula, foi o senador Roberto Freire, presidente do Partido Popular Socialista (PPS, a sigla que sobrou do assassinato do saudoso Partido Comunista, melhor escola política brasileira do século passado). Disse: "Serra presta um serviço à democracia".

Para Roberto Freire, "desconstruir", destruir, eliminar o principal candidato da oposição e das esquerdas (com 42% nas pesquisas) é um "serviço à democracia". Gama e Silva nunca teve coragem de dizer isso. Armando Falcão também não. Nem mesmo Newton Cruz. Só o delegado Fleury. Ninguém entendeu. Porque não conhecem a história de Roberto Freire.

Aprovado pelo SNI

Em 1970, no horror do AI-5, quando tantos de nós mal havíamos saído da cadeia ou ainda lá estavam, muitos sendo torturados e assassinados, o general Médici, o mais feroz dos ditadores de 64, nomeou procurador (sic) do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) o jovem advogado pernambucano Roberto João Pereira Freire, de 28 anos.

Não era um cargozinho qualquer, nem ele um qualquer. "Militante do Partido Comunista desde o tempo de estudante, formado em Direito em 66 pela Universidade Federal de Pernambuco, participou da organização das primeiras Ligas Camponesas na Zona da Mata" (segundo o "Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro", da Fundação Getulio Vargas-Cpdoc).

Será que os comandantes do IV Exército e os generais Golbery (governo Castelo), Médici (governo Costa e Silva) e Fontoura (governo Médici), que chefiaram o SNI de 64 a 74, eram tão debilóides a ponto de nomearem procurador do Incra, o órgão nacional encarregado de impedir a reforma agrária, exatamente um conhecido dirigente universitário comunista e aliado do heróico Francisco Julião nas revolucionárias Ligas Camponesas?

Os mesmos que, em 64, na primeira hora, cassaram Celso Furtado por haver criado a Sudene, cataram e prenderam Julião, e desfilaram pelas ruas de Recife com o valente Gregório Bezerra puxado por uma corda no pescoço, puseram, em 70, o jovem líder comunista para "fazer" a reforma agrária.

Não estou insinuando nada, afirmando nada. Só perguntando. E, como ensina o humor de meu amigo Agildo Ribeiro, perguntar não ofende.

Sempre governista

Em 72, sempre no PCB (e no Incra do SNI!) foi candidato a prefeito de Olinda, pelo MDB. Perdeu. Em 74, deputado estadual (22.483 votos). Em 78, deputado federal, reeleito em 82. Em 85, candidato a prefeito de Recife, pelo PCB, derrotado por Jarbas Vasconcellos (PSB). Em 86, constituinte (pelo PCB, aliado ao PMDB e ao governo Sarney). Em 89, candidato a presidente pelo PCB (1,06% dos votos).

Reeleito em 90, fechou o PCB em 92, abriu o PPS e foi líder, na Câmara, de Itamar, com cujo apoio se elegeu senador em 94 e logo aderiu ao governo de Fernando Henrique. Em 96, candidato a prefeito de Recife, perdeu pela segunda vez (para Roberto Magalhães).

Agora, sem condições de voltar ao Senado, aliou-se ao PMDB e PFL de Pernambuco, para tentar ser deputado. Uma política nanica, sempre governista, fingindo oposição.

Agente de FHC

Em 98, para Fernando Henrique comprar a reeleição, havia uma condição sine qua non: impedir que o PMDB lançasse Itamar candidato a presidente. Sem o PMDB, a reeleição não seria aprovada. Mas o PMDB só sairia para a candidatura própria se houvesse alianças. E surgiram negociações para uma aliança PMDB-PPS, uma chapa Itamar-Ciro.

Fernando Henrique ficou apavorado. E Roberto Freire, agente de FHC, o salvou, lançando Ciro a presidente. Isolado, o PMDB viu sua convenção explodida pelo dinheiro do DNER, Itamar sem legenda e a reeleição aprovada.

Durante quatro anos, Roberto Freire saracoteou nos palácios do Planalto e da Alvorada, sempre fingindo independência, mas líder da "bancada da madrugada" (de dia se diz oposição, de noite negocia no escurinho do governo).

Quinta-coluna

No ano passado, na hora de articular as candidaturas a presidente, o PT (sobretudo o talento e a competência política de José Dirceu) começou a pensar numa aliança PT-PPS, para a chapa Lula-Ciro. Itamar disse que apoiava. O PSB de Arraes também. Fernando Henrique, o PSDB e Serra se apavoraram. Mas Roberto Freire estava lá para isso. Novamente lançou Ciro, para impedir uma aliança das oposições com Ciro vice de Lula.

Fora dos cálculos de FHC e Roberto Freire, Ciro começou a crescer. Mas, quando o PFL, sem Roseana, quis apoiar Ciro, dando espaços nos estados e na TV, Roberto Freire, aliado em Pernambuco de Marco Maciel, o líder da direita do PFL, vetou o PFL com Ciro. Como se chama isso? Uns, "agente". Stalin chamava "quinta-coluna".

PCB – Juiz de Fora (MG)

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terça-feira, 6 de julho de 2010

Governo divulga atualização da "lista suja" do trabalho escravo

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Promovida pelo Ministério do Trabalho e Emprego, a atualização semestral incorporou seis casos primários, dois reincidentes e uma reinclusão após a perda de efetividade da liminar judicial. Ao todo, 14 nomes saíram da relação definitivamente por terem quitado suas pendências com o governo

por Bianca Pyl*

Atualizada nesta sexta feira (2), o cadastro de empregadores flagrados com mão-de-obra escrava do governo federal, que ficou conhecido como a "lista suja", passa a contar com oito novos nomes e uma reinclusão. Entre eles, um empreendimento agropecuário do grupo empresarial cearense Edson Queiroz e a Construtora Almeida Sousa, de Teresina (PI).

Promovida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a atualização semestral incorporou seis casos primários, dois reincidentes e uma reinclusão após a perda de efetividade da liminar judicial que mantinha o empregador fora da "lista suja". Ao todo, 14 nomes saíram da relação definitivamente por terem quitado suas pendências com o MTE e não reincidido no crime. O empregador Ronaldo Machado Correia Junior ME foi excluído por decisão judicial (liminar).

A inclusão de pessoas físicas e jurídicas na "lista suja" ocorre após a conclusão de um processo administrativo gerado a partir das autuações dos fiscais do trabalho em uma operação de libertação. Esse processo prevê o direito de defesa dos empregadores que, após inseridos, permanecem por, pelo menos, dois anos na relação - período durante o qual serão monitorados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Se não voltarem a cometer o crime e quitarem as pendências com o governo federal, serão retirado após esse prazo. Caso contrário, permanecem. A "lista suja" é considerada pela Comissão Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo como um dos mais importantes instrumentos de combate a essa violação dos direitos humanos.

Quem compõe a lista não pode acessar empréstimos em bancos públicos desde 2003 e ainda passa a sofrer restrições comerciais das empresas signatárias do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, que representam cerca de 20% do Produto Interno Bruto brasileiro.

Reincidentes e primários

Dono da Universidade de Fortaleza (Unifor) e controlador de empresas em diversos ramos de atividade, como distribuição de gás, mineração, produção de mel, envasamento de água mineral (marcas Indaiá e Minalba), reflorestamento, piscicultura, processamento de carnes (Multicarnes) e exportação de eletrodomésticos para mais de 50 países, o grupo cearense Edson Queiroz teve sua empresa, a Esperança Agropecuária e Indústria Ltda, inserida na "lista suja" por conta de uma fiscalização realizada na fazenda Serra Negra, localizada em Aroazes (PI), em novembro de 2007. Na ocasião foram encontrados oito trabalhadores em situação análoga à de escravos. Os fiscais lavraram 12 autos de infração e os valores das verbas rescisórias totalizaram mais de R$18 mil.

Esta é a segunda vez que uma empresa da Edson Queiroz - que também detém veículos de comunicação, como rádios (Rádio Verdes Mares e Rádio Recife), canais de televisão (TV Verdes Mares e TV Diário), jornal impresso (Diário do Nordeste) e site (Portal Verdes Mares) - é inserida na "lista suja". Na primeira publicação do cadastro, em novembro de 2003, constava a Florestal Maracaçumé Ltda, que pertence do grupo. À época, a inserção na lista ocorreu em decorrência da libertação de 86 trabalhadores submetidos à situação semelhante à escravidão, em 1999, na fazenda Entre Rios, localizada em Maracaçumé (MA).

Outro reincidente na "lista suja" é Wagner Furiati Nabarrete. Pela segunda vez, a fazenda Poção Bonito, em Ponte Alta do Bom Jesus (TO), foi palco de libertação de empregados submetidos ao trabalho escravo. Em maio de 2007, fiscais libertaram 11 trabalhadores. Na ocasião, o empregador pagou mais de R$ 10 mil em verbas rescisórias às vítimas. O empregador constou no cadastro de dezembro de 2006 até julho 2009. A primeira inclusão ocorreu porque o empregador escravizou três pessoas. Agora, finalizado o processo administrativo referente à nova libertação, ele é novamente inserido. A propriedade é de criação de bovinos para corte e produção de carvão vegetal.

O empregador Alberto de Deus Guerra teve seu nome inserido por conta de fiscalização realizada em novembro de 2007 pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Tocantins (SRTE/TO) na fazenda Grotão, em Colinas do Tocantins (TO). Os fiscais libertaram quatro trabalhadores de condições análogas à de escravos. Foram lavrados 18 autos de infração e as verbas rescisórias totalizaram mais de R$ 10 mil.

A SRTE/TO também libertou 12 pessoas na fazenda Jaqueline III (Carvão Vegetal Estrela do Davi), que pertence a Dário de Queiroz Teixeira, incluído nesta atualização da "lista suja". A fiscalização aconteceu em outubro de 2007, no município de São Bento (TO). Foram lavrados 13 autos de infração, e o empregador pagou quase R$ 11 mil em verbas rescisórias.

O fazendeiro Waldir Batista Rios, por sua vez, entrou na "lista suja" em função da fiscalização realizada pelo Grupo Móvel de Fiscalização e Combate ao Trabalho Escravo que libertou 27 pessoas de trabalho análogo ao de escravos na fazenda Três Irmãos, pertencente a Waldir. A propriedade fica em Recursolândia (TO) e a ação aconteceu em julho de 2006. O empregador pagou quase R$ 60 mil em verbas rescisórias. Os fiscais lavraram 29 autos de infração.

A ação que resultou na inclusão de Lauro de Freitas Lemes, proprietário da fazenda Angico, em Campos Lindos (TO), ocorreu em outubro de 2007 e libertou nove trabalhadores de situação de escravidão. A SRTE/TO flagrou 13 pessoas submetidas a condições análogas a escravidão na fazenda Vista Alegre, que pertence à Francisco Tude de Melo Neto, também proprietário da Auto Viação Cruzeiro Ltda. A fazenda fica no município de Araguanã (TO).

A Construtora Almeida Sousa completa a lista dos que foram incluídos. Em outubro de 2007, 24 trabalhadores foram libertados em obras da construtora em Teresina (PI).

Por causa da suspensão de uma liminar, concedida em novembro do ano passado, que o retirou da "lista suja", Adolfo Rodrigues Borges teve seu nome reinserido no cadastro. Adolfo é proprietário da fazenda Dom Bosco, localizada em Aragominas (TO), onde foram libertados 28 trabalhadores, em novembro de 2005.

Quatorze empregadores saíram da "lista suja" após o cumprimento de dois anos no cadastro, o pagamento de todas as multas relativas aos autos de infração e a não reincidência no crime. São eles: Alaílson Ferreira de Carvalho, Almerindo Nolasco Neves, Antônio Evaldo Macedo, Carlos Gualberto Sales, Fernando César Zanotelli, Humberto Eustáquio de Queiroz, Indústria Ervateira Anzolin, Ipê - Agro Milho Industrial Ltda, João Antônio de Farias, José Carlos Batista da Silva, Nei Amâncio da Costa, Nelson Donadel, Rio Pratudão Agropecuária Ltda e Valdemar Rodrigues.


Inclusões e Exclusões da "Lista Suja" do Trabalho Escravo

Entraram em 02/07/2010

Novos empregadores:

Alberto de Deus Guerra: CPF 036.936.356-68
Construtora Almeida Sousa: CNPJ 05.325.963/0001-89
Dário de Queiroz Teixeira: CNPJ 07.698.710/0001-86
Esperança Agropecuária e Indústria Ltda: CNPJ 06.385.934/0008-41
Francisco Tude de Melo Neto: CPF 005.259.104-25
Lauro de Freitas Lemes: CPF 460.714.076-72
Wagner Furiati Nabarrete: CPF 140.285.688-11
Waldir Batista Rios: CPF 061.456.631-20

Empregador incluído após queda de liminar:

Adolfo Rodrigues Borges: CPF 013.202.708-91

Saíram em 02/07/2010

Alaílson Ferreira De Carvalho
Almerindo Nolasco Neves
Antônio Evaldo Macedo
Carlos Gualberto Sales
Fernando César Zanotelli
Humberto Eustáquio De Queiroz
Indústria Ervateira Anzolin
Ipê - Agro Milho Industrial Ltda
João Antônio De Farias
José Carlos Batista Da Silva
Nei Amâncio Da Costa
Nelson Donadel
Rio Pratudão Agropecuária Ltda
Valdemar Rodrigues

Empregador excluído por liminar:

Ronaldo Machado Correia Junior ME


*Colaborou Rodrigo Rocha

REPÓRTER BRASIL

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Ilustração: AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA

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