segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Papai Noel é russo?

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O Pai Natal é russo?


O Pai Natal ocidental não começou sua vida como uma figura de Inverno trazendo presentes para as crianças, mas como um espírito de fertilidade bêbado que veio para dar boa sorte à colheita do próximo ano. A pessoa que é hoje universalmente aclamada como o benevolente e barbudo Papai Noel é na verdade uma encarnação do Avô Geada Russo ... para quem davam brindes como resgate para que ele não transformasse os filhos em gelo. Pravda também teve um papel a desempenhar nessa história...

Há tantos mitos sobre o Natal e tantas referências multi-culturais que a figura foi encoberta numa névoa multinacional. Tanto tem contribuído a tradição popular, como manifestações culturais e muito mais, o poder da máquina de marketing anglo-saxónico centrada em primeiro lugar no Reino Unido e em seguida, no E.U.A., que a figura Pai Natal, ou Santa Claus, tornou-se associada com as campanhas da Coca-Cola…ou terá saido das novelas de Charles Dickens? A verdade, porém, é que este "Pai Natal" é na verdade um espírito de fertilidade, que pertence mais à Páscoa, enquanto o verdadeiro "Papai Noel" vem do Oriente. Na verdade, da Rússia. Ele não é outro senão Ded Moroz, ou Vovô Geada.

Voltemos no tempo..para quando o acesso universal à escrita começou… foi aí que as primeiras imagens desta figura começaram a se espalhar. Dezembro, nos tempos dos romanos, quando o festival da Europa do Norte do equinócio de Inverno foi comemorado junto com a Saturnália romana (a semana antes do dia 21 ), um festival debochado, hedonista, forjado com embriaguez e brigas e a Juvenalia (25 de Dezembro), uma festa que honrava a juventude de Roma. Os cristãos tentaram encontrar uma maneira de "cristianizar" o festival juntando as três tradições pagãs e em 221 DC, o historiador Sexto Africanus expôs a teoria de que nove meses após o equinócio da Primavera de 25 de março, Cristo nasceu.

Quem, então, é o benevolente gordinho Pai Natal com barbinha branca? Na época romana, a estação do inverno foi muito mais quente do que hoje e teria correspondido à época de plantio. É por isso que os primeiros Pais Natal eram verdes e cobertos de azevinho e visco (símbolos de fertilidade) ... por isso ele não era uma figura de Inverno, mas sim um espírito de fertilidade mais virado para a Páscoa.

O Pai Natal que todos nós conhecemos e amamos começou sua vida como um feroz espírito de Inverno na tradição antiga eslava, como Pozvizd (Deus do vento), Zimnik (Deus do inverno) e Korochun (Deus de geadas), sancionada, eventualmente, na encarnação do Ded Moroz (Vovô Geada). Longe de carregar seu saco carregado com prendas, ele usou-o para transportar as crianças que raptou antes de as transformar em gelo ... e as famílias das crianças deram-lhe presentes para resgatá-las.

Com o tempo, ele amadureceu e, no final do século XIX, tornou-se relacionado com a neve, e a menina da neve, sua neta (Snegurochka) começou a acompanhá-lo, devido à influência da peça de teatro de Aleksandr Ostrovsky, com o mesmo nome e libreto de Rimsky-Korsakov, baseado na peça Snegurochka.

Nesta altura já tinha assimilado muitos dos traços de São Nicolau, nascido por volta de 280 DC em Patara, perto de Mira, na Ásia Menor, um homem religioso que se tornou famoso por seus atos de piedade e benevolência, viajando para distribuir sua riqueza herdada, salvando as meninas de prostituição, oferecendo-lhes um dote para que se pudessem casar e, muitas vezes largando dinheiro anonimamente pela chaminé. São Nicolau foi recordado particularmente na Holanda como Sint Nikolaas e os primeiros imigrantes levaram ele para a América, onde seu nome se transformou em Santa Claus (Papai Noel).

No entanto, Ded Moroz, teria também uma associação com a chaminé, porque na congelada tundra da Sibéria, as pessoas muitas vezes costumavam escavar casas temporárias debaixo da neve e a entrada e saída teria sido através da chaminé. Como então Ded Moroz se transformou no Pai Natal, ou Papai Noel, vermelho e branco?

Enquanto ele mudava de nome na Rússia Imperial de Ded Moroz para Moroz para Morozko para Ded Treskun, a literatura e música o adotou e transformou-o em uma alma benevolente, barbuda e avuncular, gordinho e alegre, comemorado mais no Ano Novo do que no Natal (o Natal Ortodoxo é 6 de janeiro). Stalin emitiu um decreto declarando que as pessoas que representam Ded Moroz deveriam se vestir de azul ... e foi a carta de Pavel Postyshev publicado no Pravda em 28 de dezembro de 1935 que exigia a reintegração da Árvore do Ano Novo como o ponto focal de festas ... e Ded Moroz estava depois sempre sentado ao lado da árvore.

A própria árvore era adorada como um Deus pelos europeus e norte politeístas e os primeiros missionários cristãos usaram a forma triangular do abeto para ensinar a noção do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

A fusão de culturas e valores e tradições deve muito ao talento de marketing da Grã-Bretanha e mais tarde os E.U.A., quando manifestações culturais foram projetadas no palco mundo. O cartão de Natal foi lançada na Inglaterra já em 1830 por John Calcott Horsley, que produziu pequenos cartões com mensagens e imagens de festa e, ao mesmo tempo no E.U.A., RH Pease estava fazendo cartões semelhantes em Nova York. Em 1809, Washington Irving tinha tornado São Nicolau no santo padroeiro da cidade em A História de Nova York (fundada pelos holandeses).

Charles Dickens "A Christmas Carol" (1843) descreve o Espírito do Natal como uma figura alegre barbudo vestido com uma túnica forrada verde (espírito de fertilidade), talvez seguindo o poema do americano Clement Clarke "A Visit from Saint Nicholas" (1822) em que São Nicolau é referido como tendo "a barba no queixo ... branca como a neve". A comercialização desta versão do Pai Natal, o Espírito de Fertilidade Pagão e coberto de folhas verdes transformou-se no Espírito de Inverno russo, continuou reforçada com a montagem Thomas Nash em 1866 no Illustrated Harper's Weekly (E.U.A.), colocando o Papai Noel como um fabricante de brinquedos, com base no poema de Clement Clarke. Coca-Cola lançou uma campanha publicitária em 1930 inspirada nesses desenhos.

Desejamo-lhes um Feliz Natal com Papai Noel ... Noel, que vem do francês Les bonnes nouvelles (a boa notícia, o Evangelho).


Timothy BANCROFT-HINCHEY
Lisa Karpova
PRAVDA.Ru


http://port.pravda.ru/russa/24-12-2009/28543-painatal-0

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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Você conhece alguém que tenha morrido em consequência do uso de maconha? (*)

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10 razões para legalizar as drogas

O Le Monde Diplomatique de setembro, uma das melhores publicações brasileiras, tem um dossiê sobre "A legalização das drogas e seus impactos na sociedade", com textos de Thiago Rodrigues (Tráfico, guerras e despenalização), uma entrevista com Caco Barcellos, um artigo de Luciana Boiteux (Aumenta o consumo. O proibicionismo falhou) e de Victeor Palomo (A dependência química é de uma minoria).

Silvio Caccia Bava, o editor do LMD, em lugar de seu habitual editorial, dá a palavra a um especialista em Inteligência Criminal da Scotland Yard, John Grieve, que não perde atualidade, mesmo sendo escrito na Inglaterra e em 1997. Reproduzimos aqui o texto, para socializar a informação e promover o debate. Mais materiais, no LMD de setembro.


1. Encarar o verdadeiro problema

Os burocratas que constroem as políticas sobre drogas têm usado a proibição como uma cortina de fumaça para evitar encarar os fatores sociais e econômicos que levam as pessoas a usar drogas. A maior parte do uso ilegal e do uso legal de drogas é recreacional. A pobreza e o desespero estão na raiz da maioria do uso problemático da droga, e somente dirigindo-se a estas causas fundamentais é que poderemos esperar diminuir significativamente o número de usuários problemáticos.

2. Eliminar o mercado do tráfico

O mercado de drogas é comandado pela demanda de milhões de pessoas que demandam drogas ilegais atualmente. Se a produção, suprimento e uso de algumas drogas são criminalizados, cria-se um vazio que é preenchido pelo crime organizado. Os lucros neste mercado são de bilhões de dólares. A legalização força o crime organizado a sair do comércio de drogas, acaba com sua renda e permite-nos regular e controlar o mercado (isto é, prescrever, licenciar, controle de vendas a menores, regulação de propaganda, etc.)

3. Redução drástica do crime

O preço das drogas ilegais é determinado por um mercado de alta demanda e não regulado. Usar drogas ilegais é muito caro. Isso significa que alguns usuários dependentes recorrem ao roubo para conseguir dinheiro (corresponde a 50% do crime contra a propriedade na Inglaterra e é estimado em 5 bilhões de dólares por ano). A maioria da violência associada com o negócio ilegal da droga é causada por sua ilegalidade. A legalização permitiria regular o mercado e determinar um preço muito mais baixo acabando com a necessidade dos usuários de roubar para conseguir dinheiro. Nosso sistema judiciário seria aliviado e o número de pessoas em prisões seria reduzido drasticamente, economizando-se bilhões de dólares. Por causa do preço baixo, os fumantes de cigarro não têm que roubar para manter seu hábito. Não há também violência associada com o mercado de tabaco legal.

4. Usuários de droga estão aumentando

As pesquisas na Inglaterra mostram que quase a metade de todos os adolescentes entre 15 e 16 anos já usou uma droga ilegal. Cerca de 1,5 milhão de pessoas usa ecstasy todo fim de semana. Entre os jovens, o uso ilegal da droga é visto como normal. Intensificar a guerra contra as drogas não está reduzindo a demanda. Na Holanda, onde as leis do uso da maconha são muito menos repressivas, o seu uso entre os jovens é o mais baixo da Europa. A legalização aceita que o uso da droga é normal e que é uma questão social e não uma questão de justiça criminal. Cabe a nós decidirmos como vamos lidar com isto. Em 1970, na Inglaterra, havia 9.000 condenados ou advertências por uso de droga e 15% de novas pessoas tinham usado uma droga ilegal. Em 1995 os números eram de 94.000 e 45%. A proibição não funciona.

5. Possibilitar o acesso à informação verdadeira e a riqueza da educação

Um mundo de desinformação sobre drogas e uso de drogas é engendrado pelos ignorantes e preconceituosos burocratas da política e por alguns meios de comunicação que vendem mitos e mentiras para beneficio próprio. Isto cria muito dos riscos e dos perigos associados com o uso de drogas. A legalização ajudaria a disseminar informação aberta, honesta e verdadeira aos usuários e aos não-usuários para ajudar-lhes a tomar decisões de usar ou não usar e de como usar. Poderíamos começar a pesquisar novamente as drogas atualmente ilícitas e descobrir todos os seus usos e efeitos – positivos e negativos.

6. Tornar o uso mais seguro para o usuário

A proibição conduziu à estigmatização e marginalização dos usuários de drogas. Os países que adotam políticas ultra-proibicionistas têm taxas muito mais elevadas de infecção por HIV entre usuários de drogas injetáveis. As taxas de hepatite C entre os usuários no Reino Unido estão aumentando substancialmente. No Reino Unido, nos anos 80, agulhas limpas para usuários e instrução sobre sexo seguro para jovens foram disponibilizados em resposta ao medo do HIV. As políticas de redução de danos estão em oposição direta às leis de proibição.

7. Restaurar nossos direitos e responsabilidades

A proibição criminaliza desnecessariamente milhões de pessoas que, não fosse isso, seriam pessoas normalmente obedientes às leis. A proibição tira das mãos dos que constroem as políticas públicas a responsabilidade da distribuição de drogas que circulam no mercado paralelo e transfere este poder na maioria das vezes para traficantes violentos. A legalização restauraria o direito de se usar drogas responsavelmente e permitiria o controle e regulação para proteger os mais vulneráveis.

8. Raça e drogas

As pessoas da raça negra correm dez vezes mais fisco de serem presas por uso de drogas que as pessoas brancas. As prisões por uso de droga são notoriamente discriminatórias do ponto de vista social, alvejando facilmente um grupo étnico particular. A proibição promoveu este estereótipo das pessoas negras. A legalização remove um conjunto inteiro de leis que são usadas desproporcionalmente no contato de pessoas negras com o sistema criminal da justiça. Ajudaria a reverter o número desproporcional de pessoas negras condenadas por uso de droga nas prisões.

9. Implicações globais

O mercado de drogas ilegais representa cerca de 8% de todo o comércio mundial (em torno de 600 bilhões de dólares ano). Países inteiros são comandados sob a influência, que corrompe, dos cartéis das drogas. A proibição permite também que os países desenvolvidos mantenham um amplo poder político sobre as nações que são produtoras com o patrocínio de programas de controle das drogas. A legalização devolveria o dinheiro perdido para a economia formal, gerando impostos, e diminuiria o alto nível de corrupção. Removeria também uma ferramenta de interferência políticas das nações estrangeiras sobre as nações produtoras.

10. A proibição não funciona

Não existe nenhuma evidência para mostrar que a proibição esteja resolvendo o problema. A pergunta que devemos nos fazer é: Quais os benefícios de criminalizar qualquer droga? Se após analisarmos todas as evidências disponíveis concluirmos que os males superam os benefícios, então temos de procurar uma política alternativa. A legalização não é a cura para tudo, mas nos permite encarar os problemas criados pela proibição. É chegada a hora de uma política pragmática e eficaz sobre drogas.


Postado por Emir Sader

http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=1&post_id=355



(*) [Assaz Atroz] A pergunta do sobretítulo desta postagem se refere à morte em razão do consumo, ou seja, por complicações do estado de saúde em função do uso de maconha, e não devido a questões relacionadas com o tráfico de drogas
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domingo, 20 de dezembro de 2009

COMO FABRICAR UM NOVO COLLOR – JOSÉ COLLOR SERRA

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Laerte Braga

Há uma diferença fundamental e são poucas as pessoas que percebem. Já foi retratada em várias situações através da literatura, do cinema, do teatro, falo de diferenças entre um bordel desses que os jornais costumam chamar de “zona de baixo meretrício” e o complexo PSDB/DEM/GLOBO/FIESP/DASLU.

Numa “zona de baixo meretrício” há regras básicas de comportamento que, se não são obedecidas, implicam um convite discreto, mas firme ao infrator, para que se retire do local. É proibido cuspir no chão, por exemplo, ou avançar sobre mulher alheia no momento que essa alheia estiver ocupada, digamos assim. E é preciso um respeito absoluto pelas crianças que brincam ao redor, filhos das trabalhadoras do local.

Quase sempre estão rodando aros de metal, velhas rodas de bicicleta, ou caminhões de madeira quebrados e sem rodas, quase todas desdentadas e muitas arredias num canto qualquer, na expectativa de um pastel, um copo de caldo de cana, coisas assim, para matar a fome de todo dia.

O governador de São Paulo José Collor Serra disse em 2002, quando perdeu as eleições presidenciais para Lula, que nunca havia visto uma vaca ao vivo até aquele momento. Fez essa declaração diante de uma espécie bovina, entre surpreso e risonho, olhos fixos nas câmeras e deixando a entender aos jornalistas que sua vida sempre foi de sacrifícios, trabalho e dedicação à causa pública. E quando sorri, José Collor Serra apenas exibe um esgar de desprezo pelas pessoas.

José Collor Serra sabia apesar disso o significado e o poder da chantagem na política, principalmente no meio que escolheu para os seus “sacrifícios”, seu “trabalho” e sua “dedicação”. O complexo PSDB/DEM/GLOBO/FIESP/DASLU e alguns adereços, como o PPS de Roberto Freire.

Um ano antes das eleições presidenciais de 1989 o grande temor das elites brasileiras, expresso de todas as formas possíveis pela GLOBO, era a eleição de Leonel Brizola para a presidência da República. As primeiras pesquisas de intenções de votos mostravam que as chances de Brizola eram reais.

Uma edição especial do programa GLOBO REPÓRTER foi montada mostrando os feitos do então governador de Alagoas Fernando Collor de Mello, filho de Arnon de Mello (ex-senador da UDN), amigo da família Marinho e resposta encontrada pelos marqueteiros da GLOBO e do complexo de interesses que representava e representa a organização. Organização aí tem de fato o sentido de máfia, quadrilha, plêiade de criminosos. Súcia, malta, etc.

Foi nessa edição que deram partida ao mito do “caçador de marajás”. Não importa que fosse ele Collor um marajá, ou um tresloucado. Importa que era alguém capaz de executar o programa político e econômico traçado pelo chamado Consenso de Washington, essa tal de globalização – “globalitarização”, o termo real e da lavra do antropólogo Milton Santos –. O “caçador de marajás” era o slogan do sabão em pó a ser vendido aos brasileiros, em contrapartida aos “riscos” Brizola, Lula àquela época não era ainda um perigo para esses interesses.

De lá até as eleições, um arrastão só. O frenesi Collor de Mello “desfechando potentes golpes” contra a inflação, contra o desemprego, contra o atraso (disse que a indústria automobilística brasileira não fabricava carros, mas “carroças”), falou em “nova abertura dos portos”, o que foi concretizado anos mais tarde por Fernando Henrique Cardoso, outra versão do “caçador de marajás”, já que o dito cujo jogou tudo para o alto e trapalhadas que não conseguiram abafar. Era só um sabão em pó a mais criado pelo marketing das elites via GLOBO, mas o mesmo sabão de antes. Embalagem e nova “fórmula milagrosa” para a mesma coisa.

A diferença entre Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso, se bem pesados, depõe a favor de Collor. Um filhinho de papai que nunca fez nada na vida, louco, alucinado, mas autêntico nessa loucura, nessa avidez com que se lançou ao dinheiro público via PC Farias. A quadrilha alagoana era fraca demais, pequena demais para o papel que lhe foi conferido, superestimaram o bandido.

FHC, não. Intelectual, acostumado a traições, a ser comprado sem maiores dificuldades, ardiloso, frio, cínico ao absoluto, dono de uma vaidade sem tamanho (por aí é que foi pego), o ideal para cumprir os desígnios da grande máfia, o Consenso de Washington (lei de patentes, privatizações, a tal abertura dos portos, compra de deputados e senadores para um novo mandato, tudo planejado de forma fria e despudorada por uma quadrilha, os tucanos, à altura do desafio imposto pelos donos).

José Collor Serra é como se fosse um cruzamento de Fernando Collor de Mello, no que o alagoano tem de tresloucado, com o cinismo e a podridão absoluta de Fernando Henrique Cardoso, “qualidades” às quais se pode acrescer a ausência plena de qualquer vestígio de humanidade.

É, lato sensu, a figura mais repulsiva da política brasileira.

Acuado pela perspectiva de uma disputa dentro do seu partido com o governador de Minas Aécio Neves, no pleito pela indicação para a disputa da presidência da República, chamou um dos seus jornalistas, Juca Kfoury, e tornou pública uma atitude do governador de Minas, sugerindo, aí o fato principal, a dependência química de Aécio à cocaína. Foi o próprio Juca quem em meados de 2008 revelou que o Mineirão cantara em coro no jogo Brasil e Argentina “ô Maradona, por que parou?, parou por quê?, o Aecinho cheira mais que você” (A GLOBO, à época, tirou o som local do estádio, ainda estava indecisa sobre quem seria o ungido por Washington e pelos acionistas minoritários dessas máfias).

Daí a mandar um recado a Aécio Pirlimpimpim Neves, que o assunto viria a tona em notas aos borbotões, desqualificando-o e tirando-o da disputa caso não saísse moto próprio, foi um pulo. É especialista em chantagem. Tem uma equipe que trabalha vinte e quatro horas por dia de joelhos ao seu dispor, inclusive Juca Kfoury.

E mais a GLOBO, FOLHA DE SÃO PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO, VEJA, RBS, ÉPOCA, BANDEIRANTES, etc.

Ato contínuo o governador chamou o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (eleito depois de uma chantagem em cima do rival Geraldo Alckmin), com quem vinha tendo diferenças. A senadora Kátia Abreu, líder do latifúndio no Congresso e corrupta de carteirinha vitalícia, já pressionado pelo governador de Brasília José Roberto Arruda de cair atirando e foram todos para Copenhague na onda da conferência mundial sobre meio-ambiente, despejar o cheiro fétido do que representam, de seus partidos, que exala deles próprios. Levou, de quebra, alguns assessores assim tipo secretário para engraxar sapatos, outros para arrumar as malas, coisas do gênero.

Obrigado a engolir momentaneamente a chantagem de Arruda, deixou tudo acertado aqui com o JORNAL NACIONAL e os outros veículos de comunicação (putz! É o cúmulo, veículos de comunicação), resolveu resolver o problema fora do País, como escrevi anteriormente, longe dos holofotes e das algemas. Num exercício de sabão em pó que lava mais branco. Um encontro com o exterminador do futuro que governa o estado norte-americano da Califórnia, farta matéria publicitária (paga) no JORNAL NACIONAL e na REDE BANDEIRANTES, aí o pulo do gato.

Em companhia de Serra e sua entourage, do prefeito Kassab e sua entourage, de Katia Abreu (levou na mala pistolas com silenciadores para quaisquer eventualidades) levou também, DANIELA SAAD, sua assessora especial para qualquer assunto, filha do dono da rede BANDEIRANTES de tevê e com cargo e salário no governo do mafioso em São Paulo. Plantão integral vinte e quatro horas por dia sem restrições ou limitações no trabalho. Tipo a GLOBO é maior, mas a primeira dama vai ser da BANDEIRANTES. Nem que seja por trás dos panos. O que isso significa em termos de ´”negócios” e, lógico, dinheiro público é imensurável.

Nem na zona de baixo meretrício. E por favor, não confundam meretrício com meritíssimo, não estou falando de Gilmar Mendes, mas de José Collor Serra.

Em Belo Horizonte, no Palácio das Mangabeiras e onde mais o governador de Minas (que mora no Rio, ele e Serra se merecem) possa estar, o quadro é de revolta com a chantagem, de desolação com a chave do cofre fora do alcance da mão, de ódio com o que chamam golpe baixo de Serra. Ciro Gomes havia dito a Aécio, há uns três meses, que Serra era capaz de qualquer coisa e que o mineiro precisava ser mais agressivo se quisesse, de fato, ser candidato a presidente. Aécio achou que podia comer o mingau pelas beiradas, mas esse, não. É frio, gelado, surge do nada e do tudo e dispara.

Como José Collor Serra acertou-se com Arruda em Copenhague, com Kassab, ou se não se acertou, não sei. Arruda e Kassab são baratos, e no caso do prefeito de São Paulo o governador tem armas demolidoras montadas no preconceito que acabou derrotando definitivamente Marta Suplicy nas eleições municipais de 2008.

É só ter memória.

O que isso diz respeito a brasileiros e brasileiras?

Ora, Lula não é necessariamente o ideal, inventou o “capitalismo a brasileira” – definição perfeita de Ivan Pinheiro –, mas há uma quadro, uma realidade bastante diversa do período do atual presidente para o de FHC. E é favorável, em qualquer análise que faça, na lógica do modelo, a Lula.

Todos esses episódios dessa última semana, o ajuste final de contas de José Collor Serra com seus desafetos, mostra o que pode vir a ser um governo de Serra. Se José Collor Serra é a ponta visível desse iceberg de traições, assassinatos pelas costas e a sangue frio, friamente premeditados, é fácil imaginar o que está por trás disso, quem está por trás de todo esse banho de sordidez.

E o que tudo isso significa, o que espera o Brasil.

Está montado um novo Collor. Que soma o original a FHC e é igual a José Collor Serra.

Não existe nada mais repugnante que todo esse processo montado para fazer do Brasil uma colônia de interesses que não dizem respeito a brasileiros.

O risco que corremos é de tal ordem, que lutar para que essa malta não chegue ao poder é questão de sobrevivência da própria dignidade nacional, mesmo levando em conta que esse institucional está falido e não significa absolutamente nada diante dos caminhos reais que irão transformar o Brasil numa nação de fato livre e soberana. Senhor de si e dos seus destinos.

Essa realidade não passa, nem pode passar, por canalhas absolutos como José Collor Serra.

(detalhes sobre todo esse processo “democrático” podem ser vistos em http://namarianews.blogspot.com/2009/12/com-o-serra-no-cop15-e-alem.html
ou em
http://mail.google.com/mail/?hl=pt-BR&shva=1#inbox/125a4afcf1ed33fc)

Laerte Braga, jornalista, colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz

Ilustração: Cenas do documentário "Rio de Jano" - Jano é um dos quadrinhistas mais famosos do mundo (é francês) e viaja pelo planeta com seus Cadernos de Viagens desenhando países e povos. Mas assim: ele mora num lugar. Conhece as gentes. Prefere desenhar as pessoas vivendo (trabalhando, se divertindo...) do que as paisagens dos postais.

http://blog0news.blogspot.com/2003/10/dica-de-hoje-tambo-pessoas-de-cinco.html

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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Ô, Aecinho, por que parou?! Parou por quê?!

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“QUEM QUER UM BOM DIA DIGA EU” – GANHA UMA BANANA

A MALA DE SERRA, O PÓ DE AÉCIO E O “AVISO” DE ARRUDA

O EXTERMINADOR DO FUTURO

Laerte Braga

O governador de São Paulo José Jânio Serra movimentou toda a sua equipe de propaganda, com dinheiro público evidente, convidou a senadora do DEM Kátia Abreu, envolvida em desvio de verbas para o fomento da agricultura em proveito próprio (sua campanha política) e rumou para Copenhague, onde num roteiro previamente traçado posou de autoridade, de especialista no assunto e encontrou-se com o governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger .

Serra e o ator, conhecido pelo seu desempenho em O EXTERMINADOR DO FUTURO, afirmaram que a conferência de Copenhague “já é um sucesso”. Contrariam a opinião de milhões de pessoas em todo o mundo que já assinaram petição cobrando atitudes dos governantes das chamadas nações ricas e consideram Copenhague um mero embuste para ganhar tempo.

Serra é candidato a presidente do Brasil, está envolvido em grossa corrupção, chantagem (como autor e vítima), e o californiano administra um estado falido que tenta, desesperadamente, arranjar algum, em meio à crise, com o presidente Barack Obama.

A viagem de José Jânio Serra foi precedida de algumas “providências” para por fim à disputa pela indicação presidencial em seu partido, entre elas a de deixar uma recheada mala de dinheiro para a cobertura de sua presença em Copenhague na edição de terça-feira, dia 15, no JORNAL NACIONAL. O noticiário sobre a conferência deu maior destaque ao governador paulista (lógico, tudo pago) que ao encontro em si e a governantes de países como a China, a Rússia, etc, etc.

Uma das “providências” tomadas pelo governador paulista foi fechar o cerco ao governador de Minas Aécio Pirlimpimpim Neves, seu rival dentro da quadrilha PSDB na disputa pela indicação para 2010. A ofensiva começou com a nota plantada na coluna do jornalista Juca Kfoury (parceiro de Serra nos jogos do Palmeiras), relatando um fato e sugerindo que Aécio usa cocaína (já havia sugerido antes, quando o Mineirão cantou em coro em 2008: “Ô, Maradona, por que parou? Parou por quê? O Aecinho cheira mais do que você”).

O mineiro foi advertido que, se continuasse a peitar o paulista dentro do PSDB, outras notas e alguns escândalos viriam à tona, colocando-o em situação insustentável, motivo pelo qual deveria contentar-se com uma candidatura ao Senado. Aécio, que mora Rio e governa Minas, vai tentar e conseguir, lógico, exceto por um grande acidente de percurso, eleger-se senador.

Quando tudo parecia resolvido, Aécio afastado de cena, eis que surge o governador de Brasília, José Roberto Arruda, corrupto de carteirinha, parceiro de FHC no processo de privatizações, beneficiário de “contribuições” várias, todas devidamente agradecidas em oração, e que, até o fato, era o favorito para ser o vice do tucano paulista.

Arruda mandou um recado curto e grosso. Se a GLOBO e todo o esquema do grupo, VEJA, FOLHA e outros mais continuassem a bater duro iria abrir o bico, e aí não iria sobrar nem pena de tucano e nem terra grilada ou roubada de DEM.

Vai tudo para o espaço.

Sem poder torcer o pescoço de Arruda, até porque o governador de Brasília disse na última visita de Serra à capital que “copia as boas ações de Serra”, e Serra respondeu que “o que é bom é para ser copiado”, engoliu em seco, entrou em contato com o homem do “quem quer bom dia diga eu” e, ao invés de poder escolher a gravata do moço, o telespectador ganha uma banana. O noticiário sobre a roubalheira em Brasília vai para um cantinho qualquer, poucos segundos. Na edição de hoje do jornal O GLOBO, versão brasileira do THE GLOBE, já está nas páginas de dentro, do fundo. A idéia é ganhar tempo, é ganhar tempo e permitir que os “abóboras” que Bonner chama de Homer Simpson se esqueçam de Arruda e enxerguem em Serra um novo Arnold Schwarzenegger.

Mais ou menos como aquele negócio do cara gordo não andar com o cara magro para não parecer tão gordo, ou a feia com a bonita, para não parecer tão feia. No caso de Serra, questão de exterminar qualquer possibilidade de futuro para o Brasil caso venha a ser o próximo presidente.
A ida da senadora Kátia Abreu, com dinheiro público, para discutir proteção ambiental do planeta (imagine ela, ladra, latifundiária, escravagista) tem o objetivo de encontrar uma saída que permita torcer o pescoço de José Roberto Arruda, por fim à chantagem do governador de Brasília e seguir impávido financiado pelas grandes máfias brasileiras e internacionais, rumo ao Planalto.

Se, neste momento, deixou Aécio diante do dilema de enfrentar ou não a sua realidade, por outro lado, foi obrigado a engolir o veneno de José Roberto Arruda, pelo menos até achar uma saída.

Como ali, entre tucanos e DEM, vale tudo, o feio é perder, e a grande mídia está aí é para isso mesmo, ávida para faturar um extra, ainda mais no mês do Natal e para o reveillon, não foi tão difícil assim a Serra encontrar um ponto para atravessar essa ponte complicada nessa hora.

O mais caro dessa operação é mesmo a GLOBO. Na BANDEIRANTES o governador paulista está acostumado a chegar e dar berros com quem o desafia, demitir, colocar os donos de joelho no beija mão. FOLHA, VEJA, etc, não têm tanto problema assim, não são tão caras como a GLOBO e além do mais são paulistas, integram a máfia FIESP/DASLU.

A notícia que Aécio Pirlimpimpim tirou o time de campo começou a circular ontem, embora a assessoria do governador mineiro esteja procurando um jeito de dar o troco e tentar recuperar pelo menos o pé nesse jogo sórdido de tucanos e DEMocratas, tudo pela chave do cofre e o direito de transformar o BRASIL em BRAZIL.

O próximo passo de José Jânio Serra é promover um grande encontro dos chefes mafiosos tucanos e DEMocratas e apelar a Aécio para entender que não é nada pessoal, que tudo “são negócios”, para evitar que o mineiro faça corpo mole no segundo colégio eleitoral do País, Minas Gerais. Isso seria ruim, pode vir a ser desastroso para Serra.

Deve levar um bolo gigante para o encontro, e de dentro do bolo deve sair a miss qualquer coisa, ou o arcebispo de Mariana (que não admite que se fale de Aécio), e presentear o governador de Minas com a cobertura especial do dito bolo, um pó mágico que tanto pode levar a uma viagem para a vice-presidência, ou a promessas de galáxias nunca dantes vistas, nem mesmo pelo Hublle.

Vai depender de Aécio aceitar ficar de quatro ou não, isso depende do quanto, dinheiro e pó mágico; enfim, o Brasil está diante da ameaça de chantagistas travestidos de políticos; e nesse poleiro Serra é especialista. Tem prática nessa história de dossiê (o de Roseana Sarney, custou 250 milhões de dólares do BNDES para a GLOBO a fundo perdido), ou aquele às vésperas das eleições de 2006, quando a GLOBO ignorou o fato jornalístico principal, um acidente aéreo com um avião da companhia GOL e mais de cento e cinquenta mortos, para mostrar um dossiê fajuto contra Lula.

Serra extermina qualquer possibilidade de futuro para o Brasil e os brasileiros. Até pelo próprio nome. Chega a ser tamanho o seu mau caráter e a sua absoluta falta de princípios que não os que signifiquem ganhos, lucros, pior que FHC.

Semana passada morreu Jamil Haddad. Foi ministro da Saúde do governo Itamar Franco, responsável pela lei que criou os medicamentos genéricos e pela implantação do programa no Brasil. Sem qualquer vestígio de respeito pelo que quer que seja, exceto seus interesses, sem nenhuma dignidade, ou laivo de caráter positivo, José Serra apropriou-se da lei, do projeto, tudo com fins eleitorais. Pode existir um canalha igual na política brasileira hoje, existem muitos, mas nenhum maior que ele.

A decisão em 2010 vai ser entre permanecer BRASIL, ou virar BRAZIL. Obama pode até não ajudar o governador da Califórnia, mas vai jogar uma grana pesada para eleger Serra.


Laerte Braga, jornalista, colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz

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domingo, 13 de dezembro de 2009

Obama e o Nobel da Paz

O NOBEL DO TERRORISMO

Laerte Braga

Há anos atrás as redes de televisão no Brasil (e em muitos outros países, Hollywood mesmo) contratavam atores brancos para interpretar papéis de negros. Um creme escurecendo o rosto e as demais partes do corpo transformava o branco em negro. Um ou outro ator conseguia escapar ao racismo explícito dos chamados meios de entretenimento.

No Brasil, Grande Otelo (Sebastião Prata), um dos maiores atores da nossa história, foi um dos que conseguiu abrir seu caminho sem necessidade de cremes, sendo negro, mas mesmo assim enfrentando diversas situações constrangedoras, como várias vezes ele próprio confessou. Orson Welles, diretor de um dos maiores filmes (muitos acham o maior de todos) de todos os tempos, CIDADÃO KANE, considerava Otelo um gênio sob todos os aspectos.

Essa barreira foi sendo rompida lentamente e não pela bondade dos brancos, mas por conta da luta dos negros. E continua sendo uma luta que não terminou. O racismo em determinado momento de nossa história era tão explícito que, ainda na revista O CRUZEIRO (a maior da América Latina, semanal e edição em três línguas, cinco milhões de exemplares por semana -- VEJA nem sonha com isso), o extraordinário jornalista Millôr Fernandes afirmou que “no Brasil não temos racismo, aqui o negro conhece seu lugar”.

Os primeiros papéis atribuídos a atores e atrizes negros eram de empregados domésticos, uma ponta aqui e ali de engraxate, ou escravos, nas muitas novelas de época que rolaram e rolam pelas redes de tevê.

A História do Brasil está repleta de heróis negros. Não são necessariamente aqueles escravos cuja alforria foi assegurada se participassem do massacre imposto ao povo paraguaio naquilo que chamam Guerra do Paraguai. Eram a bucha do canhão para enfrentar a resistência heróica e determinada dos guaranis. Falo de outros, Zumbi dos Palmares.

O prêmio Nobel da Paz foi instituído por Alfred Nobel, inventor da dinamite. À época Noruega e Suécia formavam um só país, podemos dizer assim e a Noruega ficou encarregada de escolher anualmente alguém que tendo contribuído para a paz mundial, atribuir-lhe o prêmio. Diploma, medalha e uma determinada quantia em dinheiro.

É inegável que em alguns momentos os encarregados da escolha do prêmio Nobel da Paz o fizeram de forma correta. Os que escolhem são figuras previamente determinadas no próprio regulamento, e isso acaba refletindo a conjuntura política norueguesa. Num ano Adolfo Perez Esquivel, noutro um assassino padrão Theodore Roosevelt, presidente dos EUA e responsável pela política que ficou conhecida a partir de uma frase sua – “big stick”, ou grande porrete –. Esse era aplicado aos países da América Central que ousassem desafiar o poder democrático, cristão e ocidental dos norte-americanos.


O bispo católico Desmond Tutu, escolhido por sua luta contra a política segregacionista em seu país, a África do Sul, e que hoje recomendou que se continue a manifestar contra os predadores ambientais reunidos em Copenhague na Dinamarca, interessados em manter seus privilégios de nações ricas às custas das nações pobres.

Menachem Beghin, segundo o físico Albert Einstein, era um terrorista sem entranhas, assassino de várias pessoas na região da Palestina (onde seus sequazes continuam no governo e assassinando impunemente) foi um dos premiados. Henry Kissinger, que foi um dos inspiradores do diretor Stanley Kulbrick no filme O DOUTOR FANTÁSTICO. Um alemão que escapa da débâcle do nazismo e vai para os EUA onde ajuda a construir a bomba atômica, tanto quanto noutra ponta, a implantar políticas de guerras contra povos com o vietnamita. Kissinger foi agraciado junto com Le Duc Tho, negociador norte-vietnamita e que recusou o prêmio por não ver razão para tal, dividi-lo com um secretário do governo que despejou toneladas de armas químicas sobre seu povo numa agressão típica dos norte-americanos. Boçal, terrorista e insana.

Mas, como todas, lucrativas e em nome de Deus, da paz e toda essa parafernália que William Bonner usa para perguntar se abóboras querem bom dia.

Barack Obama é só alguém que tem a pele negra, mas o pensamento ariano/branco, no que isso significa o toque da Sétima Cavalaria do general Custer (um dos primeiros boçais a ganhar notoriedade matando índios nos EUA). Ao contrário dos atores brancos que usavam um creme para ficar negro, é um avanço “tecnológico”. Já traz a pele negra, mas pensa e age como branco escravagista, bárbaro, sanguinário, isso num tempo em que se pode transformar cretinos como José Jânio Serra em sabão em pó que lava tudo e tira manchas.

Morreu essa semana que termina o ex-ministro da Saúde Jamil Haddad. Foi o criador e o responsável pelos primeiros passos na implantação da política de remédios genéricos, produto de proposta sua. Mentiroso e acoitado por jornalistas padrão Juca Kfouri, Serra diz que foi ele.

Há um monte de Obamas por aí. Ao receber o laurel, o prêmio Nobel da Paz por seus “esforços” pela diplomacia como instrumento de solução dos problemas mundiais, Obama apenas foi lá buscar o diploma, a medalha e a dotação a que tem direito, tendo pago o dobro, pelo menos, levando em conta a formação atual do comitê que escolhe o prêmio Nobel da Paz. Nesse momento um comitê venal.

Falou da necessidade da guerra em seu discurso. Tentou justificar a guerra. Lato sensu um terrorista. Disfarçado em cervejeiro.

Está enviando mais 30 mil homens ao Afeganistão para “terminar o serviço”. Terminar o serviço na linguagem dessa gente, de qualquer quadrilha, significa eliminar quem conseguiu escapar da primeira sortida, assim que nem o Massacre do dia São Valentim.

É um escárnio, um deboche, num mundo em que as nações ricas se eximem de responsabilidades pelos crimes ambientais que cometem e como disse o delegado chinês na conferência de Copenhague, “a posição dos Estados Unidos parece a daquele cidadão que vai a um restaurante janta e bebe, e o outro, que chegou só à hora da sobremesa, tem que dividir a conta inteira”. Ou, como frisou, “irresponsável”.

Cerca de 400 pessoas foram presas na civilizada Dinamarca, onde numa região os jovens se mostram homens assassinando golfinhos num banho de sangue típico de brancos colonizadores. Boçais pura e simplesmente.

Protestavam contra a irresponsabilidade dos governantes de grandes e muitas pequenas potências em relação ao meio-ambiente.

Aqui no Brasil deputados do DEM, partido do governador José Roberto Arruda (o que ia ser vice de José Jânio Serra), atolado em corrupção até a alma (ou como disse o deputado Alberto Fraga justificando seu voto a favor de Arruda no partido, “aqui somos todos iguais”), pegaram um avião com dinheiro público e foram para o Chile, onde amanhã elegem um novo presidente. Estão alinhados com a direita de lá, o grupo de Pinochet. Iguais quer dizer corruptos e isso também, fascistas.

Um jovem de nome José Ricardo Fonseca, com seu pai, seus familiares, foi a uma passeata protestar contra o governo Arruda, a corrupção generalizada de DEM e PSDB.

No Brasil existe uma anomalia dos tempos dos coronéis (e em alguns outros lugares também). A tal Polícia Militar. Polícia, em sua essência, em sua razão de ser é uma instituição civil. Aqui não. Um bando de torturadores, assassinos, em nome da lei, com todas as garantias, inclusive de foro privilegiado, arvora em “teje preso”, na boçalidade da farsa democrática.

Ricardo foi espancado, torturado e preso num ataque de fúria de um desses boçais, o coronel Silva Filho (a patente define) e ameaçado de assassinato por um sargento de nome Cássio, já na viatura, se falasse alguma coisa.

Estava protestando contra a corrupção DEMOTUCANA e seu pai Rubem Fonseca Filho protestou contra a barbárie em matéria publicada no CORREIO BRAZILIENSE sob o título “o primeiro punido”. O corrupto está livre e comanda essa tal de PM.

Tudo isso em tempos de Nobel da Paz para o terrorista branco disfarçado de negro Barack Obama, dos 41 anos do Ato Institucional V baixado pela ditadura militar (de assassinos e torturadores no Brasil) e da degradação geral do meio-ambiente em nome do capitalismo, da cristandade, da democracia, com as bênçãos do arcebispo de Mariana, do cardeal de Honduras e do papa do pequeno Reich do Vaticano.

Vem aí a OPUS DEI. Versão cristã da Al Qaeda.

A paz de Obama.

Sete bases militares na Colômbia, associação explicita com o governo narcotraficante de Álvaro Uribe, bombardeios contra civis no Afeganistão, golpe em Honduras, saque do petróleo iraquiano (boa parte das relíquias de um dos maiores museus do mundo, em tamanho e importância, o Museu de Bagdá, foram levadas para New York depois da invasão “libertadora”).

Na próxima edição do Nobel devem reparar uma injustiça. Premiar Hitler post mortem, do contrário fica faltando um nesse time, a despeito dos muitos justamente agraciados.


Bento XVI em nome da juventude hitlerista vai lá representá-lo. Obama fica assentado na primeira fila rezando o terço. E Marcelo Rossi monta barraca na entrada para vender seus CDs. Faz dueto com Edir Macedo e o casal do Renascer.

O Nobel do Terrorismo tem todos esses e mais alguns braços.

Falta contar a história dos covardes da comissão que escolhe o Nobel da Paz à época da decisão de premiar o arcebispo brasileiro Hélder Câmara. Silenciaram no tal de esforço diplomático para a paz. Esforço diplomático para a paz dessa gente é porrete. Nixon foi lá e ajeitou tudo com algumas malas de dólares.


Laerte braga, jornalista, colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz

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sábado, 12 de dezembro de 2009

Vá tomar no Twitter!

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Por que o Twitter é de direita

Mauro Carrara

Raras vezes o revés se exibiu tão instrutivo. E o senador Mercadante, do partido mudo, merece gratidão por nos oferecer incrível lição de como torrar a própria imagem diante da opinião pública.

Depois da tarde das garrafadas invisíveis, em que a bancada do partido mudo quis converter-se em madame girondina, Mercadante utilizou-se do microblog Twitter para anunciar, em caráter irrevogável, sua renúncia à liderança do PM na Câmara Alta.

O sol deitou, voltou, deitou e Mercadante resolveu pisar atrás, anunciando, pelo mesmo Twitter, sua desistência de desistir.

E uma onda de indignação hipócrita e seletiva passou como tsunami sobre a praia governista. Foram muitas as vítimas. Estava posta a carniça aos abutres. Folha de S. Paulo e Estadão, por exemplo, lambuzaram-se das tripas do bigodudo parlamentar.

Do episódio neodantesco, ficaram três lições: 1) O partido mudo não sabe o que é o Twitter; 2) Os parlamentares do partido mudo utilizam essa e outras ferramentas de maneira imprópria e irresponsável; 3) A direita nada de braçada nessa lagoa da comunicação interativa.

Deu pena do incauto Mercadante. O tal perfil da Juventude do DEM, a mesma que utilizou o Twitter para engrossar o coro de “Fora Sarney”, divertiu-se à vontade em cantigas de maldizer, levantando hordas de playboys para espezinhar o pobre líder mudista.

O meio é a mensagem

Assisti a uma palestra de Marshall McLuhan há uns 5 mil anos, na Universidade de Wisconsin, numa época em que meu Inglês não era lá essas coisas.

Mas peguei o básico, sem grandes problemas.

Neste momento, vem à memória o trecho da preleção em que o canadense falava sobre sua teoria de que “o meio é a mensagem”, conceito que na época eu não compreendia muito bem, e continuei sem compreender.

Agora, contudo, tudo faz muito sentido.

Mercadante e o partido mudo nem desconfiam do impacto sensorial das novas mídias. Presos à ideologia e ao conteudismo, não percebem que os meios de comunicação se constituem em extensões humanas, nas tais próteses técnicas capazes de determinar padrões de comportamento e reconstruir discursos.

O Twitter é exemplo claro da importância do meio na conformação da conduta do usuário.

Mais do que o Orkut, por exemplo, que é sucesso entre os brasileiros de todas as classes sociais, o Twitter tem em sua engenharia interna a inspiração do modelo personalista.

Serve, portanto, de modo perfeito, à construção de púlpitos para gurus. É da pessoa e não do tema, estabelece uma hierarquização no tráfego de informação e copia os modelos verticais de gestão corporativa.

O Orkut, por exemplo, é campo aberto de batalha e debate. Ali, os famosos e poderosos têm medo de se expor. Equivale a se apresentarem no meio da multidão, em praça pública.

Por conta das características do meio orkutiano, as pequenas legiões leonídeas da esquerda organizada destroçam facilmente as gordas falanges do mainardismo virtual.

O Twitter, ao contrário, enfatiza o emissor e exclui o intercâmbio dinâmico de ideias. Não há corpo a corpo e, por conta das condições do campo de batalha, a quantidade pode vencer a qualidade.

Vale dizer que o Twitter funciona no campo da comunicação declaratória. Não trabalha com base na argumentação e na exposição racional do pensamento.

No Twitter, as personalidades têm o que o sistema chama de “seguidores”, característica que fortalece um padrão de falsa interação.

Um tema dromológico

Cada tweet (mensagem) tem que se limitar a 140 caracteres. Assim é a coisa.

É fácil pedir “Fora Sarney” nessa tecladas mínimas. Mas é difícil explicar que o presidente do Senado está por aí há 45 anos, que a bronca tucana é oportunista, que Arthur Virgílio é um bandalho e que o movimento midiático faz parte de um projeto de desestabilização do governo Lula.

O Twitter é ótimo para gritar e exigir cabeças. É péssima ferramenta para qualquer advogado.

Curiosamente, o Twitter no Brasil é utilizado majoritariamente por homens paulistas e cariocas, na faixa de 20 a 30 anos, a maior parte deles com ensino superior. A agência Bullet, que coletou os dados, mostra que 60% dos twitteiros são considerados formadores de opinião.

No total, 51% dos usuários valorizam os tais perfis corporativos.

Cabe destacar que o Twittter se casa perfeitamente com o modelo de comunicação veloz da juventude. É um SMS da Internet.

A informação é rala e muitas vezes codificada. O importante é estar “em contato”, integrado, saber um pouco, talvez quase nada, mas de muitos. Também é preciso mostrar-se vivo, disparando a mensagem, mesmo que irrefletida.

O Twitter faz parte do arsenal das bombas informáticas, às quais faz referência o filósofo Paul Virílio, pessimista mas sabido.

Como instrumento de controle e alienação, a ferramenta já se converteu em arma poderosa do que se convencionou chamar de “direita”, considerado aí o termo conforme a brilhante conceituação de Norberto Bobbio.

Em seus estudos, Virílio alerta para a supervalorização da velocidade na sociedade tecnológica contemporânea. Segundo ele, perdemos o valor mediador da ação em benefício da interação imediata.

O pensador, que bem avaliou os elementos simbólicos da guerra, afirma que a velocidade divinizada reduz drasticamente o poder de atuação racional e estabelece uma conduta de reação, muitas vezes automatizada.

Por isso, o Twitter tem menos interesse no pensamento estruturado que no jogo rápido das reações. Assim, vem sendo utilizado com sucesso no fortalecimento de marcas, agregando “seguidores” por categorias definidas pelos profissionais de marketing.

Razões éticas ou morais podem afastar as esquerdas do Twitter. A esquerda não se contenta (e não sabe se contentar) com 140 caracteres e historicamente não tem gosto pela velocidade.

Os esquerdistas de raiz libertária, em especial, valorizam a dialética e a comunicação multidirecional, em que a igualdade de direitos faz emissores e receptores trocarem de lugar a cada passo da valsa.

O partido mudo e alguns setores decrépitos da esquerda são casos à parte. Praticam, há tempos, certo neoludismo fanático e tolo. Noutras ocasiões, a inépcia marca o uso das novas armas-meio.

Como já estive por aqueles lados, posso assegurar que os vietnamitas não se valeram apenas de zarabatanas e armadilhas de caça para vencer a maior potência bélica do mundo.

O Twitter é de direita, hoje. Mas não precisa ser para sempre.

http://www.novae.inf.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=1370

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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Fidel: "As nações mais ricas tentarão jogar sobre as mais pobres o peso da carga para salvar a espécie humana"

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Por que Obama aceitou o Prêmio Nobel da Paz quando já tinha decidido levar até as últimas conseqüências a guerra no Afeganistão? Obama não era obrigado atuar cinicamente.

Reflexões do companheiro Fidel

Nos últimos parágrafos de uma Reflexão intitulada “Os sinos dobram pelo dólar”, redigida há dois meses, no dia 9 de outubro de 2009, fiz referência ao problema da mudança climática aonde o capitalismo imperialista tem conduzido a humanidade.

“Os Estados Unidos — disse, fazendo alusão às emissões de carbono — não fazem nenhum esforço real. Só aceitam 4% de redução com respeito ao ano 1990”. Nesse momento os cientistas exigiam um mínimo que flutuava entre 25 e 40% para o ano 2020.

Acrescentei logo: Hoje sexta-feira 9, de manhã, o mundo acordou com a notícia de que “o Obama bom” do enigma, explicado pelo Presidente Bolivariano Hugo Chávez nas Nações Unidas, recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Nem sempre compartilho as opiniões dessa instituição, mas estou obrigado a reconhecer que nestes instantes foi, segundo a minha opinião, uma medida positiva. Compensa o revés que sofreu Obama em Copenhague ao ser eleita Rio de Janeiro e não Chicago sede das Olimpíadas de 2016, o que provocou irados ataques de seus adversários de extrema direita.

“Muitos serão da opinião de que não ganhou ainda o direito a receber essa distinção. Desejamos ver na decisão, mais do que um prêmio ao Presidente dos Estados Unidos, uma crítica à política criminosa que seguiram não poucos presidentes desse país, os quais conduziram o mundo à encruzilhada onde hoje se encontra; uma exortação à paz e à busca de soluções que conduzam à sobrevivência da espécie.

Era óbvio que observava cuidadosamente o Presidente negro eleito num país racista que sofria profunda crise econômica, sem prejulgá-lo por algumas das suas declarações de campanha e sua condição de chefe do executivo ianque.

Após quase um mês, noutra Reflexão que intitulei “Uma história de ficção científica”, escrevi o seguinte:

“O povo norte-americano não é culpável, senão vítima de um sistema insustentável e o que é pior ainda: incompatível já com a vida da humanidade”

“O Obama inteligente e rebelde que sofreu a humilhação e o racismo durante a infância e a juventude o percebe, mas o Obama educado e engajado com o sistema e com os métodos que o levaram à Presidência dos Estados Unidos não pode resistir a tentação de pressionar, ameaçar, e inclusive enganar os outros.”

A seguir acrescento: “É obsessivo em seu trabalho; talvez nenhum outro Presidente dos Estados Unidos seria capaz de se engajar num programa tão intenso como o que se propõe levar à cabo nos próximos oitos dias”.

Nessa Reflexão, como pode ser observado, eu faço a análise da complexidade e das contradições de seu longo percurso pelo Sudeste asiático e pergunto:

“O que pensa abordar nosso ilustre amigo na intensa viagem?” Seus assessores tinham declarado que falaria de tudo com a China, a Rússia, o Japão, a Coréia do Sul, et cetera, et cetera.

Já é evidente que Obama preparava o terreno para o discurso que pronunciou em West Point no dia 1 de dezembro de 2009. Esse dia empregou-se a fundo. Elaborou e ordenou cuidadosamente 169 frases destinadas a tocar cada uma das “teclas” que lhe interessavam, para conseguir que a sociedade norte-americana o apoiasse numa estratégia de guerra. Adotou posições que fizeram com que empalidecessem as Catilinárias de Cícero. Esse dia eu tive a impressão que escutava a George W. Bush; seus argumentos não diferiam em nada da filosofia de seu antecessor, salvo por uma folha de parra: Obama opunha-se às torturas.

O principal chefe da organização à qual é atribuído o ato terrorista de 11 de Setembro foi recrutado e treinado pela Agência Central de Inteligência para combater as tropas soviéticas e nem sequer era afegão.

As opiniões de Cuba condenando aquele fato e outras medidas adicionais foram proclamadas esse mesmo dia. Também advertimos que a guerra não era o caminho para lutar contra o terrorismo.

A organização do Talibã, que significa estudante, surgiu das forças afegãs que lutavam contra a URSS e não eram inimigas dos Estados Unidos. Uma análise honesta conduziria à verdadeira história dos fatos que originaram essa guerra.

Hoje não são os soldados soviéticos, senão as tropas dos Estados Unidos e da NATO as quais a sangue e fogo ocupam esse país. A política que é oferecida ao povo dos Estados Unidos pela nova administração é a mesma de Bush, quem ordenou a invasão do Iraque, que nada tinha a ver com o ataque às Torres Gêmeas.

O Presidente dos Estados Unidos não diz uma palavra a respeito das centenas de milhares de pessoas, incluídas crianças e idosos inocentes, que tem morrido no Iraque e no Afeganistão e os milhões de iraquianos e afegãos que sofrem as conseqüências da guerra, sem nenhuma responsabilidade com os fatos que aconteceram em Nova Iorque. A frase com a qual conclui seu discurso: “Deus abençoe os Estados Unidos”, mais do que um desejo, parecia uma ordem dada ao céu.

Por que Obama aceitou o Prêmio Nobel da Paz quando já tinha decidido levar até as últimas conseqüências a guerra no Afeganistão? Obama não era obrigado atuar cinicamente.

Depois anunciou que receberia o Prêmio no dia 11 na capital de Noruega e viajaria a Cimeira de Copenhague no dia 18.

Agora há que esperar outro discurso teatral em Oslo, um novo compêndio de frases que ocultam a existência real de uma superpotência imperial com centenas de bases militares espalhadas pelo mundo, duzentos anos de intervenções militares em nosso hemisfério, e mais de um século de ações criminosas em países como o Vietnã, o Laos ou outros da Ásia, da África, do Oriente Médio, dos Bálcãs e em qualquer parte do mundo.

Agora o problema de Obama e de seus aliados mais ricos, é que o planeta que dominam com punho de ferro se desfaz em suas mãos.

É bem conhecido o crime cometido por Bush contra a humanidade ao não reconhecer o Protocolo de Kyoto e não fazer durante 10 anos o que deveu ter sido feito desde muito antes. Obama não é ignorante; conhece mesmo como conhecia Gore, o grave perigo que ameaça todos, mas vacila e mostra-se débil perante a oligarquia irresponsável e cega desse país. Não atua como Lincoln, para resolver o problema da escravidão e manter a integridade nacional em 1861, ou como Roosevelt, perante a crise econômica e o fascismo. Na terça-feira atirou uma tímida pedra nas agitadas águas da opinião internacional: a administradora da EPA (Agência de Proteção Ambiental) Lisa Jackson, declarou que as ameaças para a saúde pública e o bem-estar do povo dos Estados Unidos que significa o aquecimento global, permitem a Obama adotar medidas sem contar com o Congresso.

Nenhuma das guerras que têm tido lugar na história, significam um perigo maior.

As nações mais ricas tentarão jogar sobre as mais pobres o peso da carga para salvar a espécie humana. Deve ser exigido aos mais ricos o máximo de sacrifício, a máxima racionalidade no uso dos recursos, a máxima justiça para a espécie humana.

É possível que, em Copenhague, o mais que possa ser conseguido seja um mínimo de tempo para atingir um acordo vinculador que sirva realmente para buscar soluções. Se isso é conseguido, a Cimeira significaria pelo menos, um modesto avanço.

Vamos ver o que acontece!


Fidel Castro Ruz
Dezembro 9 de 2009

Agência Cubana de Notícias
http://www.cubanoticias.ain.cu/
ainportugues@ain.cu



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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O destino do Brasil é ser para sempre os EUA de antigamente?

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A reprimarização da América Latina


A perda de importância do sector manufactureiro no México não pode ser entendida sem uma referência ao processo do que se começou a designar por "reprimarização" da América Latina. Este feio neologismo serve para referir a importância que os sectores primários da economia recuperaram nos últimos vinte ou trinta anos. Estes sectores primários são o grupo de ramos de actividade encarregadas da produção de matérias primas, produtos básicos (as commodities) e os bens intermédios pouco elaborados. É desejável incluir nessa classificação a indústria maquiladora.

O principal indicador que confirma a hipótese da reprimarização está na perda de importância da indústria manufactureira no produto interno bruto (PIB) da região. Aqui os dados são contundentes e mostram como o projecto de industrialização está em franco retrocesso, a tal grau que é possível afirmar que se abandonou. Para toda a região, a participação do sector manufactureiro no PIB caiu de 12,7 por cento para 6,4 por cento em média entre os anos 1970-1974 e 2002-2006, respectivamente.

O caso mais espectacular da reprimarização e desindustrialização é a Argentina: a participação das manufacturas no PIB caiu de 43,5 a 27 por cento nesse período. Uma queda parecida foi sofrida pelo Equador, onde as manufacturas passaram de 19 por cento a 10 por cento do PIB nesse período.

Para o Brasil, a queda parece menos dramática: as manufacturas passaram de 28 para 24,8 por cento do PIB nesse período. Mas há que observar que o nível brasileiro de industrialização era menor que o da Argentina. De qualquer modo, hoje fala-se muito do Brasil como um gigante cuja economia está cimentada na indústria manufactureira. Nada mais longe da realidade. O que sim se pode dizer é que o Brasil poderia, com uma política industrial cuidadosa, recuperar a importância que tinha o seu sector manufactureiro e até superá-la. Mas esse caminho não será fácil porque as forças que impulsionam a reprimarização não vão facilitar o investimento produtivo nas manufacturas.

As economias que mostram uma tendência diferente (aumento na participação das manufacturas no PIB) foram receptoras das maquiladoras: México, El Salvador, Honduras e Costa Rica. Mas não há que deixar-se enganar: a maquiladora não corresponde a um processo de industrialização. É simplesmente uma forma de se integrar na economia mundial através da exportação de mão de obra barata. Ou, em outras palavras, é outra forma de reprimarização.

A queda de 50 por cento no peso das manufacturas no PIB regional é acompanhada da destruição de capital produtivo e de capacidades humanas que são de muito difícil recuperação. Esse retrocesso é equivalente ao que é sofrido numa guerra económica sem quartel. De uma perspectiva histórica há que recordar que a América Latina pôde começar a sair de um modelo primário exportador e começar a descobrir o que era uma plataforma industrial através da sua estratégia de substituição de importações. Nessa tentativa, entre 1950 e 1973, a região no seu conjunto experimentou uma taxa de crescimento do PIB per capita de 2,5 por cento. Em contraste, entre 1973 e 2001, o PIB per capita cresce apenas uns imperceptíveis 0,75 por cento anuais.

Hoje a América Latina está a cair nos mesmos vícios do modelo primário exportador que com tanto empenho tratou de deixar para atrás nos anos do pós-guerra. Os dados mostram como nos últimos 10 anos as exportações da América Latina se concentraram nas matérias primas e nos produtos pouco elaborados.

A reprimarização conduz a um crescimento medíocre, se não à estagnação. A razão é que os sectores primários têm poucos vínculos com o resto da economia e isso impede que transmitam impulsos dinâmicos ao sistema. Além disso, os sectores primários são de escasso valor acrescentado e com remunerações do trabalho inferiores aos das manufacturas. Estes sectores sofrem mais a volatilidade dos preços e a deterioração dos termos de troca. Finalmente, com a reprimarização, a América Latina está a colocar maior pressão sobre a sua base de recursos naturais, intensificando a desflorestação, a perda de biodiversidade, a degradação de solos e, em geral, provocando uma maior deterioração ambiental.

Poder-se-ia pensar que a reprimarização se deve a que a região está a redescobrir as suas vantagens comparativas. Esse ponto de vista é falso. A reprimarização é a consequência directa de um modelo de política macro-económica que procura privilegiar o capital financeiro. Neste modelo, as políticas monetária e fiscal estão organizadas para transferir recursos dos sectores reais da economia para o sector financeiro. Para esse modelo (neoliberal) a base de recursos naturais e a mão de obra barata constituem espaços de rentabilidade que devem ser aproveitados sob as modalidades que são próprias do capital financeiro. O corolário: se quisermos reverter o processo de reprimarização, é necessário mudar o modelo de política macro-económica.

Fonte: Informação Alternativa

http://www.socialismo.org.br/portal/economia-e-infra-estrutura/101-artigo/1292-a-reprimarizacao-da-america-latina

http://port.pravda.ru/mundo/28448-1/


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sábado, 5 de dezembro de 2009

Obama, os truques do "negro de alma branca"

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THE LEVEL OBAMA – GOOD BOY BO

Laerte Braga

Segundo a rede CNN a popularidade do presidente Barack Obama caiu a níveis inferiores a 50%. Nos Estados Unidos, tirando New York e Chicago, vida inteligente é difícil. Em Miami e Los Angeles, por exemplo, é possível encontrar pessoas pelas ruas tugindo, mugindo, ou então urrando, a começar pelo governador da Califórnia Arnold Alois Schwarzenegger. Isso quando não estão balindo. O governador, quando jovem e saiu de sua terra Natal para a redenção na América, comprou o manual de Charles Atlas.

http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL1404050-6174,00-CACHORRO+DA+FAMILIA+OBAMA+GANHA+BLOG+E+TWITTER+EXTRAOFICIAIS.html

O endereço acima é o do twitter de BO, o cãozinho da família Obama. É atualizado diariamente, traz os pensamentos e opiniões de BO. No dia de Ação de Graças, por exemplo, BO foi acordado com Sasha com um beijo, um abraço e a declaração “eu amo você”. Registrou que não se cansa nunca de ouvir esse tipo de confissão e por isso lambeu-lhe o rosto.

Sugiro BO para o lugar de Obama.

A bem da verdade, em alguns cantos de Los Angeles, Hollywood, tanto existe essa indústria da máquina de fabricar abóboras como resquícios de vida inteligente, dos tempos de Billy Wilder, por exemplo.

Miami não tem jeito. Elegeu um Bush governador, saiu de lá a fraude que “elegeu” outro Bush presidente e pior, virou modelo de exportação. A Barra da Tijuca no Rio de Janeiro, antiga Cidade Maravilhosa (ninguém sobrevive a César Maia, Rodrigo Maia, Garotinho, etc), é cópia escarrada de Miami. As pessoas costumam levar cachorrinhos ao cabeleireiro em helicópteros para que os coitados não sofram com o stress do trânsito. Vai levar tempo ainda, mas estão aprendendo a andar de quatro para os males da coluna. Fazem exercícios diários em shoppings.

Nixon quando perdeu as eleições para Kennedy em 1960 foi tentar ser governador da Califórnia. Não conseguiu. Não percebeu que para ser governador do estado era necessário ser um estúpido e isso ele não era. Tramp, sim, vigarista de primeira linha, mas faltava a estupidez. O atual governador reúne as duas “virtudes”, como antes Ronald Reagan. Governou a Califórnia e os EUA.

Schwarzenegger não vira presidente por um impedimento constitucional. É americano naturalizado, tem green card, não é nativo.

Seria interessante que BO desse uma coletiva na Cervejaria Casa Branca para expor seus pensamentos e pontos de vista sobre, por exemplo, a enrolação que chamam de acordo em Honduras e terminou na eleição de um representante da OPUS DEI (organização terrorista/católica, à qual pertencia Francisco Franco, ditador espanhol, e pertence o atual papa, Bento XVI).

Ficção ou não, a OPUS DEI é retratada em seu inteiro teor boçal no livro e no filme O CÓDIGO DA VINCI. E quando me refiro a ficção falo do livro e do filme, não da OPUS DEI. Está lá o cardeal hondurenho rezando Heil Hiltler desde o golpe de julho. Tentaram rezar na Venezuela, não deu certo.

Abençoa torturadores, militares estupradores, esse tipo de gente piedosa e subalterna a Washington.

O grande receio de Woody Allen em filmar fora de New York é exatamente ser vitima de alguma armadilha da CIA e acabar sendo cooptado pelo espírito de Los Angeles ou de Miami. Preferiu Barcelona, tinha a garantia de segurança absoluta e acabou fazendo um belo filme, como todos os que faz. Num dos seus filmes revela o inteiro teor mamãe olha eu aqui de Los Angeles.

Valeria a pena ouvir BO sobre os 30 mil homens (eram 40 mil, por medida de economia Obama cortou 10 mil) enviados ao Afeganistão para “terminar o serviço”. BO é um “cão d’água português”, e afegãos, na avaliação dos cervejeiros de agora ou antes na Casa Branca, são “cães sarnentos” que não conhecem sequer catchup.

Marilyn Monroe usou muito para subir na carreira e, num determinado momento, já estrela, confessou isso de público. Marlene Dietrich, alemã, foi clara. “É mania de americano, e quem usa não come nada, só catchup mata o gosto de tudo”.

Você acha o dito cujo catchup em todos os cantos do mundo e acondicionado em pacotinhos bonitinhos e ordinários.

Quando perdeu as eleições para governador da Califórnia, em 1964 ao que me lembre, Nixon percebeu que seria mais fácil dar a volta por cima sendo candidato a presidente em 1968. O outro candidato, Hubert Humphrey, vice de Johnson era um sujeito inteligente, sinal que só ganharia em New York e Chicago, um ou outro lugar, mas assim mesmo por acidente de percurso. Foi barbada e foi por aí que Richard Milhous Nixon morto politicamente ressuscitou.

John Kennedy estava morto, Robert também e Edward havia se enrolado numa confusão com a secretária, isso nos EUA dá “perda de eleição”. No Brasil termina nas páginas amarelas de VEJA (desde que se pague o preço cobrado como o fez José Roberto Arruda), ou então na PLAYBOY.

Se for como a secretária de Marcus Valério, nem naquelas historinhas antigas de Zéfiro. No máximo consegue um mandato de vereador, coisa assim.

Imagino que BO deve ter opiniões sobre o Irã. Não tem importância que não faça a mínima idéia do que seja a Revolução Popular Islâmica, mas é preciso ter opiniões e estar com a paciência prestes a se esgotar com o presidente Ahmadinejad, em nome do american way of life.

Poderia conversar com o peru perdoado por Obama, o CORAGEM, avaliar a situação e emitir um conceito que pelo menos permita a Obama (El Blanquito, mas para os golpistas hodurenhos é El Negrito mesmo) a tentar sair dos índices negativos nas pesquisas.

Acender a árvore de Natal da Casa Branca não foi o suficiente para dar um pulo no IBOPE de lá.

Duvido que BO pergunte em seu twitter se alguém quer um bom dia e peça que digam “eu”, os que assim o desejam, mesmo porque não tem aquele dilema “bonneriano” sobre qual gravata usar para as mentiras de cada dia no JORNAL dito NACIONAL.

Eu, se fosse Obama, incluiria BO no desjejum matinal. É quando recebe os assessores imediatos, as notícias do dia. As avaliações sobre desempenho, sobre atos do governo, lê jornais, essas tarefas inglórias de quem se sacrifica pela “pátria”.

Ia ter um problema, contratar também o editor do twitter de BO, o que interpreta os pensamentos e opiniões do cão d’água português. Dizem que o tal twitter é extra-oficial e ninguém conhece quem o faz. Bobagem. É só achar o primeiro marqueteiro que estiver de bobeira na Cervejaria e está liquidado o assunto.

Se as opiniões de BO forem um tanto disparatadas em relação ao senso patriótico dos norte-americanos, enfurecer Dick Chaney e o senador John McCain, paciência, não se pode agradar a todos ao mesmo tempo.

E ainda bem que BO é um cão d’água português, não nasceu na Califórnia e nem na Flórida, especificamente em Miami, imagino que seja assim, do contrário vai ser um desastre absoluto. Não custa tentar.

Vai ser de grande utilidade no país onde o esporte preferido é tiro ao alvo humano em bases militares, em escolas, em escritórios, nas ruas, ou então em “seres inferiores” como palestinos, afegãos, iraquianos, colombianos, latinos de um modo geral. Pode explicar esse fenômeno da “liberdade e da democracia”, ou então melhorar a mira.

E garantir a Israel o direito de “legitima defesa”.

Calígula não nomeou seu cavalo Incitatus para o Senado? Ora, onde John McCain é senador não faria a menor diferença BO ser Secretário de Estado, por exemplo. Kissinger já foi... Até Gerald Ford foi presidente da República… Nem quero falar de Bush, pai, filho ou irmão. E nem vou meter Ariel Sharon no meio, é pré-primata.

Esses são texanos e no Texas só conhecem petróleo, ainda não inventaram a roda ou um meio de comunicação além de bang-bang. Mas já descobriram que um osso de um inimigo abatido na luta pela posse da água pode ser transformado em um stick mortal.

Roubar água dos outros é com Israel.

Kulbrick, num plano mais geral mostrou isso no incrível “2001, uma Odisséia no Espaço”.

Quem sabe Bo ensina a Obama aquela canção que Hal começa a cantar assim que começa também a ser desativado.

Caso a taça quebre no final e o cara esteja em Júpiter, tudo bem. Não vai ser a primeira vez, entra um bebê para começar tudo de novo.

Um jogo de hóquei no gelo resolve todas as pendências. Só do joelho para cima e não vale tirar sangue. Só se for aquele sangue verde dos jogos de vídeo game, igualzinho ao que se vê na tela dos bombardeios que despejam bombas numa cerimônia de casamento (nada a ver com Altman) para eliminar terroristas e depois explica que “foi um lamentável engano”.

Chamem BO antes que seja tarde. O level Obama é para iniciantes, por isso pior que elefante em loja de louças. Está quebrando tudo e sendo devorado que nem mingau quente, do jeito que mineiro faz, pelas beiradas.

Nem que Walt Disney fosse vivo e tentasse um Pateta II. Pateta era ingênuo, mas decente. Não era mentiroso e tampouco um cínico.


Obama lembra Nixon. No debate final com Kennedy em 1960 a maquiagem derreteu com o calor do estúdio e deu a impressão de cansaço, de desânimo. Foi decisivo o fato segundo alguns especialistas nessas bobagens televisivas, mas que acabam definindo a vida de mortais comuns, os que pagam.

A graxa negra que Obama passou para fingir-se negro está derretendo e o branco ariano do novo Reich começa a ficar visível.

Dizzie Gillespie era mais autêntico, mesmo parecendo preconceituoso. Candidatava-se a presidente pelo Bronx, New York, lógico. O programa de governo era simples, trocar a divida externa brasileira pela mulata brasileira. A diferença fundamental é que Gillesppie produzia sons deliciosos e uma incrível harmonia nas almas das pessoas. Obama produz um som tétrico de bombas matando inocentes.

Duke Ellington, não. Outro “graxa”. Tocou na festa do branquelo Joe Frazier. Prefiro Count Basie. Tocava para Muhamad Ali. Uma pena, a música de Ellington era única.

BO is the guy


Laerte Braga, jornalista, colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

BENJAMIN AGORA INSINUA QUE LULA CONDUZ O BRASIL AO FASCISMO


BENJAMIN AGORA INSINUA QUE LULA CONDUZ O BRASIL AO FASCISMO

Celso Lungaretti (*)

A Folha de S. Paulo concedeu ao cientista político Cesar Benjamin, nesta 4ª feira (2), espaço mais do que suficiente para ele comprovar a acusação feita ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que teria sinceramente admitido em 1994 uma tentativa de estupro homossexual cometida em 1980.

Da conversa informal de 1994, só um participante se lembra bem e garante ter sido mero gracejo do Lula, recebido às gargalhadas.

Já a ocorrência do episódio em si não foi confirmada por ninguém: autoridades, carcereiros, outros prisioneiros e até a suposta vítima se dissociaram do relato de Benjamin.

Quais os procedimentos cabíveis para um homem honrado, em tais circunstâncias? Ou introduzir elementos/depoimentos que, finalmente, respaldassem a acusação lançada no vazio, ou a retirar, pedindo humildes desculpas ao injuriado.

Benjamin não fez uma coisa, nem outra.

Saiu pela tangente, implicitamente abrindo mão da acusação pessoal ao Lula, já que a substituiu por uma acusação política: "a concentração pessoal do poder, a calculada construção do culto à personalidade e a degradação da política em mitologia e espetáculo".

Sem perder a pose, acrescenta: "Em outros contextos históricos isso deu em fascismo".
Só não percebe que, neste instante, não lhe resta credibilidade nenhuma para fazer acusações políticas.

Se era esta a munição que verdadeiramente tinha contra Lula, deveria tê-la utilizado no primeiro artigo. Acusá-lo de fascista em potencial e não de estuprador malogrado.
Optou por vilificar o homem... e fracassou miseravelmente.

Agora, tudo que diga contra o político Lula estará comprometido por provir de alguém que, até prova em contrário, não passa de um caluniador.

Quanto à Folha de S. Paulo, que em vão procurou quem confirmasse a versão delirante de Benjamin, continua devendo desculpas aos leitores.

Não só por ter concedido na semana passada uma página inteira para Benjamir passar um cheque jornalístico sem fundos, como também por agora se acumpliciar com sua evidente manobra dispersiva.

Subestimando grotescamente a inteligência dos leitores, jornal e colunista se condenam à irrelevância -- que no primeiro caso está em processo, mas para o segundo já é fato consumado.


(* ) Jornalista e escritor, mantém os blogues
http://naufrago-da-utopia.blogspot.com/
http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com/

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