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28/5/2014
Armínio, em uma reunião social com o sócio George Soros, em Nova York, EUA
Por Redação, com agências internacionais - de Nova York, EUA, e São Paulo
Parceiro de Armínio Fraga neto, ex-presidente do BC e homem de confiança do presidenciável tucano, Aécio Neves (MG), o multimilionário norte-americano George Soros reconheceu, nesta quarta-feira, sua responsabilidade sobre o golpe de Estado na Ucrânia, aplicado pela ultradireita, com apoio de forças neonazistas. Fraga, que se propõe a colaborar na campanha de Neves, baseia-se na sua experiência como sócio de Soros em fundos de investimento. Soros admitiu ter contribuído com a extrema direita para a derrubada do regime democrático ucraniano e a implantação do governo de facto que assumiu em seguida.
Em entrevista à rede norte-americana de TV CNN, Soros afirmou que “uma das coisas que muitas pessoas reconhecem (sobre ele) foi o financiamento das atividades dos grupos dissidentes na Polônia e na República Checa”, o que provocou a pergunta seguinte, se ele estaria “fazendo coisas similares na Ucrânia”.
– Criei uma fundação na Ucrânia antes mesmo que o país declarasse sua independência da Rússia. Esta fundação está funcionando desde então e tem representado um papel importante nos acontecimentos atuais – revelou Soros.
No portal de internet InfoWars, reportagem publicada há alguns dias rompeu o cerco midiático em curso quanto à realidade na Ucrânia ao apontar a participação de Soros, em colaboração estreita com a Fundação Nacional para a Democracia (USAID, na sigla em inglês) – que assumiu parte das atribuições da Agência Central de Inteligência (CIA, também na sigla em inglês) – no golpe de Estado. O Instituto Republicano Internacional, a Casa da Liberdade (Freedom House) e o Instituto Albert Einstein também foram citados como cúmplices no financiamento e na derrubada de governos na Europa Oriental e na Ásia Central, logo após a dissolução da União Soviética.
Muitos dos participantes das manifestações em Kiev assumiram fazer parte de determinadas Organizações Não Governamentais (ONGs) responsáveis por treiná-los em táticas de guerrilha urbana, em numerosos cursos e conferências promovidos pela Fundação do Renascimento Internacional (IRF, em inglês), criada por Soros. A IRF, fundada e financiada pelo multimilionário, orgulha-se de ter feito “mais do que qualquer outra organização” para a “transformação democrática” da Ucrânia, afirmou.
A ação de Soros, no entanto, permitiu que ultranacionalistas passassem a controlar os serviços de segurança ucranianos, como a polícia e as forças armadas. Em abril, o secretário do Conselho de Segurança Nacional e da Defesa, Andréi Parubiy, foi acusado por testemunhas de aceitar suborno da CIA para ajudar no combate àqueles que se opõem ao governo autoproclamado. Ainda segundo o InfoWars, a operação militar de Kiev, com seu caráter violento, incluindo o incêndio na sede de um sindicato em Odesa, no qual morreram mais de 80 pessoas, também pode ser atribuído ao ativismo de George Soros e das outras organizações ligadas à IRF.
Estas mesmas ONGs foram detectadas no Brasil com um serviço semelhante àqueles prestados pela IRF à ultradireita na Ucrânia. A ONG Brazil No Corrupt seria mais uma na lista de organizações patrocinadas por organismos internacionais para a promoção de atos de vandalismo e de violência nas manifestações de rua, principalmente agora, às vésperas da Copa do Mundo, no movimento #naovaitercopa. Compete, ainda, a estas organizações, o patrocínio de páginas nas redes sociais, como a TV Revolta, entre outras, criadas para disseminar o ódio e promover a desestabilização do governo instituído, em manifestações violentas nas principais capitais do país.
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PressAA Indica
Matérias relacionadas:
16/5/2014
Por Redação, com ABr - de Brasília
As manifestações contra a Copa do Mundo, que ocorreram nesta quinta-feira em várias cidades do Brasil, ganharam repercussão internacional. O site do jornal espanhol El País traz hoje uma reportagem que diz que os protestos contra o Mundial se espalharam pelo Brasil. A publicação destaca que 50 cidades brasileiras convocaram manifestações e que, em São Paulo, os protestos foram impulsionadas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que reivindicam mais moradias. O jornal ressalta ainda o clima de tensão na cidade e que houve queima de pneus e interrupção de algumas avenidas.
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Assaz Atroz
Quarta-feira, 21 de maio de 2014
Mobilizações e Lideranças
Guilherme Boulos é o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
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No blog redecastorphoto
A terceira coisa que todos estão desesperadamente fingindo que não veem: a Ucrânia deixou de existir como país unitário e não voltará jamais a existir como tal.
O “ocidente” trabalha nesse horrendo experimento desde o final do século 16 e os objetivos do “ocidente” não mudaram.
– criar uma “Ucrânia” anti-Rússia e anti-ortodoxa controlada pelo Vaticano e pela plutocracia ocidental. POR ISSO, enquanto os EUAinvestiram 5 bilhões de dólares para “democratizar” a Ucrânia, o “ocidente” gastou muito mais durante QUATRO SÉCULOS para destruir a Rússia e subjugar o povo russo. Essa é a razão pela qual o “ocidente” está tão firme e não se move um milímetro de sua posição, já arriscando tudo, na tentativa de impedir que seu velho projeto de 400 anos venha, de vez, abaixo.
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O que me surpreendeu ao ser lançada a tradução brasileira desse livro, bem pesquisado, bem escrito e bem editado, foi o atraso de quase 10 anos no lançamento (minha edição em inglês é de 1999). Na ocasião, 2008, escrevi sobre o assunto, na Tribuna da Imprensa. Mesmo sem qualquer simpatia pelo PSDB ou pelo governo FHC, para mim estava claro que a FF, largamente citada, não era apontada ali como tendo canalizado dinheiro da CIA para grupos ou instituições no Brasil. O livro sequer levanta suspeita de que o Cebrap recebeu verbas da espionagem via FF.
A denúncia veio de alguém que fez a seguinte ilação: 1. o livro diz que a Fundação Ford era uma das instituições que canalizavam secretamente dinheiro da CIA para a área cultural, sem deixar impressões digitais da agência (o que é verdade);
2. o Cebrap tinha recebido recursos da Fundação em 1969 (o que é verdade); 3. logo, o Cebrap recebera dinheiro da CIA.

Ora, o Brasil e o Cebrap (ou FHC) não entraram na pesquisa de Saunders. O que a autora devassou pacientemente, com base em documentos até então protegidos pelo sigilo, foi o amplo esquema de corrupção – com verbas secretas via fundações legítimas ou entidades fantasmas – de intelectuais e instituições culturais. A CIA montou o esquema principalmente a partir do CCF (Congresso pela Liberdade Cultural), notório instrumento anticomunista da agência na guerra fria.
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Assaz Atroz
Domingo, 6 de setembro de 2009
(...)
Paul Long: - Fernando Henrique exilado?! Isso é conversa fiada! Logo após o golpe que derrubou Jango, em 1964, o Coisa Ruim saiu por aí espalhando que estava sendo ameaçado de prisão e se escondeu no Guarujá. Daí viajou para o Chile, ficando por lá até 1967. Quando fez sua parte no trabalho sujo de alcaguete, se mandou para a França. Agora entenda por que ele voltou para o Brasil em 1968, muitos anos antes da anistia. Sacou?

Foca: - E quais eram as novas tarefas do Coisa Ruim?

Prosélito: - Angariar a simpatia da inlectualidade tupiniquim! Arregimentar intelectuais brasileiros para as fileiras dos entreguistas! O primeiro passo foi a criação do Cebrap, o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento, uma instituição financiada pela CIA, através da Fundação Ford, que, de cara, forneceu 180 mil dólares ao agente FHC. A pesquisadora inglesa Frances Stonor Saunders fala, no seu livro, em 145 mil, mas a primeira remessa foi mesmo de 180 mil. E hoje há quem calcule que o repasse total, durante alguns poucos anos, foi de 800 mil a 1 milhão de dólares. Não sei se a pesquisadora cita em seu livro, mas, além do Cebrap, o Coisa Ruim, na época, trabalhou no Centro de Estudos Latino-Americanos da Smithsonian Institution

O Foca digita o nome da instituição e logo aparece a ficha na tela do monitor:
“A Smithsonian Institution (Instituto Smithsoniano) é uma instituição educacional e de pesquisa associada a um complexo de museus, administrada e fundada pelo governo dos Estados Unidos. Com grande parte de seus prédios localizados em Washington, DC, o instituto compreende 19 museus e sete centros de pesquisa, e tem 142 milhões de itens em suas coleções. A Smithsonian Institution foi fundada para a promoção e disseminação de conhecimento pelo cientista britânico James Smithson (1765-1829). No testamento de Smithson, ele declarou que se o herdeiro, seu sobrinho Henry James Hungerford, morresse sem deixar descendentes, o patrimônio dos Smithson deveria ser doado ao governo dos Estados Unidos para a criação de um "estabelecimento para a expansão e difusão de conhecimento entre os homens". Após Henry James morrer em 1835 sem deixar herdeiros, o presidente Andrew Jackson informou o Congresso do patrimônio de Smithson, que consistia de 100,000 moedas de ouro e 500,000 dólares (9,235,277 em valores de 2005). A Smithsonian Institution foi então estabelecida como um truste por uma lei do Congresso, sendo funcionalmente e legalmente um órgão do governo dos Estados Unidos.”

Foca: - É o que falam até hoje sobre o Glauber, que ele era maluco, piradão, coisas assim...
Arca d’Itam: - E assim foi, no correr de 1970 a 71, período em que teve de reexilar-se e fazer filmes para comer, por sinal obras-primas, no Congo-Brazzaville, onde fez "Der leon has sept cabeças", e na Espanha, com a produção de "Cabezas cortadas". Sem ter nunca sabido que, na Tailândia dos anos 50 e 60, os agentes do Pentágono e da CIA eram pagos mediante o narcotráfico, acusava a introdução da maconha na mocidade de classe média, como coisa da colusão de ambos órgãos. De igual maneira, o Cebrap de FHC foi instituído com a grana dos EUA, a fim de conquistar a intelectualidade bempensante do Brasil e preparar uma alternativa civil para comandar o País, em seguida aos militares.
Fulirado: - E conseguiram?! Canalhas! Os descarados ainda querem voltar!
Arca d’Itam: - Glauber expressava essas coisas e deixou tudo por escrito. Vejo agora que a pesquisadora inglesa teve de muito investigar um assunto em que o grande cineasta se obstinava por espalhar, sem sucesso, suas conclusões "loucas", a ponto de vir a ser isolado da convivência com seus co-irmãos do Cinema Novo. Quando, em 1974, hipotecou solidariedade ao general Geisel, ele já se certificara que um Albuquerque Lima ou um Euler Bentes eram o que menos desejavam os falcões de Washington.
Retrô: - Só agora estou entendendo aquela atitude de Glauber em relação ao general Geisel, a quem ele chamou de “estadista”. Foi aí que o Jaguar barrou um artigo dele no Pasquim.
Arca d’Itam: É preciso que se perca de vez o tom jocoso dos que se referem a Glauber Rocha ou contam lances de sua vida, como se vê no já clássico "Glauber, o filme - Labirinto do Brasil", de Silvio Tendler. Ele jamais quis ser pesquisador ou estudioso, por metodologias de praxe, mas convém não ficar em brancas nuvens o que dizia.


Editor-Assaz-Atroz-Chefe: - É preciso ler, sim! O livro revela muito mais do que foi dito e ouvido aqui. Nada de se sentir assaz esclarecido apenas através de conversas de botequim ou de um prosaico papiar de periodistas pauteiros da PressAA.
(Para ler matérias completas, clique nos títulos)
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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons
Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons
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PressAA
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