quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Imperialistas, resistência, massacres, entreguistas, enganadores e tantas outras sacanagens com nuestra América Latina

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Os caminhos da cucaracha 2


AMÉRICA LATINA PASSO-A-PASSO

O que nos aproxima no espaço e no tempo?

Por Raul Longo


México - 1810 - Iniciam-se as lutas pela Independência, travadas entre colonialistas aristocratas pró El Rei de Espanha e colonialista liberais pró Napoleão de França. A independência é assinada em 1821 pelo vice-rei de Espanha e o general espanhol Agustín Iturbide que se proclama Imperador, sendo destronado em 1823 por António Lopez de Santa Anna.

As elites fundiárias elegem um primeiro presidente para o período 1824-1828, mas depois desse período disputam o poder em série de conflitos entre aristocratas e liberais. Santa Anna intervém nessas disputas assumindo o poder por 11 vezes (5 sob apoio dos liberais e 6 dos conservadores).

Aproveitando-se daquela disputa entre as elites mexicanas, em 1841 os Estados Unidos anexa a República do Texas, hoje os estados norte-americanos do Texas, Colorado, Kansas, Novo México, Oklahoma e Wyoming. Em 1848 incorporaram do México os atuais estados norte-americanos do Arizona, Califórnia, Utah e Nevada, tomando mais da metade do país latino-americano.

Apesar de terem enfrentado e derrotado o General Santa Anna na luta pela posse de alguns desses territórios, os Estados Unidos o restituem como ditador do México em 1853 para conter as disputas entre as elites fundiárias. Mais tarde os Estados Unidos auxiliaram na deposição de Santa Anna.

Assume Benito Juárez, com intensa guerra civil entre conservadores e liberais apoiados pelos Estados Unidos. Promulga-se uma constituição extinguindo os poderes da Igreja dentro do Estado, mas as guerras entre as elites leva o México à profunda dívida externa com a França que negocia com Espanha e Inglaterra a invasão da província litorânea de Veracruz, enquanto invade a cidade do México, onde Napoleão III empossa como Imperador do país ao austríaco Maximiliano de Habsburgo, executado por Juárez em 1867.

Juárez governou até sua morte em 1872 sendo sucedido por Sebástian Lerdo de Tejada que, em 1876, foi sucedido pelo tirano Porfírio Diaz que promoveu concentração de terras, privilegiou a especulação estrangeira e o trabalho escravo de camponeses e indígenas. Em seu governo, a maior parte do capital investido no México era francês, seguido do inglês, estadunidense, alemão e espanhol.

Em 1910, Francisco Madero, um intelectual de família abastada de origem portuguesa, lidera da prisão o início da Revolução Mexicana na qual participaram as forças populares campesinas do sul, comandada por Emiliano Zapata, e ao norte por Pancho Villa. Derrotam o exército de Porfírio Diaz.

Madero foi executado em 1913 pelo golpe de estado conspirado entre seu Ministro da Guerra: Victoriano Huerta, e Henry Lane Wilson, embaixador dos Estados Unidos no México.

Emiliano Zapata foi morto por ardil traiçoeiro do exército mexicano em 1919, mas antes, ainda aliado à Pancho Villa, lutou contra o golpista General Huerta, ao qual depuseram em 1914. Assume um dos aliados revolucionários: Venustiano Carranza que, traindo os compromissos com forças populares, não realiza as reformas prometidas aos camponeses. É combatido pelos antigos aliados num processo que culmina com a morte de Zapata e de Villa em 1923, através de apoio logístico e armamentista norte-americano.

Em uma de suas fugas, o exército guerrilheiro de Pancho Villa adentrou a pequena e fronteiriça cidade de Columbus, no Novo México, derrotando os 350 soldados do Forte Camp Furlong. Segundo estimativas estadunidenses, o "bando" de Villa compunha-se de 500 camponeses armados.

O presidente norte-americano Woodrow Wilson ordenou uma represália que mobilizou força expedicionária de 4.800 homens, penetrando 480 kms. no território de Chihuahua com caminhões, aviões e veículos de combate. Não encontraram Pancho, escondido em Sierra Madre, mas em 1916 massacraram a população de um pequeno povoado que se indispôs à passagem do exército norte-americano, no episódio que ficou conhecido como Affair Carrizal.

Apesar do apoio ao governo mexicano, quando protestou pela morte dos civis Wilson respondeu com a mobilização de 75 mil integrantes da Guarda Nacional norte-americana. Historiadores comentam que então apenas não se iniciou uma nova guerra Estados Unidos x México, pela eclosão da Primeira Guerra Mundial na Europa. Mas quando o exército norte-americano retornou ao país em 1917, o efetivo expedicionário somava aproximadamente 10.700 oficiais e soldados que jamais conseguiram localizar Pancho Villa e seu exército de camponeses. Villa só foi morto quando já não mais guerrilheiro, numa emboscada ao carro em que se dirigia à uma festa familiar, alvejado por 47 balas.

Mas a Revolução Mexicana, que muitos historiadores compreendem com uma das mais longas guerras-civis da história, só é considerada por muitos como finda de fato com a criação do Partido Revolucionário Institucional - PRI em 1929.

Em 1934 assume o 4º presidente mexicano eleito pelo PRI: Lázaro Cardenas, que estabeleceu as regras para que o partido viesse a governar com plenos poderes durante décadas. Por outro lado, Cardenas nacionalizou a produção petrolífera e energética, iniciou a reforma agrária, promoveu a educação e concedeu asilo aos exilados da Guerra Civil Espanhola. No entanto, seu sucessor, Manuel Ávila Camacho, como primeiro presidente da política de aparelho sob o domínio do PRI (que se manteve até o ano 2000), favoreceu o investimento estrangeiro, congelou salários, reprimiu grevistas e oposicionistas, revogou as reformas do antecessor do mesmo partido com emendas constitucionais protecionistas às elites fundiárias, confirmadas por todos os presidentes mexicanos que vieram desde então.

Desde a II Guerra Mundial o México passou por diversas crises econômicas e sérias convulsões sociais. Em 1968 a cidade de Tlatelolco abrigou a realização dos Jogos Olímpicos. A repressão a uma manifestação estudantil às vésperas da abertura dos jogos deixou o saldo de 300 mortos segundo algumas versões, embora se cogite em mais de 1.000 mortos entre a tarde e a noite de 2 de Outubro de 1968. Testemunhas afirmam ter presenciado os corpos sendo recolhidos em caminhões de lixo. O próprio Ministro do Interior, Luís Echeverría Alves (posteriormente presidente do México), que ordenou o massacre, reconheceu que os estudantes, trabalhadores, e todos os participantes da manifestação pacífica de protesto, estavam desarmados.

Em 2003 o Naticional Security Archive da George Washington University apurou através de documentos da CIA, do Pentágono, do Departamento de Estado, do FBI e da Casa Branca, o envolvimento dos Estados Unidos no Massacre de Tlatelolco [1968], fornecendo ao governo mexicano armas, munições, material de comunicação, equipamentos para treinamento anti-motins e manifestações populares, além de relatórios de acompanhamento e monitoração de todas as atividades estudantis.
Em 2006 Echeverría foi acusado de genocídio, mas um mês depois, judicialmente considerado como prescrito por questões de tempo processual.

O PRI veio a bancarrota após falir o país com sua política de dependência econômica dos Estados Unidos, levando o país ao caos e a mais profunda recessão de sua história em Dezembro de 1984. Diversos países de governos igualmente subservientes foram afetados, como o Brasil que em razão da Crise Mexicana recorreu ao FMI aumentando substancialmente nossa dívida externa.

Por estupidez ou espúrio caráter entreguista e colonizado, sempre há quem compute os problemas dos países latino-americanos aos seus próprios povos, escondendo a origem desses problemas nas elites corruptas de origem européia e nos capitalistas corruptores do hemisfério norte, sobretudo dos Estados Unidos. Mas a história demonstra, passo a passo, que assim como o Brasil, o México também é Honduras no espaço e no tempo.

Raul Longo é jornalista, escritor e colabora com a AAA - PressAA

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HONDURAS

Enviado por Salvador Tió


¿Qué busca Washington enviando al embajador norteamericano en Honduras, Hugo Llorens a entrevistarse con Manuel Zelaya en Managua?

La entrevista a Manuel Zelaya en Managua

José Torres - Rebelión

El pasado 31 de julio tuvo lugar una importante entrevista en Managua. El presidente constitucional Manuel Zelaya, tras la reunión mantenida con el embajador de EEUU en Honduras, Hugo Llorens, accedió a entrevistarse por el periodista Alberto Mora del televisivo Canal 4, propiedad del FSLN. Por la importancia de sus palabras y del momento crítico en que se encuentra la lucha por la restauración democrática en Honduras, merece la pena su consulta. [1] . Situemos brevemente los elementos principales de la crisis, las maniobras del bloque golpista y el estado de la correlación de las fuerzas puestas en movimiento en un proceso donde el conflicto se internacionaliza más allá de Centroamérica.

Tras la rápida reacción inicial de los dirigentes del ALBA, que no dudaron en presentarse en Nicaragua al día siguiente del golpe --28 de junio pasado-- para denunciarlo, dar todo su apoyo a Zelaya y defender el restablecimiento de la democracia en la vecina Honduras, los acontecimientos se han sucedido con velocidad de vértigo y siempre en un fuerte pulso donde el tiempo ganado por los golpistas comenzaba a ir contra la credibilidad de la Administración Obama, acusado de debilidad frente los usurpadores.

La movilización popular hondureña comenzó al día siguiente del derrocamiento y se ha ido extendiendo por todo el mundo. Al cabo de unas semanas se formó el Frente Nacional contra el Golpe de Estado que ha organizado un importante movimiento pacífico, enfrentando una feroz represión, dejando numerosas víctimas, muertos, desparecidos y detenidos y suscitando un movimiento de solidaridad internacional creciente aunque frenado por la manipulación del poder mediático especializado en desinformar y presentar a los golpistas como factibles triunfadores.

Simultáneamente el Presidente constitucional Manuel Zelaya, tras el fracaso del plan inicial de Oscar Árias, que para más INRI fue rechazado por los Golpistas, no se acobardó. Contando con las declaraciones de todo el mundo a favor de su reposición y fortalecido tras lucha popular, llamó a la insurrección --porque es legítimo la rebelión contra los usurpadores y tiranos-- y se trasladó al norte de Nicaragua, en Ocotal, para adentrase en Honduras.

Los toques de queda y la represión de la policía y las FF.AA. fueron la respuesta de los tiranos, pero la tibieza de los países desarrollados y el apoyo de los halcones del complejo militar norteamericano --en particular los oscuros personajes que se han perpetuados en el poder de los servicios de inteligencia y el Pentágono John Negroponte, Otto Reich [2]--, reafirmaron a los Golpistas. Enardecidos por estos apoyos, atreviéndose a desafiar a la comunidad internacional con mentiras como catedrales, como la carta falsa firmada por Zelaya renunciando a la presidencia y otros inventos, se mostraban muy ufanos. Pero al crecer la resistencia popular y la firmeza de Zelaya, la situación se volvió contradictoria para los EEUU, donde la Administración Obama no parecía controlar tampoco la situación.

El bloque golpista recurrió a amenazar al Gobierno sandinista de Nicaragua (incluso la oposición política se pronunció a favor de Micheletti) y comenzó a crear las condiciones para ejecutar una espectacular operación militar a cargo del Ejército de Honduras, con la ayuda de la base norteamericana de Soto Grande y asesores israelíes [3] , mediante la cual entrarían en territorio nicaragüense a secuestrar a Zelaya, destrozarían su apoyo de los 100 o 200 seguidores que se encontraban en Ocotal sin alimentos, ropa y lugar donde cobijarse, condenados de alguna manera a tener que montar una resistencia disciplinada que Zelaya la llamó Ejército Popular Pacífico, pero que comenzó a ser acusado tanto por LA PRENSA de Honduras, como LA PRENSA de Nicaragua (del bloque golpista) como financiadas por la FARC y otras mentiras más pero que ponían a huevo la posibilidad de esa operación militar de secuestro y “limpieza” con apresamientos, la cual causaría un efecto espectacular ante la opinión pública y la una afrenta para el Ejército de Nicaragua, derivando la crisis en una peligrosa confrontación NICARAGUA-HODURAS. Este riesgo fue denunciado por Daniel Ortega en su discurso de Aniversario de la Fuerza Aérea de Nicaragua ante la cúpula militar en Managua [4]

Evidentemente Nicaragua no podía hospedar por más tiempo a Manuel Zelaya en Ocotal, pues la guerra mediática ya estaba preparando a la opinión lectora. Esto demuestra una vez más que no vivimos en un mundo donde la verdad triunfa sino la fuerza. Y así está siendo desde que se aprobara en la desgraciadaza era Bush, el principio rector de la guerra preventiva como táctica endiablada. La UE ha sido arrastrada a esa barbaridad y ahora más con el avance de la derecha.

En este ambiente crispado es cuando Hugo Llorens llama a Manuel Zelaya y le pide la reunión en Ocotal mismo, nada menos, pero el Presidente derrocado se la cambió por Managua. En cualquier caso el tiempo de huésped en Nicaragua estaba llamado a su fin y esta es la razón por la que México tomo el relevo de anfitrión de Zelaya. Con este cambio los EEUU retomaban el control de la crisis. Simultáneamente esos días el bloque golpista asesinó a dos profesores en el fragor de las movilizaciones. Todo estaba perfectamente sincronizado para debilitar la fuerza popular y a su aclamado Presidente contra los tiranos.

Ahora, todos los indicios muestran que la nueva corte conciliadora de los Oscar Arias, Iglesias e Insulzas retoman el control de la crisis. Designados por Washingon para recomponer el estropicio, van a pedir a Zelaya concesiones humillantes para el movimiento democrático-popular, pero él ya ha advertido -en la entrevista lo podrán ver- que no aceptará se recompense a los golpistas, cosa que contradice su original aceptación de una amnistía . Por lo tanto la reposición del Presidente constitucional y la vuelta a la normalidad democrática no parece que será de fácil gestión. El bloque golpista tratará de nuevo de ganar tiempo. Solo cuando Washington se vea enfangado de nuevo podrá tomar medidas enérgicas. Peor dependiendo de si son los halcones en lugar de las palomas , estas medidas en lugar de ir contra los Golpistas podrían ir contra Nicaragua, Venezuela y demás países miembros del ALBA. Desde luego lo que es difícil negar es que el llamado “populismo” ha llegado al poder mediante las elecciones cosa que los Micheletti no. Y que la acusación de “perpetuidad en el poder” suena a chiste si tomamos en cuenta que las bases militares, las intervenciones del Norte, los generales y los cuadros del complejo militar industrial estadounidense son los mismos desde que el Presidente Monroe formulara su doctrina.

José Torres es Presidente de la Fundación RUBEN DARIO-CAMPO CIUDAD

Notas

[1] Entrevista al Presidente José Manuel Zelaya Rosales, etc. Revista En Vivo con Alberto Mora. http://tortillaconsal..com/tortilla/es/node/2461
[2] “HONDURAS”, RAMONET http://www.rebelion.org/noticia.php?id=89600
[3] Comunicado del Frente Nacional contra el Golpe de Estado. Sólo Israel reconoció a los Golpistas. http://contraelgolpedeestadohn.blogspot.com/
Ver la sorprendente entrevista que hace el periodista sueco Dick Emanuelsson a René Andrés Pavón Presidente del Comité de Derechos Humanos de Honduras, CODEH, del 4 de agosto de 2009. http://www.radiolaprimerisima.com/noticias/general/57906
[4] Ejército de Honduras debe rectificar y salvar honor de Fuerzas Armadas. LA VOZ DEL SANDINISMO, 1 de agosto de 2009. http://www.el19digital.com/index.php?option=com_content&task=view&id=5404&Itemid=12

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