sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Turismo em Israel é verdadeira tortura para brasileiros

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O Brasil e Israel vão firmar acordos nas áreas de cooperação jurídica, turismo, cooperação técnica e coprodução cinematográfica (Agência Brasil)

http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/11/11/materia.2009-11-11.7528182708/view

Se você, que está pensando em turistar pela Terra Santa, animou-se ao ler a nota da Agência Brasil, pensou em beber água do Jordão, dar uma chegadinha no Monte Sinai e torcer para que o próprio Deus apareça e lhe entregue as tábuas com e-mail divino dos dez mandamentos; também decidiu percorrer a Via Sacra com uma cruz de isopor e até aumentou seu apetite para comer pães e peixes no melhor restaurante de Jerusalém, pois bem, antes de embarcar nessa furada, pronuncie a mesma frase que Jesus pronunciou na cruz: "Pai, em tuas mãos entrego meu espírito" (Lucas 23 46). Mas não se esqueça de que estas foram as últimas palavras do Mestre.

Caso você, brasileiro, tenha um nome que evoque qualquer relação com a cultura árabe, aí, então, é melhor mudar seu roteiro, pois, se entrar em Israel, vai para um campo de concentração... quer dizer, para os Territórios Palestinos Ocupados e só sai de lá depois de torturado e jurar nunca mais voltar. Isso na melhor das hipóteses.


Não acredita? Pois leia o artigo "Acordo Brasil-Israel na área de turismo exclui brasileiros-palestinos", postado no blog Assaz Atroz

http://assazatroz.blogspot.com/2009/11/acordo-brasil-israel-na-area-de-turismo.html

Fernando Soares Campos
Editor-Assaz-Atroz-Chefe

P.S.: Antes, leia essa duas matérias publicadas em 2008, no Globo Online:

Filha de embaixador brasileiro é detida no aeroporto de Tel Aviv

18/07/2008 18:06 O Globo Online

A estudante Laila Pinto Coelho, de 25 anos, filha do embaixador brasileiro em Tel Aviv, Pedro Motta Pinto Coelho, foi detida pela imigração no aeroporto de Tel Aviv, na madrugada desta quinta-feira (17), quando desembarcava vinda de um vôo de Paris para uma visita aos pais. A imigração suspeitou do primeiro nome da jovem, achando que ela poderia ser árabe. A estudante foi levada para a sala de investigações do Ministério do Interior de Israel e começou a ser investigada, como informa Renata Malkes.

O embaixador comenta o caso em vídeo no blog da repórter, 'O outro lado da Terra Santa' . Preocupado diante da demora, ele mostrou suas credenciais diplomáticas e resolveu entrar na sala para verificar o que estava acontecendo. O embaixador e a filha ficaram no recinto por mais de duas horas. O impasse só foi resolvido com a intervenção do Ministério das Relações Exteriores. A estudante foi liberada depois de três horas.

O embaixador mandou na quinta-feira uma nota de protesto ao Ministério das Relações Exteriores de Israel e a embaixadora de Israel em Brasília, Tzipora Rimon, receberá um pedido de esclarecimentos do chefe do Departamento do Oriente Médio no Itamaraty, Sarkis Karmirian.

- É um incidente sério, pois não reconheceram minhas credenciais de embaixador. Não espero desculpas, mas espero que o Brasil e os cidadãos brasileiros sejam reconhecidos e respeitados através do representante do governo federal - afirmou o embaixador Pedro Motta.

Embaixador diz que nome da filha lembra canção hebraica

O caso ganhou destaque na imprensa israelense. Segundo a edição desta sexta-feira do jornal "Yediot Ahronot", acredita-se que a jovem tenha sido detida por causa do seu nome, Laila, que tem origem árabe. Ao apresentar o passaporte na imigração, Laila foi perguntada sobre o motivo da visita ao país. Diante da reposta de que estava aproveitando as férias para visitar os pais, despertou as suspeitas dos oficiais da imigração.

Segundo o embaixador Pedro Motta, o nome se dua filha foi escolhido justamente por uma velha canção hebraica que falava sobre Laila, que quer dizer "noite" em hebraico.

- Quando era um garoto de 13 anos ouvi uma famosa música hebraica e me encantei com o som da palavra laila. Prometi então que este seria o nome de minha filha. Não temos qualquer relação com árabes. Mas, mesmo se houvesse, por que receber um tratamento destes? - questiona o embaixador.

http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/mundo/conteudo.phtml?id=788397

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Brasileira, detida há cinco anos em aeroporto de Israel, fala sobre sua experiência

Publicada em 18/07/2008 às 20h22m

Luisa Guedes - O Globo Online

RIO - A administradora de empresas Ana Lúcia Villela, hoje com 40 anos, admite que ficou feliz ao ler a história da filha do embaixador Pedro Motta Pinto Coelho, que foi detida no aeroporto de Tel Aviv, quando chegava a Israel de Paris -. Há cinco anos, era Ana que estava detida no aeroporto de Tel Aviv, quando voltava para o Brasil depois de visitar um amigo em Israel. Ao invés de duas horas, perdeu quatro, sozinha, em uma sala vazia, sem suas malas nem seu passaporte, e proibida de entrar em contato com a embaixada brasileira.

Depois de passar uma semana em Israel, viajando com amigos brasileiros, ela comprou um pacote de cinco dias de viagem à Turquia. Antes de voltar ao Brasil, passou novamente por Tel Aviv, onde embarcaria para Amsterdam, e de lá para o Rio. Enquanto esperava pelo vôo, Ana diz ter tido a sensação de ser observada por soldados que circulavam pelo aeroporto. Ela acredita que os casacos que usava para se proteger do frio fizeram os oficiais pensarem que era uma mulher-bomba.

" Fui muito ingênua. Acho que só eu sabia que não era uma terrorista. Pouco antes de fazer o check-in, entrei num bar e todas as pessoas saíram "
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.- Fui muito ingênua. Acho que só eu sabia que não era uma terrorista. Pouco antes de fazer o check-in, entrei num bar e todas as pessoas saíram - lembra ela, que nunca havia falado publicamente sobre o caso. - Acho bom que, agora, isso tenha acontecido com uma autoridade porque quem sabe assim tomam uma atitude.


Os problemas começaram, de fato, quando a brasileira se apresentou ao guichê da companhia aérea. Ela lembra que foi interrogada por uma soldado, que não parecia ter mais de 18 anos. Depois de responder a algumas perguntas que considerou normais, a turista foi acompanhada por cinco oficiais até uma sala dentro do aeroporto onde não havia qualquer objeto.

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- Eles perguntaram tudo sobre a minha vida. O que eu tinha ido fazer lá, como eu tinha conseguido dinheiro, com quem eu morava. Também reviraram minha mala e pediram para eu tirar uma foto do chão com a minha câmera. Acho que eles tinham medo que ela explodisse - contou Ana, lembrando que os soldados tentaram falar espanhol com ela, que preferiu o inglês. - Senti-me completamente desamparada e vulnerável.


A brasileira diz que na primeira entrada em Israel, pouco mais de 10 dias antes, foi interrogada por oficiais, mas considerou as perguntas normais. Na volta da Turquia, entretanto, foi tratada o tempo todo com grosseria.


- Depois de tudo, disse que eu era brasileira e meu país era pacífico, não queria problema com ninguém. Nesse momento, a soldado me respondeu: 'ninguém disse a você que nós não somos um país pacífico?'. Acho que fui até ingênua, porque hoje eu teria medo de morrer - disse a administradora.


Ana conta que naquele momento jurou que não voltaria a Israel. Nos dias em que passou em Israel, a brasileira, que é católica, disse que viu "nada de santo" ao conhecer a chamada Terra Santa. Embora tenha sido bem tratada nas cidades por onde passou em Israel, ela conta que sentiu um clima permanente de tensão.

- Estou cansada de tudo isso. Vivemos com medo aqui, mas lá é tudo pior. Na verdade, se não fosse essas complicações acho que até voltaria.


Quando foi autorizada a deixar a sala onde ficou detida por cerca de quatro horas no aeroporto de Tel Aviv, ela recebeu suas malas reviradas, embora não tenha dado falta de nada.

" Depois de tudo, eles ainda estavam com a cara mais cínica. Não pediram desculpas e foram muito arrogantes "
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- Depois de tudo, eles ainda estavam com a cara mais cínica. Não pediram desculpas e foram muito arrogantes. Se tivessem me contado história toda que a gente conhece, sobre os terroristas, e as vítimas, eu daria uma amolecida. Mas foi tudo muito ruim - disse Ana, que, depois de ter seu passaporte retirado pelos oficiais, pediu para telefonar à embaixada brasileira, mas não foi autorizada. - Não permitir que um cidadão estrangeiro tenha contato com sua embaixada é coisa para não voltar ao país.


Ao chegar em Amsterdam, na Holanda, para finalmente pegar o vôo de volta ao Rio, ela diz que sentiu como se estivesse em casa, diante da maneira como foi recebida. Como o avião tinha chegada à cidade com atraso ("provavelmente por minha causa"), a brasileira ainda teve que fazer escala em Milão, na Itália, antes de pousar no Rio, 12 horas depois do que previa inicialmente.


Já no Brasil, Ana diz que se sentiu injustiçada ao ver cidadãos israelenses entrando no país sem ter que qualquer responder a qualquer pergunta.

- Quando encontrei com os pais do meu amigo que me recebeu em Israel, eles, que são judeus, tentaram justificar, dizendo que lá matam muitos judeus. Mas eu sou brasileira.

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/07/18/brasileira_detida_ha_cinco_anos_em_aeroporto_de_israel_fala_sobre_sua_experiencia-547315837.asp


Agora, leia a postagem no blog deste Editor-Assaz-Atroz-Chefe.

http://assazatroz.blogspot.com/2009/11/acordo-brasil-israel-na-area-de-turismo.html
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PressAA

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